
Predadores são animais traiçoeiros que atacam presas vulneráveis e mais fracas. Uma família composta por uma mãe solteira, seu bebê e filha adolescente morando em uma localidade afastada está exposta o suficiente para se tornar um alvo de monstros que estão entre nós, assim como crianças que andam por aí sozinhas.
Numa madrugada de setembro de 1990, alguém invadiu a casa de Lora Sousa em Cumberland Beach, uma pequena comunidade no leste canadense. O intruso bateu na cabeça de Lora e a deixou no quarto para morrer, então foi até a cama de sua filha Leah, de 13 anos, e a estuprou. Após violentá-la, o agressor a arrastou para fora e a matou violentamente com uma barra de ferro.
Lora sobreviveu ao ataque brutal, mas teve graves sequelas. Mais de 30 anos depois, o caso permanece sem solução.
Brutalidade e horror também são palavras que podemos usar para descrever o que aconteceu com Cheryl Ujaha, uma garotinha de nove anos que desapareceu a caminho da escola em agosto de 2018. Quando seu corpo foi encontrado em uma estrada de terra de Katutura, na Namíbia, o porta-voz da polícia local revelou que “quem quer que a tenha matado a cozinhou antes”. Mas não era só isso. Não foram encontradas as mãos, um pé, as costelas, o pescoço e a carne da coxa esquerda. Outras partes do corpo também estavam faltando, mas foram encontradas nas redondezas.
Um crime ritualístico? Sexual? Cinco anos depois o caso da “menina cuja morte assombra a nação” continua um mistério.
TRISTAN
Leah e Ujaha foram mortas por alguém que as observava. Os facínoras conheciam suas rotinas. Da mesma forma, a polícia alemã tem certeza que Tristan Brübach foi observado, emboscado e assassinado.
Em março de 1998, o menino de 13 anos foi atacado em plena luz do dia em Frankfurt e arrastado até um túnel de escoamento de água, onde teve a garganta retalhada e sofreu mutilação — o assassino cortou e levou consigo partes do músculo da coxa e os testículos, uma prova de sua natureza sexual delinquente.
Apesar de uma investigação massiva, o assassino nunca foi identificado. E talvez este seja o pior pesadelo destes casos: um homicida impune que ainda pode estar por aí.
Referências: [1] Cruz, Daniel. 101 Crimes Notórios e Horripilantes de 2018. OAV Crime. 2019; [2] ‘Women would intuitively fear a person like this.’ A lot is known about 13-year-old Leah Sousa’s killer — except who he is. The Star. 2022; [3] OPP continues search for killer 25 years after Leah Sousa murdered. CTV News; [4] Kommissar Fey und das Rätsel vom Liederbach-Tunnel. Der Spiegel. 2018.