Grandes Mistérios: O Desaparecimento de Percy Fawcett

Retorno hoje com mais um post da série Grandes Mistérios. Para quem está chegando agora, a série Grandes Mistérios é uma série de estranhos fatos ocorridos ao longo de...

Retorno hoje com mais um post da série Grandes Mistérios. Para quem está chegando agora, a série Grandes Mistérios é uma série de estranhos fatos ocorridos ao longo de nossa história as quais não houve uma explicação plausível sobre o ocorrido. Já foram publicados nesse blog os  posts sobre O Experimento Filadélfia, na qual um navio da Marinha americana teria ficado invisível e O Mistério do Vôo 19, onde toda uma esquadrilha de aviões e posteriormente o avião de resgate sumiram sem deixar rastros sobre as águas do atlântico no Triângulo das Bermudas.

O post de hoje conta a história do misterioso desaparecimento do famoso explorador britânico Percy Fawcett.

Em 20 de abril de 1925, Percy Fawcett, seu filho Jack Fawcett e um amigo de faculdade Raleigh Rimmell, saem de Cuiabá, capital do Mato Grosso em busca de uma cidade antiga, supostamente escondida no meio da floresta Amazônica, que Fawcett acreditava estar perdida a centenas de anos. Era sua segunda tentativa de encontrar a cidade perdida, ele já havia tentado em 1920, mas desistiu após 3 meses engrenhado na selva amazônica.

A Cidade

Após a Primeira Guerra mundial, Percy Fawcett veio à América do Sul, onde já havia estado antes da guerra. Fawcett estava intrigado com histórias de uma cidade perdida, oculta no meio da selva. Lendas de uma cidade perdida no meio da selva amazônica vem desde o século XVI, quando os espanhóis ficaram maravilhados com a enorme riqueza em ouro do Império Inca e acreditavam que haviam uma cidade de onde os Incas tiravam toda sua riqueza. Fawcett, porém, não estava interessado na cidade de ouro ou Eldorado, ele acreditava na existência de outra cidade, habitada por uma antiga raça de brancos europeus. Fawcett batizou a cidade de “Z” e acreditava que ela estava perdida no noroeste do Brasil.

Na Foto: O Coronel Percy Fawcett em 1906 na Bolívia.

Na Foto: O Coronel Percy Fawcett em 1906 na Bolívia.

A Expedição

Fascinada com a idéia de uma cidade perdida no meio da selva, a Sociedade Geográfica Real Britânica decidiu financiar Fawcett.

Fawcett chegou ao Brasil em março de 1925. O grupo era pequeno, contava com alguns guias locais e animais de carga, além de seu filho e o amigo de seu filho.

Em 15 de maio, após uma caminhada de 500 quilômetros, o grupo chegou à aldeia dos índios bakairi onde descansaram por alguns dias. Da aldeia dos bakairi, Fawcett e sua expedição chegaram a um lugar que Fawcett chamava de “Campo do Cavalo Morto”. Este local era o local onde Fawcett havia abandonado a expedição anterior, cinco anos antes.

Em 29 de maio, Fawcett escreveu à esposa dizendo que esperava fazer contato com índios locais no prazo de uma semana e que estava prestes a entrar em um local totalmente inexplorado. Em sua carta ele termina dizendo: “Não é preciso ter medo do fracasso.” A carta foi entregue a um dos guias para que pudesse ser enviada. Foi a última notícia que se teve de Fawcett. Fawcett, seu filho Jack e o amigo de seu filho Rimmell nunca mais foram vistos.

Pistas

Em 1927, o engenheiro francês Roger Courteville dirigia por Minas Gerais quando viu um velho branco e maltrapilho na beira da estrada. Courteville parou o carro para averiguar, ao conversar com o homem, o maltrapilho disse que se chamava Fawcett.

No mesmo ano, Courteville estava trabalhando no Peru quando encontrou o outro filho de Fawcett, Bryan Fawcett, que também era engenheiro e trabalhava em uma ferrovia nas montanhas do Peru. Bryan não acreditou na história de Courteville, mas não a descartou totalmente.

Expedição de busca e resgate

Em 1928, o mundo inteiro estava intrigado com o desaparecimento de um dos maiores exploradores do planeta. Em maio do mesmo ano, um grupo de jornais norte-americanos financiou uma busca aos três exploradores desaparecidos. A expedição foi liderada pelo comandante George Dyott, oficial da marinha americana. De Cuiabá, a expedição chegou ao Campo do Cavalo Morto e de lá chegaram a aldeia dos índios Na Fukas. Os índios disseram a Dyott que Fawcett havia partido do Campo do Cavalo Morto 2 anos antes. Uma coisa chamou a atenção de Dyott, o chefe da tribo usava um medalhão de bronze no pescoço contendo o nome da firma inglesa que havia fornecido o equipamento de Fawcett. O chefe da tribo afirmou que Fawcett havia lhe dado o medalhão como presente de partida. Suspeitando que os índios sabiam mais do que contavam, Dyott começou a fazer várias perguntas o que deixou o clima tenso e os índios nervosos. Temendo um ataque, Dyott deu meia volta e voltou para Cuiabá. Posteriormente, Dyott escreveu um livro em que afirmava que possivelmente, Fawcett e seus acompanhantes foram mortos por índios locais.

A última grande expedição a procura de Fawcett ocorreu em 1996 e foi financiada pelo banqueiro americano James Lince. A expedição foi um fracasso, os índios da região sequestraram os exploradores e confiscaram seus equipamentos e carros, dando um prejuízo estimado de U$ 30 mil dólares. Isso contribuiu bastante para o enigma de Percy Fawcett, já que muitos dizem que todos aqueles que tentam procurar Fawcett acabam amaldiçoados. De fato, cerca de 100 pessoas morreram em expedições posteriores de busca ao desaparecimento de Fawcett e seus dois acompanhantes. Em tempo: Fawcett deixou escrito que caso ele não voltasse, nenhuma equipe de busca deveria ser enviada para o seu resgate.

Teorias

Com o passar dos anos as esperanças de encontrar Percy Fawcett com vida foram diminuindo. Centenas de expedições foram feitos ao longo dos anos, nenhuma com dados concretos sobre seu destino. Alguns diziam que Fawcett fora morto por índios hostis, outros diziam que Fawcett estava vivo e vivendo em tribos remotas. Outros chegaram a dizer que Fawcett de fato encontrou a cidade “Z”, mas que foi impedido de voltar para manter o local em sigilo. Outros diziam que Fawcett virara guia espiritual em uma tribo de canibais.

Curiosidades:

Percy Fawcett é o grande herói dos biólogos caçadores de anacondas pelo mundo. Nos anos de 1900, Fawcett teria matado uma sucuri na região amazônica peruana que estava aterrorizando os seringueiros. A sucuri, pasmem!! Tinha 19 metros de comprimento por 30 centímetros de diâmetro. É a maior cobra que se tem notícia. Este fato deu origem à lenda de cobras gigantes na região amazônica.

Em 2008, um rebuliço tomou conta da região do Xingu no Mato Grosso. O mega-astro hollywoodiano Brad Pitt teria sido visto com uma grande equipe percorrendo a região. De fato a Paramount e a Plan B (produtora de Pitt) estiveram na região do Xingu, fizeram reuniões com tribos locais e com a Universidade do Mato Grosso. A admiração de Pitt por Fawcett é conhecida, mas até hoje, o filme que se chamaria The Lost City of  Z (A Cidade Perdida de Z) nunca  saiu do papel.

Em 1937, uma missionária americana disse ter encontrado um filho de Jack Fawcett com uma índia. A criança era branca e teria os olhos azuis. O índio chamado Dulipé virou um astro para os jornais da época, foi para Cuiabá onde era visto como um “bicho diferente”. Em depressão entregou-se ao vício dos brancos: o alcoolismo. Morreu esfaqueado na porta de um bodel. Dulipé nunca foi reconhecido como filho de Jack Fawcett, Dulipé não passava de um índio albino.

Na Foto: O Coronel Percy Fawcett

Na Foto: O Coronel Percy Fawcett

Na Foto: Reprodução da sucuri morta por Fawcett publicada em um Jornal de Pernambuco em 1948

Na Foto: Reprodução da sucuri morta por Fawcett publicada em um Jornal de Pernambuco em 1948

Na Foto: Suposta ossada de Fawcett. Ossada porém foi descartada como sendo de Fawcett por seu dentista. A Ossada se encontra na USP . Descendentes de Fawcett se recusam a doar material para um exame de DNA

Na Foto: Suposta ossada de Fawcett. A ossada, porém, foi descartada como sendo de Fawcett. Atalmente a ossada se encontra na USP. Descendentes de Fawcett se recusam a doar material para um exame de DNA.

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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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