
Imagine a seguinte cena: uma mulher descansa tranquila com seu bebezinho em uma área campestre. De repente, surge do nada três homens que mais parecem ter saído das histórias que escrevo: maus, sádicos e cuspindo fogo pela boca.
Um deles dá um soco na pobre moça que cai estirada no chão. Com uma faca ele levanta sua blusa, começando a sessão tortura, cortando sua barriga e dizendo que vai tirar suas tripas para fora. “Corta logo essa vadia!”, grita um deles.
Pode ser uma cena fictícia, mas mostra muito bem o sofrimento pelo qual passa uma vítima de assassinos sexuais psicopatas. Mas, diante de tal situação, o que poderia fazer uma pobre moça cercada de três brutamontes sanguinários? Bom, na imagem acima, você vê o que aconteceu com um deles.
Você pode achar esse um filme de terror B, que foi escorraçado pela crítica e que hoje é praticamente desconhecido. Mas quando olhamos para o nome do diretor, lá está escrito William Friedkin, o cara que só dirigiu O Exorcista, talvez o maior filme de horror da história. Então, seria este um filme incompreendido? Ou realmente uma tragédia?
Não há mistério: Phil e Kate são um jovem casal que contratam uma babá para cuidar do seu bebê. Em dado momento, percebemos que há algo macabro quando a babá, uma loira bonita e de olhos verdes, é atacada num bosque por três bandidos da pesada e, ao invés dela ser trucidada, são os três bandidos que passam dessa para melhor, dilacerados por uma árvore e comidos por uma matilha de lobos.
Esperem: uma árvore? É isso mesmo: uma árvore.
O filme, claro, tem um enredo que beira o absurdo, é cheio de clichês, com os pais do bebê… (não preciso dizer que eles só percebem o mal que os ronda no final do filme).
Por outro lado, sua excentricidade o faz ser diferenciado, afinal, quem em sã consciência dirigiria um filme sobre uma árvore que mata pessoas? Obviamente que a mão de Friedkin ajudou, deixando-o menos “tosco” possível. O filme tem um visual forte, efeitos especiais eficientes e um suspense que faz roer as unhas. É uma espécie de versão diabólica de A Mão que Balança o Berço. No nível intestinal, o final é satisfatório e excitante (não recomendado para os que tem aversão a sangue).
Apesar do enredo surreal, vale a pena conferir. Para os fãs xiitas do gênero.
Se você não tem nada pra fazer no fim de semana, está ai um filme pra assistir de noite e de preferência… sozinho. Veja o filme dublado abaixo.
Informações
Título: The Guardian
Título no Brasil: A Árvore da Maldição
Direção: William Friedkin
Produção: Joe Wizan
Roteiro: Stephen Volk, William Friedkin, Dan Greenburg
Baseado em: The Nanny, de Dan Greenburg
Elenco: Jenny Seagrove, Dwier Brown, Carey Lowell
Distribuição: Universal Pictures
Lançamento: 27 de abril de 1990
País: Estados Unidos
Dicas de Filmes: A Árvore da Maldição
William Friedkin's The Guardian (1990) Part I… por pauraecarita
Curta O Aprendiz Verde No Facebook