“Eu tinha o marido perfeito… mas ele era o assassino perfeito”.
[Judith Mawson]
Há cerca de uma década atrás, Gary Ridgway foi desmascarado como o Assassino do Rio Verde, o mais prolífico serial killer da história dos Estados Unidos. Desde então, isolado em sua cela na Penitenciária do Estado de Washington, Ridgway recusou-se a falar.
Até agora.
Em setembro de 2013, Ridgway voltou a ser notícia nos Estados Unidos. Em uma série de entrevistas concedidas a um repórter do canal Komo News, Ridgway quebrou o silêncio e disse o que todos já imaginavam: ele matou mais, muito mais.
O Assassino do Rio Verde aterrorizou o Condado de King, em Washington, durante as décadas de 1980 e 1990. Somente em dois anos (1982/83), 36 mulheres estranguladas foram encontradas na margem ou perto do Rio Verde, um rio que corta o estado de Washington. Após duas décadas de mortes e desaparecimentos na região, e graças aos avanços nos testes de DNA, Gary Ridgway, um pacato pintor de caminhões, foi preso e acusado de ser o terrível serial killer do Rio Verde.
Apesar do número oficial de vítimas ter chegado a 49, autoridades acreditavam que Ridgway matara muito mais, entretanto, nenhum outro corpo jamais foi encontrado.
E na tentativa de acabar com a dor de dezenas de familiares de mulheres desaparecidas da região, em 2008, um ex-investigador da Força Aérea americana decidiu, por conta própria, procurar pelos restos mortais das outras supostas vítimas de Ridgway.
Apesar do cansativo trabalho de se engrunhar nos arbustos e vasculhar a terra em busca de minúsculos fragmentos de ossos, o ex-investigador Rob Fitzgerald, e sua equipe de voluntários, buscam incansavelmente por essas mulheres. E essa busca já dura cinco anos. “Elas merecem isso. As pessoas precisam saber que há, pelo menos, esperança que suas filhas sejam encontradas”, diz ele.
E foi através de Rob Fitzgerald que o serial killer decidiu quebrar o silêncio de dez anos. Em uma entrevista publicada em setembro de 2013 pela Komo News, O Assassino do Rio Verde diz: “Não está acabado. Você tem 80 famílias lá fora que querem respostas. Eu quero provar que há 80 corpos lá fora, ou 85 ou o que seja”.
Segundo Ridgway, o número de mulheres mortas por ele é muito maior do que as 49 oficiais. “Eu peguei ela em algum lugar e a levei até a casa e a matei, assim como fiz com muitas”, diz ele sobre uma mulher que ele conheceu em algum lugar da estrada Pacific Highway em 1982 ou 1984.
Entretanto, muitos acreditam que Ridgway quer apenas chamar atenção. Como muitos serial killers, a mentira é uma arma, e ele pode estar aumentando seu número de vítimas para ganhar mais notoriedade. “Eu acho que ele quer dizer ao mundo que: ‘Aqui estou, Gary Ridgway, o pintor de Kenworth, o cara que todo mundo achava bobão desde o ensino fundamental, alguém que não poderia segurar uma vela para Ted Bundy. Mas, aqui estou, e eu sou o melhor em alguma coisa'”, disse o repórter Charlie Harger da Komo 4 News.
“Nunca diga nunca. Eu acho improvável, apesar dele não ter nos contado tudo. Mas, independentemente disso, sempre existe a esperança de Ridgway, sem querer, deixar escapar alguma coisa, e isso levar Fitzgerald a mais restos mortais”, disse Dave Reichert, o veterano detetive do caso.
Estará Ridgway dizendo a verdade? Ou será apenas mais uma brincadeira maldosa de um psicopata que acreditava estar limpando as ruas da sujeira?
Veja abaixo três reportagens legendadas da Komo 4 News sobre as novas declarações de Gary Ridgway, o mais prolífico serial killer da história americana.
Gary Ridgway, a voz do mal
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