Uma história que mais parece um filme: um serial killer que perseguia mulheres vestidas de vermelho; as estuprava, as degolava, as mutilava e, de algumas, removia os úteros. Uma equipe de investigadores que nunca desistiu de pegar o fantasma da morte que, assim como Jack, o Estripador, matava e desaparecia como por encanto. Por quase 30 anos este serial killer permaneceu nas sombras, até que a ciência forense revelou sua identidade.
De 1988 a 2002, 11 mulheres foram encontradas terrivelmente mutiladas na cidade de Baiyin, Província de Gansu, e na região da Mongólia Interior. Gargantas e seios cortados, órgãos sexuais mutilados, úteros removidos… Mas foi somente em 2004, 16 anos após o primeiro assassinato, que a polícia local assumiu que havia um serial killer à sólta após ligar todos os crimes ao mesmo psicopata. Um perfil do assassino em série divulgado na época dizia:
“O suspeito é um pervertido sexual que odeia mulheres. Ele é recluso e antissocial, mas paciente.”
Uma recompensa de 200 mil yuan (cerca de R$ 70 mil reais atuais) foi oferecido a quem desse alguma pista do assassino. Desde então, ele nunca mais atacou. A mídia o apelidou de “Jack, o Estripador da China”.
Anos se passaram e, sem pistas, a polícia de Baiyin chegou a coletar as impressões digitais de todos os homens da cidade, além de coleta de sangue para exames de DNA, mas não adiantou. Como seu colega britânico, parecia que o Jack chinês nunca seria pego. Até semana passada.
Gao Chengyong, um pacato dono de mercearia, com mulher, filhos, netos, e 52 anos, foi preso acusado de ser o terrível psicopata homicida em série. Ele confessou 11 assassinatos à polícia. Dentre as vítimas, uma garotinha de apenas 8 anos.
Chengyong foi ligado aos crimes através do DNA de seu sêmen e impressões digitais.
Gao conseguiu enganar a polícia por tanto tempo em parte porque, como morador de uma pequena aldeia, ele conseguia evitar a exigência de que todos os chineses deviam ser submetidos a coleta de impressões digitais. Mas este ano, um tio dele foi preso e uma amostra do seu DNA foi retirada. Assim a polícia determinou que o assassino de mulheres era um parente.
Pelo destino de seu conterrâneo Zang Yongming, não é preciso de muito esforço para saber o que os chineses irão fazer com ele.
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