10 Músicas para Escutar… Antes de Morrer !!

Mais uma lista. Na receita do bolo tentei colocar uma colher de bom gosto, meia xícara de educação musical, 10 gramas de bom senso e um litro de rock....

Mais uma lista. Na receita do bolo tentei colocar uma colher de bom gosto, meia xícara de educação musical, 10 gramas de bom senso e um litro de rock. Sim, é uma lista que trata de músicas do rock. Mas não se engane, muitas músicas dessa lista podem apareçer em qualquer lista de melhores músicas do século dentre todos os estilos. Apenas para reforçar a cuca dos desavisados: A lista não tem uma ordem, ou melhor, está em ordem alfabética decrescente. A melhor música não é a primeira ou a última do post. A melhor música é TODAS desse post. Como diria eu mesmo: “Não precisa concordar com essa lista. É apenas a minha lista. Se 10 pessoas fizerem a sua, serão 10 listas diferentes. No final, o que deve prevalecer é o BOM SENSO.” Here we go !!

Jefferson Airplane

10. White Rabbit – Jefferson Airplane


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O que aconteceria se um músico se chapasse de LSD em plena época de paz & amor e resolvesse pegar um lápis pra escrever umas frases? Fácil. Ele ou ela escreveria a letra de White Rabbit.

Cavaleiros brancos, rainhas vermelhas, ratos falantes e lagartas fumantes. Isso faz algum sentido pra você? Se fizer, você com certeza está numa viagem, assim como estava a vocalista do Jefferson Airplane, Grace Slick, quando escreveu esta música. Com referências ao livro mais chapado da história, Alice no País das Maravilhas, a vocalista além de viajar bastante na maionese quis propor uma resposta aos pais da geração paz & amor que não sabiam porque seus “babys” cresciam e viviam chapados de LSD e outras coisas. Palavras dela:

a canção é um tapa na cara aos pais que lêem histórias infantis, tais quais a de Alice, [em que ela usa diversas substâncias alucinógenas para mudar a si mesma] e depois se perguntam porque seus filhos começam a se drogar.

Bom, com certeza os pais da Grace Slick só tinham este livro na estante para ler para a pequena e futura vocalista do Jefferson Airplane.

Viagens a parte, a música entrou para história como a música mais psicodélica de todos os tempos, com direito ao Rock and Roll Hall of Fame a eleger como uma das 500 melhores músicas de rock da história. Essa vale a pena escutar e viajar (no bom sentido é claro)!!


Bruce Springsteen

9. The River – Bruce Springsteen


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Não poderia faltar uma música de alguém que toda a América chama de The Boss” (O Chefe). Não é por menos, além de 15 Grammys, 4 American Music Awards e mais de 120 milhões de discos vendidos pelo mundo, Bruce Springsteen já ganhou até um Oscar. Foi pela música Streets of Philadelfia.

Bruce Springsteen fez muito sucesso nos anos 80, porém foi nos anos 70 que ele nos prestigiou com suas genialidades, como o álbum Born To Run, sucesso estrondoso que fez o Rock and Roll Hall of Fame colocá-lo como o 15ª melhor álbum da história do rock. Em 1980 é lançado o álbum The River onde destaca-se a música-título do álbum com claras inspirações no hit de 1950 “Long Gone Lonesome Blues”  do ícone máximo do Country, Hank Williams. A música tem um ar de sofrimento, mostrando como as dificuldades econômicas dos trabalhadores estão ligadas com os interesses das grandes autoridades. Como disse o renomado crítico de música Robert Hilburn:

“The River é um esquema clássico de alguém que tem que reajustar seus sonhos rapidamente, enfrentar a vida como ela é, e não viver no seu mundo de imaginação.”

A voz de Bruce (uma das 10 melhores do rock sem sombra de dúvidas), sua interpretação e os riffs de gaita fazem valer cada segundo da música. Aqui vai uma dica: como disse certa vez um crítico,

“Pegue sua garota, compre uma caixa de cervejas, pare em algum lugar e coloque Born To Run ou The River para tocar “.


Nirvana

8. Smells Like Teen Spirit – Nirvana


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Disse certa vez um crítico de música: “O Nirvana foi o último suspiro do rock”. Em uma época em que as paradas eram dominadas por pop stars de músicas superficiais e grudentas e shows super produzidos , três moleques vestindo calças jeans surradas e camisetas velhas tomaram de assalto o mundo da música. O sucesso do Nirvana mostrou ao showbiz o que acontece em garagens ao redor do mundo e carimbou definitivamente o nome grunge em qualquer enciclopédia que fale sobre o rock.  Smells like teen spirit,  primeira faixa do álbum Nevermind, é clássica. Em uma era de músicas super produzidas, o Nirvana mostrou ao mundo o que velhos roqueiros fazem e muito bem: power chords. Acordes simples tocados com feeling acompanhados por uma bateria que parecia ter vida fizeram de Smells Like Teen Spirit uma das maiores músicas da história do rock. Não é a toa que a revista Rolling Stone e a MTV a colocaram como a terceira maior música pop de todos os tempos.


7. Shadowplay – Joy Division


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Angústia, dor, sofrimento, depressão, claustrofobia. Essas são algumas palavras que podem descrever uma das bandas mais obscuras da história do rock. E não é por menos, em apenas quatro anos de existência, o Joy Division saiu do submundo do pós-punk inglês para se tornar uma lenda.

A música Shadowplay não foi o maior sucesso da banda, mas mostra de forma direta e passional o que problemas emocionais podem fazer a um ser humano. Os arranjos lembram a trilha sonora de um filme de terror, o vocal impactante e direto faz lembrar aquele sonho em que você corre de um trem e a cada vez que olha para trás ele está mais perto. Pode correr, mas será inevitável.

Metáforas a parte, Shadowplay é o ponto alto de um estilo que nasceu e morreu em um curto espaço de tempo: o verdadeiro rock gótico, aquele nascido do pós-punk inglês e levado a cabo por bandas como Bauhaus e Siouxsie & the Banshees e sepultado com o fim do Joy Division, esse não volta nunca mais.

Coitadinho dos aborrecentes de 14 anos que se vestem de preto e pintam lágrimas pretas no canto dos olhos escutando Evanescence e Nightwish. O que eles fariam se escutassem Joy Division, a verdadeira essência do rock gótico?

Obs.: O vocalista e cérebro da banda, Ian Curtis, enforcou-se aos 23 anos de idade na casa dos pais em Manchester um dia antes da viagem da banda para sua primeira turnê mundial.


The Clash

6. London Calling – The Clash


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Se fosse possível destacar somente um único fator positivo no movimento punk da Inglaterra nos anos 70, esse seria a revelação do Clash, pois essa banda possuía tudo o que o movimento tinha de positivo: fúria criativa, atitude, integridade e nenhum dos vícios: era uma banda politizada, porém sem o niilismo cego do punk. Eram tão bons que nem a contradição de ser uma banda punk em uma multinacional (Columbia/CBS) fez a banda perder o foco. O álbum London Calling é uma obra-prima do rock. A música homônima que abre o álbum também. A música foi parcialmente influenciada por um acidente em um reator nuclear na Pensilvania, EUA, reparem no refrão: “a nuclear error”.  A música toca ainda em temas como conflitos raciais, desemprego e uso de drogas. Se não der pra escutar o disco inteiro, escute a música de abertura: London Calling é uma oportunidade de sentir o feeling de uma das grandes bandas de rock de todos os tempos.


Led Zeppelin

5. Kashmir – Led Zeppelin


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Se é uma lista de grandes músicas do rock, então não poderia deixar de ter uma música da maior banda de rock que já pisou no planeta Terra, o Led Zeppelin. Agora ai é que tá! Praticamente toda obra do Led Zeppelin é um tesouro. Discos da mais extrema qualidade, com músicas que após décadas de lançadas ainda influenciam 11 em cada 10 roqueiros. Kashmir entra aqui porque é “A Música” .

“É a música definitiva do Led Zeppelin. É o nosso orgulho”, disse o vocalista e semideus Robert Plant. Todos os quatro integrantes da bandas são unânimes ao dizer que a música foi uma das maiores realizações musicais já feitas. Bom, se os deuses do rock dizem isso, quem sou eu, um mero admirador, pra dizer o contrário?

Sem mais palavras. Escute e arrepie.


The Smiths

4. How Soon is Now – The Smiths


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Para a revista Playboy (edição 346 de 2004) a música How Soon is Now do The Smiths é “seriamente candidata a melhor música do século”. Para o vice-presidente da Warner Bros. Records em 1984, Seymour Stein, a música é a “Stairway to Heaven dos anos 80“, em referência a um dos clássicos supremos do rock, lançada uma década antes pelo Led Zeppelin. Mas apesar do grande impacto da música, sendo posteriormente incluída na posição 486 das 500 melhores músicas de todos os tempos pela revista Rolling Stone, ela não teve o sucesso esperado. Alcançou apenas a 24ª posição nas paradas britânicas.

A melodia é construída em torno de um acorde de guitarra que oscila rapidamente no volume. Do ponto de vista técnico, a música é tão complicada que me recuso a dar mais explicações. O melhor a se fazer é escutá-la. Então vamos lá !!!


Koing Crimson

3. Epitaph – King Crimson


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O rock progressivo sempre foi motivo de muita controvérsia, mesmo entre roqueiros. Em determinado momento do rock, nos vimos deparados com bandas e músicos de extrema qualidade, criando canções que mais pareciam sair de um concerto de ópera. O paradigma do som alto, rápido e pesado fora quebrado por músicos da mesma safra que faziam tudo ao contrário. O rock progressivo é o famoso caso onde ou você ama ou você odeia. Eu prefiro ficar com a primeira opção. Bandas como Emmerson, Lake & Palmer, Yes, Gênesis, Focus, Jethro Tull, Rush e os “deuses” do Pink Floyd mostraram ao mundo que nem de barulho vivia o rock. Composições longas, com harmonia e melodias complexas, aproximando-se muito da música erudita era a marca desse novo estilo.

Se estamos falando de coisa boa sugiro beber na fonte, e lá vamos encontrar a banda King Crimson. Em 1969 foi lançado o álbum “In The Court of King Crimson“. Esse álbum foi simplesmente a cartilha do rock progressivo. Foi a primeira vez que uma banda de rock extirpou as bases de blues, sempre presentes em qualquer música de rock, e misturou jazz e elementos da música clássica. Todo o disco é impressionante, Peter Townsend to The Who o qualificou como “uma obra fantástica“. Um dos pontos altos da banda foi poder contar com o vozeirão de Greg Lake, que sairia um ano depois para fundar o Emmerson, Lake & Palmer.

Uma das músicas que mais arrepiam no disco é Epitaph. A música faz uso pesado do mellotron (teclado polifônico, eletro-mecânico, originalmente desenvolvido e construído em Birmingham, Inglaterra, no início de 1960.)

Escute a música Epitaph, é rock progressivo feito com a alma.


2. Bohemian Rhapsody – Queen


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O que um PhD em astrofísica, um designer, um biólogo e um engenheiro eletrônico podem ter em comum? Bom, eles podem ser amigos e talvez até fazerem parte (ou terem feito) de uma grande banda de rock, certo?

Errado!

Brian May, Freddie Mercury, Roger Taylor e John Deacon não faziam parte simplesmente de uma banda de rock. Eles faziam parte do QUEEN!

Você sabe quem foi o Queen? Claro, a banda do cara de bigode. Ahhh! Não, não era a banda do cara de bigode. Não existem palavras para definir o Queen.

Posso tentar dizendo que  com certeza o Queen é uma das “entidadessupremas do rock and roll. Uma das maiores bandas que já pisaram no planeta.

O Queen não fazia shows. Eles regiam multidões. Foi a única banda a misturar perfeitamente rock and roll com ópera, com resultados extraordinários. Um desses resultados atende pelo nome de Bohemian Rhapsody. Uma música que ainda hoje foge aos padrões normais. Só uma banda como o Queen conseguiria criar uma música sem refrão e com três partes distintas: uma balada rock, uma passagem de ópera e uma seção heavy rock. No fim juntar tudo e tornar a música umas das mais sensacionais obras da história. A música “só” ficou mais de dois meses como número 1 na Inglaterra. Alcançou a primeira posição em outros quatro países. Ao longo dos anos a música tornou-se épica, ganhando diversos prêmios e sempre vindo a tona em listas das “melhores”.

Como diria Freddie Mercury: “Apenas escute a música e tire suas próprias conclusões”

Uma curiosidade interessante: Certa vez, o multimilionário baterista do Queen, Roger Taylor, foi visto em uma lotérica. Até ai nada de mais, estaria ele pagando alguma conta? Não, o batera do Queen foi visto preenchendo uma cartela de loteria. Tem base?


Sex Pistols

1. Anarchy in the U.K. – Sex Pistols


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“O Lixo”. Foi assim que jornais ingleses noticiaram a apresentação da banda punk Sex Pistols em um programa de TV Britânico (apresentado por Bill Grundy) no dia anterior. Tudo porque o guitarrista da banda, Steve Jones, xingou o apresentador do programa em rede nacional – “Velho fodido“. Foi a primeira vez que a palavra “fuck” foi pronunciada em um canal de TV. Nada mais rock and roll, não?

Os Sex Pistols foi sem dúvida alguma a banda mais suja da história do rock, e apesar de suas atitudes superficiais e de ser uma banda “fabricada”, conseguiram assustar o establishment e mudar a rota do rock. A música Anarchy in The U.K talvez represente a rebeldia máxima do rock contra o “sistema”. Combinando a rebeldia punk, barulho, uma tonelada de provocações e frases como: “Eu sou o anticristo, eu sou um anarquista“, Anarchy in The U.K foi considerada pela revista Rolling Stone como a 53º música mais importante da história da música e fincou de vez o punk sujo e perigoso dos Pistols nos noticiários.



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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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