Julgamento de Luka Magnotta: As considerações finais da acusação

Luka Magnotta foi organizado na forma como colocou seu plano de assassinato em ação. Foi o que disse ontem o promotor Louis Bouthillier ao júri durante seus argumentos finais....
Luka Magnotta - Piton

Luka Magnotta

Na foto: Luka Magnotta. Reprodução Internet.

Luka Magnotta foi organizado na forma como colocou seu plano de assassinato em ação. Foi o que disse ontem o promotor Louis Bouthillier ao júri durante seus argumentos finais. Para ele, Magnotta deve ser considerado culpado de todas as cinco acusações que pesam contra ele.

Bouthillier colocou seus argumentos de uma maneira meticulosa, começando com uma detalhada linha do tempo das ações de Magnotta após assassinar Jun Lin, 33, e relembrando as falas de cada testemunha no tribunal.

O promotor chamou Lin de “a vítima perfeita – aquele pelo qual Magnotta estava esperando”, pois ele não tinha família no Canadá que poderia se preocupar e chamar a polícia tão logo notassem seu desaparecimento.

Bouthillier disse à corte que todas as ações de Magnotta apontam para alguém com “intenção, consciente, ultra-organizado e responsável por suas ações.”.

Um homem com uma missão

Para provar sua teoria de que Magnotta era um homem com uma missão, Bouthillier focou em cada minuto entre o crime, a ida até o correio para despachar caixas com pedaços do corpo e a compra de um lençol numa loja.

“Ele não estava perdendo muito tempo. Ele era um homem muito, muito ocupado”, disse o promotor. Magnotta, segundo Bouthillier, tinha total intenção de matar Lin e não estava fora da realidade, como o advogado de defesa sugeriu.

Após analisar os passos de Magnotta após o crime, Bouthillier mudou o foco para os testemunhos chaves de cada testemunha que o júri ouviu, incluindo o síndico do prédio que não avisou Magnotta que o local tinha câmeras de segurança, e o patologista que concluiu não haver ferimentos de defesa na vítima.

A testemunha e vidência mais importante, disse ele, foi o jornalista britânico Alex West e o ameaçador e-mail que o réu enviou para ele.

O conteúdo falava sobre a urgência em matar, sobre os vídeos de gatos sendo mortos e advertia que a próxima produção seria um filme “que teria alguns humanos, não apenas gatinhos.” Seis meses depois Lin estava morto e um vídeo mostrando o seu assassinato estava disponível na Internet.

Bouthillier lembrou ao júri do policial que testemunhou sobre Magnotta ter excluído suas fotos e vídeos do computador que usou para fazer o upload do vídeo. “Será que alguém insano faria isso?”, perguntou o promotor, sugerindo que Magnotta estava tentando cobrir seus rastros.

Bouthillier disse ao júri que nenhum dos três últimos médicos que viram Magnotta antes do assassinato observaram sintomas de esquizofrenia. Para o promotor, Magnotta fingiu sintomas da doença aos psiquiatras designados para tratá-lo.

“Foi quando ele começou a fingir estar doente, para tentar sair da situação em que se encontrava”.
[Louis Bouthillier]

Bouthillier terminou sua fala pedindo ao júri para assistir ao vídeo que mostra Magnotta cometendo os crimes.

“Magnotta recusou-se a se encontrar com qualquer psiquiatra apontado pela acusação. Por que isso? O que vocês acham?”

“A lâmpada do apartamento colocada estrategicamente durante a filmagem. Música adicionada. Vídeo colocado em um website sangrento.”

“Mesmo que a esquizofrenia fosse considerada, nada no arquivo levaria um especialista a acreditar que Magnotta não sabia que o que estava fazendo era errado.”

Com os argumentos finais terminados, o juiz dará as instruções finais ao júri antes deles começarem a deliberarem. As instruções estavam originalmente planejadas para esta sexta-feira, mas foram remarcadas para segunda-feira (15) de manhã.

Continuaremos acompanhando o julgamento. Não deixe de nos acompanhar no Facebook e Twitter.

Fonte: CBC

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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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