Em 2013, para um texto em nosso site, escrevemos que: “um psicopata bem sucedido é alguém que se encaixa na descrição de um psicopata, mas é bem sucedido em suas atividades, o que evita sua identificação. Tais pessoas podem ser advogados, professores, políticos e provavelmente possuem um endereço permanente em Wall Street ou no congresso em Brasília”.
Não é que o psicopata “bem sucedido” seja inidentificável, pelo contrário, ele apenas tem uma posição social e uma máscara que o permite ser invisível para a maioria. Para o bom observador, ele nada mais é do que desonesto, arrogante e explorador; uma pessoa manipuladora que brutalmente trilha o seu caminho pela vida com total desprezo pelos sentimentos dos outros. Egoistamente, pega o que quer e faz o que quer, violando regras sociais e expectativas, sem o mínimo senso de culpa ou arrependimento.
Meses atrás o Brasil amanheceu com a notícia da prisão do vereador carioca Dr. Jairinho e da sua companheira Monique Medeiros. Monique é mãe de Henry, um garotinho de 4 anos terrivelmente espancado até a morte no último dia 8 de março. De acordo com a polícia, foi o Dr. Jairinho quem matou o menino.
Durante o curso da investigação, a máscara de homem público importante se esfacelou quase que de imediato dando lugar a um homem maquiavélico, frio, sádico e, pior, torturador de crianças. Durante o último mês lemos reportagens de cortar o coração de como ele torturou inúmeras crianças de ex-companheiras.Em matéria do UOL, podemos ler minuto a minuto como um dia ele simplesmente chegou em casa, convidou Henry para o seu quarto, trancou a porta, e começou a torturá-lo.
Dr. Jairinho era sádico e torturador, com uma aparente compulsão em predar crianças longe das vistas de todos. Seu comportamento lembra o de um serial killer, nesse sentido, sua criação e posição social poderiam ter freado seus instintos sombrios?
Para alguns, pode parecer imprudente (e realmente é) virmos aqui e rotulá-lo de “psicopata” com “traços” de serial killer, mas escrevendo sobre esses monstros da vida real há mais de 10 anos, o conhecimento empírico muitas vezes bate à porta sem pedir licença.
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