David Penton: o bicho-papão da vida real

Ele era o pesadelo de qualquer pai ou mãe, escreveu certa vez um autor sobre o Bicho-Papão; não o personagem do folclore. O real. Seu conto sórdido teve início...

Ele era o pesadelo de qualquer pai ou mãe, escreveu certa vez um autor sobre o Bicho-Papão; não o personagem do folclore. O real.

Seu conto sórdido teve início em 1985 com o desaparecimento de Christi Meeks, no Texas. Três meses depois jornais vieram com a notícia que ninguém queria ler: “a busca nacional pela menina de 5 anos cuja fotografia foi colocada em outdoors, caixas de leite e telas de cinema terminou tragicamente”.

Meeks brincava com outra criança sem a supervisão de um adulto quando um homem se aproximou e perguntou se elas queriam biscoitos. Meeks disse que sim e entrou no carro do desconhecido. Pescadores encontraram seu cadáver em um lago. A inocência infantil não permitiu a Meeks perceber o perigo e ela caminhou até as mãos do bicho-papão. E ela não seria a última.

Um ano depois, Christie Proctor, 9, voltava sozinha da casa de uma amiga. Era apenas uma quadra de distância, mas o curto caminho foi o suficiente para ela sumir. Seus restos mortais foram encontrados dois anos depois. O legista atestou a causa da morte como “violência homicida indeterminada”.

Ainda no Texas, em novembro de 1987, Roxann Reyes, 3, brincava sozinha na rua com uma amiga de 5 anos quando um homem se aproximou oferecendo doces. Ele tentou pegar a mais velha, mas a menina correu. Ao voltar, o homem encontrou Reyes ao lado do seu carro, esperando por seu “doce”. O crânio e alguns ossos de Reyes foram encontrados tempos depois.

O BICHO-PAPÃO


Dez meses após o sumiço de Reyes, o esqueleto de Nydra Ross, 9, foi encontrado em um riacho no estado de Ohio. Ross sumira seis meses antes enquanto brincava na rua. A polícia prendeu David Elliot Penton. Levou-se vários anos, entretanto, para desmascará-lo como um bicho-papão da vida real.

Em 1984, Penton matou o próprio filho de 2 meses após um acesso de raiva. Enquanto aguardava julgamento em liberdade, matou as meninas no Texas e fugiu para Ohio, onde matou Ross. Na prisão, ganhou a antipatia de detentos ao gabar-se sobre ter matado dezenas de crianças.

Personificação de nossos medos, Penton é o ser disfarçado de estranho amigável que oferece doces, biscoitos e sorvete às nossas crianças. Apenas para tirá-las de nós.

David Penton perambulava por complexos de apartamentos em cidades periféricas a Dallas, no Texas, observando crianças que brincavam sozinhas, então fazia o seu movimento quando via a oportunidade, usando a velha tática de oferecer guloseimas.

Preso em 1988 pelo homicídio cometido em Ohio, Penton foi condenado à prisão perpétua em 1991. No decorrer da década gabou-se várias vezes para companheiros de cela sobre ter matado mais de 50 crianças, incluindo as garotinhas do Texas.

Em 2003 ele foi acusado dos homicídios de Meeks, Proctor e Reyes. Em 2005, após um acordo com promotores, Penton declarou-se culpado das mortes e teve a vida poupada, sendo condenado a mais três prisões perpétuas.

Atualmente com 65 anos, ele continua suspeito em vários outros casos de desaparecimentos de crianças, principalmente no Texas.

Referências: [1] Jackson, Steve. Bogeyman: He Was Every Parent’s Nightmare. WildBlue Press. 2014. Edição do Kindle; [2] Searches fail to find clues in kidnapping. Fort Worth Star-Telegram. 21 jan. 1985. Pág. 20D; [3] Mesquite family searches for girl after police hunt proves fruitless. Austin American-Statesman. 27 jan. 1985. Pág. B2; [4] National search for Mesquite girl ends in tragedy. Fort Worth Star-Telegram. 19 abr. 1985. Págs. 13A, 16A; [5] Missing girl’s mother can still cling to hope. Fort Worth Star-Telegram. 21 fev. 1986. Pág. 10A; [6] Police search for toddler. The Odessa American. 7 nov. 1987. Pág. 14A; [7] Dayton girl, 9, still missing. Dayton Daily News. 5 abr. 1988. Pág. 3A; [8] Police now consider Proctor case homicide. Fort Worth Star-Telegram. 18 abr. 1988. Pág. 10; [9] Police charge Ohio inmate in three Dallas-area deaths. The Monitor. 23 mai. 2003. Pág. 6C.

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Daniel Cruz
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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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