
Se existiu um psicopata assassino especialista na “ciência” de dar caronas, este foi o estadunidense Edmund Kemper. Estudar seus crimes e seu modo de agir é tão importante quanto expô-los para a sociedade. Quanto mais sabemos sobre o mal, e como ele age, maiores são as chances de evitarmos que ele apareça e destrua nossas vidas.
Perturbado por toda vida, Kemper cresceu torturando gatos e enterrando-os vivos. Não satisfeito, os desenterrava para arrancar as cabeças e pregá-las em varas. Em 1964, aos 15 anos, matou a avó com três tiros de rifle e, para certificar que realmente estava morta, esfaqueou-a três vezes nas costas. Quando o avô de 72 anos chegou em casa, ele fez a mesma coisa.
Na época, parecia incompreensível para o sistema judicial da Califórnia que um menor pudesse fazer tal coisa. Enviado a um hospital psiquiátrico, foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e QI de gênio. Devido à sua inteligência e astúcia, foi permitido a ele acesso a ferramentas de avaliação psicológica. Ele memorizou as respostas para 28 dessas ferramentas e enganou os psiquiatras, alegando ser seguro libertá-lo. Quando médicos lhe aplicaram testes, os resultados foram incríveis. Assim, ele conseguiu sair do manicômio no seu 21º aniversário.
DANDO CARONAS
Não há dúvidas de que a década de 1960 foi um divisor de águas na América e Kemper, no auge de sua juventude, perdeu todos os acontecimentos e prazeres daquele tempo — a revolução nos costumes, o hedonismo, a psicodelia, a invasão do Vietnã, o pouso na Lua… Para preencher essa lacuna em sua vida, ele começou a dirigir e a dar caronas para adolescentes. Ele perdeu sua adolescência no manicômio e pensou em recuperá-la fazendo amizades com pessoas mais novas, mas, socialmente inapto, ele só conseguia se aproximar e conversar ao dar caronas.
Esse comportamento se tornou um hábito e logo Kemper se especializou em fazer garotas entrarem em seu carro. Um homem sozinho oferecendo carona na rua é um sinal vermelho, mas usando técnicas sociais e psicológicas, o rapaz foi capaz de baixar a guarda de jovens desconfiadas. Algumas terminaram sem as cabeças.
No vídeo abaixo, o próprio Kemper explica como as enganava.
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