As Cartas de Ted: Unabomber perdido no cyberespaço

O terrorista, preso desde 1996, jamais enviou ou recebeu um e-mail e nunca viu o Facebook. Mas ele tem bastante a dizer sobre tecnologia.
Capa da edição de abril de 1996 da revista Time, com uma matéria de capa sobre o Unabomber intitulada "A Odisseia de um Gênio Louco". A edição ainda traz uma reportagem sobre o atentado a bomba cometido por Timothy McVeigh cerca de um ano antes, na cidade de Oklahoma.

Capa da edição de abril de 1996 da revista Time, com uma matéria sobre o Unabomber intitulada “A Odisseia de um Gênio Louco”. A edição trouxe ainda uma reportagem sobre as consequências do atentado à bomba cometido por Timothy McVeigh cerca de um ano antes, na cidade de Oklahoma (reprodução internet).

De sua cela na prisão, Ted Kaczynski — o Unabomber, que aterrorizou os Estados Unidos na década de 1980 e início de 1990, manteve notáveis correspondências com milhares de pessoas ao redor do mundo. Com a proximidade do vigésimo aniversário de sua prisão, o OAV Crime reproduzirá uma série de artigos publicados pelo Yahoo! News com base em suas cartas e outros textos, armazenados em um arquivo da Universidade de Michigan. Eles lançam uma luz sem precedentes sobre a mente de Kaczynski — gênio, louco e assassino.

Eles desejavam estabelecer contato com um “pensador profundo”. Mas quando um grosso envelope apareceu, numa manhã de outubro seis anos atrás, preenchido com o endereço da prisão federal “Supermax” em Florence, Colorado, a professora Maureen Kendrick Murphy e seus alunos da Huntingdon College, uma pequena faculdade de artes liberais em Montgomery, Alabama, ficaram receosos em pegá-lo, e mais ainda em abri-lo.

Era uma carta de Ted Kaczynski, o Unabomber.

Algumas semanas antes, Murphy, em nome de sua turma, escrevera a Kaczynski como parte de um exercício de pensamento crítico no qual os estudantes, calouros em suas primeiras semanas de faculdade, estudavam o trabalho de figuras públicas e então lhes escreviam convidando-lhes a explicar suas ideias. Eles haviam escrito para 14 pessoas, incluindo o presidente Obama, a Chanceler alemã Angela Merkel, a futura senadora Elizabeth Warren, o fundador da Microsoft Bill Gates, a ex-juíza da Suprema Corte Sandra Day O’Connor e o rapper Eminem.

Mas então, por sugestão de um aluno, eles contataram Kaczynski. A classe havia lido “Industrial Society and Its Future” [“A Sociedade Industrial e Seu Futuro”, em tradução livre], o tratado antitecnologia de 1995 comumente conhecido como Manifesto Unabomber, e enviou uma carta ao terrorista confesso solicitando que ele opinasse sobre como a expansão do uso da internet havia afetado as liberdades pessoais.

“Jamais neste mundo eu esperei que ele nos respondesse”, relembrou Murphy em uma entrevista recente. “Eu não conseguia acreditar. Por que nós? Por que ele nos responderia?”.

Os materiais usados pelo FBI na varredura da cabana de Theodore Kaczynski, situada nas montanhas de Lincoln, Montana, em 6 de abril de 1996. Os investigadores descobriram e desarmaram uma bomba ativa na cabana. Mais de 40 caixas encontradas foram submetidas a exames de raio-x (AP Photo/Elaine Thompson).

Os materiais usados pelo FBI na varredura da cabana de Theodore Kaczynski, situada nas montanhas de Lincoln, Montana, em 6 de abril de 1996. Os investigadores descobriram e desarmaram uma bomba ativa na cabana. Mais de 40 caixas foram encontradas e submetidas a exames de raio-x (AP Photo/Elaine Thompson).

Mas Kaczynski respondeu quase imediatamente — numa carta manuscrita de 12 páginas que incluía meticulosas notas de rodapé e usou um vocabulário que fez Murphy e seus alunos correrem atrás de um dicionário. Mantida agora no arquivo de documentos pessoais de Kaczynski na Universidade de Michigan, a carta foi o começo de uma troca que oferece uma visão única da vida do Unabomber como um homem que continua a sustentar diversas opiniões sobre o impacto da tecnologia mas que, ocupando a cápsula do tempo de uma cela de prisão, quase não teve experiências diretas com ela.

Kaczynski vivia em uma cabana isolada em Montana sem eletricidade ou água encanada quando foi preso em 1996, nos primórdios da era da internet. Agora mantido na unidade mais segura da ADX, em Colorado, a prisão mais segura do país, ele permanece trancado 23 horas por dia com acesso apenas à televisão, que ele se recusa a assistir. Ele nunca usou a internet e sabe apenas o que lê em livros, jornais e cartas.

Mas isso não o impediu de escrever um novo livro — uma atualização do seu manifesto de 1995 com argumentos ampliados e referências mais atuais às tecnologias modernas. Não se sabe sobre o andamento do projeto. Na última primavera [no hemisfério sul], ele ainda estava buscando uma editora.

Um dos argumentos de Kaczynski no manifesto original de 1995 era que a expansão da sociedade industrial estava dando uma falsa ideia de liberdade aos indivíduos, porque as “grandes corporações” poderiam comprometer a autonomia das pessoas. A mudança para os computadores, argumentou, colocava a humanidade em risco de perder sua autossuficiência ou de esquecer como pensar de modo geral.

Escrevendo em sua cela 15 anos depois, Kaczynski não mudou muito o seu ponto de vista quando Murphy e seus alunos o procuraram. A internet havia aumentado “a liberdade de expressão dos indivíduos na impressão de que ela eleva consideravelmente suas habilidades de enviar e receber ideias e informações”, escreveu Kaczynski em sua primeira carta a Murphy, em setembro de 2010.

“Em relação ao Facebook, não sou capaz de te dar uma resposta definitiva porque sei muito pouco sobre o Facebook. Mas minha reação inicial foi altamente negativa, pois o pouco que eu sei sugere que o Facebook é principalmente um lugar onde adolescentes (de qualquer idade) publicam autopromoções narcisistas numa tentativa de fazer amigos via internet.

Lembremos que o que importa não é o Ted Kaczynski. O que realmente importa é o que o sistema tecnoindustrial está fazendo com o mundo. Essa é a questão.

[…]

Agora a grande questão. Você pergunta: ‘você acredita que o poder dos comentários e crenças pessoais de um indivíduo, postados na internet, podem suplantar os de grandes corporações, de modo que um indivíduo possa um dia teoricamente ser mais influente que grandes organizações?’

Mais uma vez eu estou prejudicado pela minha falta de conhecimento sobre a internet. Eu nunca tive acesso direto à internet; eu sei apenas o que leio na mídia impressa e o que as pessoas de fora me escrevem, ou o que posso inferir de artigos sobre a internet que elas me enviam. Então minha resposta à sua pergunta será baseada principalmente em noções gerais sobre os efeitos da disseminação de ideias, em vez de qualquer outro conhecimento específico da internet.

Você escreve: ‘nós notamos que indivíduos aparentemente insignificantes conseguem reunir públicos enormes (na internet e/ou no YouTube*), para expressar seus pontos de vista, canções, ou para entreterem outros. Essas ideias frequentemente se tornam ‘virais’ em questão de minutos, mas elas raramente são ideias intelectuais’.

* Eu não faço ideia do que seja o YouTube”

[Trechos de cartas de Ted Kaczynski a Maureen Kendrick Murphy]

No entanto, ele sugeriu que o “efeito proliferador” de toda esta informação, muito dela não confiável, combinado com a atenção diminuída das pessoas, tinha dado às “grandes corporações”, com seus amplos recursos, mais poder para influenciar pessoas online do que as pessoas comuns. Mas, admitiu Kaczynski, ainda existe muito que ele desconhece sobre a internet.

Nas cartas subsequentes, Murphy e seus alunos apontaram o poder do Facebook e contestaram sua sugestão de que indivíduos seriam incapazes de atrair atenção e exercer influência via internet, citando pessoas que postam vídeos que instantaneamente se tornam virais no YouTube.

“Eu não faço a menor ideia do que seja o YouTube”, respondeu Kaczyski. Ele perguntou o que significava “viralizar”. “Parece que o fenômeno a que você se refere é o que os sociólogos chamam de ‘modas’ ou ‘manias'”, escreveu, citando um verbete sobre “comportamento coletivo” da edição de 2003 da Encyclopaedia Britannica.

Enquanto liam a carta em Montgomery, os alunos de Murphy ficaram surpresos e acharam aquilo divertido. De certa forma, eles sabiam como era se sentir blindado. Sua pequena escola, filiada à Igreja Metodista Unida, atrai uma população de estudantes originária em maior parte de crianças de classe média e baixa, de pequenas cidades rurais do Alabama. Mas apesar de suas próprias experiências com o mundo exterior terem sido limitadas, nenhum deles podia imaginar um mundo em que e-mail ou redes sociais não existissem.

Para eles, a afirmação de Kaczynski sobre o YouTube era tão incomum que alguns estudantes mais tarde estamparam a frase em camisetas, que eles orgulhosamente vestiam pelo campus. Mas quando Murphy desafiou a classe a explicar algo como o YouTube a alguém que não assistia televisão, jamais vira a internet e passava a maior parte dos dias confinado em uma cela de prisão não muito maior que um banheiro, eles ficaram perplexos.

“Eles não faziam ideia”, recordou ela.

"A Mente do Unabmober", revista Newsweek, 15 de abril de 1996.

“A Mente do Unabmober”, revista Newsweek, 15 de abril de 1996.

Ao longo de quase 20 anos na prisão, Kaczynski permaneceu, de certo modo, congelado no tempo. O ex-acadêmico, que continua a escrever ensaios e cartas sobre os perigos da sociedade industrial, é obstinado em fazer pesquisas à moda antiga, por meio de livros e periódicos obtidos na biblioteca da prisão ou através de uma extensa rede de correspondentes que compartilham de suas crenças. Mas apesar de ser um opositor da tecnologia e pregar sobre seus perigos, ele lentamente tem adotado alguns aspectos da comunicação do século XXI, embora a seu próprio modo.

Para economizar dinheiro com postagem e o tempo gasto para copiar cartas à mão — uma vez que ele não tem acesso a uma copiadora — ele pediu o endereço de e-mail de diversas pessoas que frequentemente se correspondem com ele, para compartilhar com outros de sua rede. Às vezes, Kaczysnki envia uma carta a alguém e então lhe pede que a escaneie e compartilhe com o grupo. Outros possuem cópias de sua vasta coleção de escritos e, como uma biblioteca, enviam bocados dela a outras pessoas, a pedido de Kaczynski.

Suas cartas indicam que ele considerou publicar seus textos na internet. Mas ele receou que isto pudesse fazer com que os oficiais da prisão limitassem sua possibilidade de escrever cartas.

Quando um amigo propôs criar uma página no Facebook para ele, Kaczynski recusou. “Eu sei tão pouco sobre o Facebook. Mas minha reação inicial foi altamente negativa, pois o pouco que eu sei sugere que o Facebook é principalmente um lugar onde adolescentes (de qualquer idade) publicam autopromoções narcisistas numa tentativa de fazer amigos via internet”, escreveu em junho de 2010.

Porém, anos depois, ao tentar descobrir mais sobre as motivações daqueles que lhe escreviam ou para localizar alguém com quem não falava havia algum tempo, ele pediu a um correspondente de longa data para procurar pessoas no Facebook e lhe dar uma resposta.

Em resposta às pessoas que lhe escrevem oferecendo livros, Kaczynski frequentemente os indica a Amazon.com. Em 2010, um livro de textos selecionados de Kaczynski, incluindo o manifesto, foi lançado. O novo autor, em uma ação que surpreenderia um assessor, caso ele tivesse um, promoveu o livro entre aqueles que lhe escreviam, direcionando-os para o site da editora e da Amazon.

Um amigo imprimiu a página de livros da Amazon para mostrar a Kaczynski algumas das avaliações que ele estava recebendo. Ele examinou minuciosamente a página, incluindo a lista de vendedores que ofereciam cópias do livro por meio do site. Como outras páginas de e-commerce, a Amazon classifica os vendedores com estrelas, com base nas avaliações dos clientes, mas Kaczynski não sabia o que aquilo significava. Ele desenhou uma cópia da página — guardando a original — e a enviou a um confidente. “O que estes números significam?”, perguntou ele.

Quando seus alunos trouxeram a ideia de escrever ao Unabomber, Murphy, professora de química em Huntingdon, não estava certa de que seria uma boa ideia. Muitos dos estudantes eram jovens demais para se lembrar do horror dos crimes de Kaczynski, de como seus pacotes-bomba fizeram o país se crispar de medo. Ela estava cética em enviar uma carta a alguém que matara três pessoas sem remorso algum, mas como acadêmica ela estava curiosa a respeito dele. O que ele teria a dizer sobre tecnologia, depois de todos aqueles anos?

Enquanto os estudantes escreviam as primeiras cartas aos outros de sua lista, Murphy insistiu que deveria ser ela a contatar Kaczynski. Ela não queria que os estudantes acabassem, em suas próprias palavras, “em algum arquivo no Departamento de Justiça”.

Mas quando uma aluna que trabalhava no setor de correspondências lhe disse, algumas semanas depois, que havia um envelope grosso de Kaczynski na caixa postal dela, Murphy não acreditou. A carta ficou lá por oito dias até que Murphy, ainda achando que se tratava de uma brincadeira, pediu à garota para pegá-la. “Eu estou com medo”, respondeu a garota.

Murphy ressaltou que era improvável que Kaczynski tivesse lhe enviado uma bomba da prisão, mas permitiu que um colega — membro do time de futebol americano — acompanhasse a garota. Quando eles voltaram à sala com o envelope, Murphy ficou tão suspresa quanto qualquer um. A professora e seus alunos observaram o documento por vários minutos, tirando fotos com seus celulares e analisando a caligrafia perfeita de Kaczynski e a combinação de selos no valor exato da postagem. O envelope, aparentemente inspecionado pelos guardas da prisão, já tinha sido aberto.

Carta enviada pelo Unabomber à professora Maureen Kendrick Murphy (foto: University of Michigan).

Carta enviada pelo Unabomber à professora Maureen Kendrick Murphy
(foto: University of Michigan).

Ainda assim, enquanto ela retirava a carta do envelope, “minhas mãos tremiam”, relembrou Murphy.

“Não que eu estivesse assustada, mas porque, minha nossa, tinha algo de histórico naquilo… ele era a primeira pessoa a nos escrever de volta, e todo o mundo queria segurá-la e tocá-la. Aquela era uma carta de alguém sobre quem eles haviam lido”.

Mas ela logo lembrou aos estudantes com quem eles estavam se correspondendo. “Lembrem-se do porquê de esta pessoa estar na prisão”, disse ela.

Nos três meses seguintes, Murphy, em nome da classe, trocou várias cartas com o terrorista confesso debatendo o poder da internet. Kaczynski sustentou que não via como um indivíduo ou um grupo pequeno “podia exercer uma influência significativa” através da internet que pudesse ter um impacto real sobre as vidas da população comum. Mas em uma carta algumas semanas depois, ele hesitou. Ele escreveu a Murphy dizendo que lera um artigo da revista Atlantic sobre o fundador do WikiLeaks, Julian Assange e o ativista conservador Andrew Breitbart e seu uso da internet para disseminar informações antes sigilosas. Ele pensou que estes poderiam ser exemplos do uso da internet de forma realmente influente. Ainda assim, Kaczynski estava duvidoso. Eles seriam influentes se o que fizeram não tivesse um impacto concreto?

“O mais frequente é que a revelação de uma informação pública simplesmente causa um escândalo público que logo é esquecido e não muda nada realmente. (…) Talvez a carreira de algum político seja arruinada, mas ele é logo substituído por outro político. Então alguém precisa perguntar, quanta influência Assange possui realmente? É uma questão que eu nem sei por onde começar a responder”.

Murphy e sua turma ficaram maravilhados com a lógica e a sanidade das cartas de Kaczynski, para alguém que havia sido descrito como um maníaco. “Se ele estivesse na internet”, disse-lhe um estudante, “teria milhões de seguidores no Facebook”.

Quando Murphy levou uma das cartas a um professor de lógica da faculdade, ele ficou igualmente surpreso. “É assim que se ensina alguém a argumentar”, ele lhe disse.

No final daquele semestre, Kaczynski enviou a Murphy outra carta, dizendo que ela e sua classe estavam entre uma “minoria pequena e preciosa” que havia oferecido “comentários e questões valiosas ou desafiado meus argumentos inteligentemente”. Era um elogio raro da parte de Kaczynski.

A professora Maureen Kendrick Murphy (foto: Huntingdon College).

A professora Maureen Kendrick Murphy (foto: Huntingdon College).

Murphy e seus alunos ficaram lisonjeados, mas a disciplina havia terminado. Ela nunca respondeu a carta, e Kaczynski jamais lhe escreveu novamente. Mas em julho último, cinco anos depois, Murphy recebeu um e-mail de uma mulher desconhecida. “Ted disse que você pode gostar de ler isso”, escreveu a mulher. “Por favor, não distribua”.

“Ted?”, pensou Murphy. “Quem é Ted?”.

No final do e-mail estava um link que iria expirar em menos de 24 horas.

Quando ela abriu o documento, encontrou uma cópia escaneada de um novo livro, que Kaczynski chamou de “Anti-Tech Revolution: Why and How” [“Revolução Antitecnologia: Como e Por Quê”, em tradução livre]. O manuscrito era cuidadoso, e espalhadas pelo texto e ao longo das margens estava a caligrafia perfeita e familiar de Kaczynski, oferecendo meticulosas notas e apontando mudanças.

De acordo com Murphy, que concordou em não tornar público o documento até que ele seja publicado, o livro é uma atualização do manifesto de 1995 — articulado com muitos dos mesmos argumentos mas contendo referências mais atuais aos computadores e à internet. No prefácio, Kaczynski reconhece que no processo de escrita do livro ele teve que se valer de fontes de “confiabilidade questionável” como matérias de imprensa, por causa do seu acesso restrito ao mundo exterior.

O livro, escreve Kaczynski, “deve ser estudado com o mesmo cuidado que alguém usaria ao estudar, por exemplo, um manual de engenharia”. As ideias, acrescenta, “precisam ser aplicadas ponderada e criativamente, não mecanicamente ou rigidamente”.

Ao ler o manuscrito, Murphy detectou mudanças sutis na filosofia do Unabomber — incluindo a ausência de menções à violência, apesar de não ser claro se isto representa uma mudança de pensamento ou foi adotada pela necessidade, uma vez que os responsáveis pela prisão provavelmente impediriam sua publicação.

De acordo com Murphy, o livro é mais razoável sobre a “revolução” que Kaczynski sempre encorajou e sugere métodos alternativos de protesto, como aprender mais sobre linguagens de programação para estar em pé de igualdade com seus oponentes. A tecnologia, escreve ele, vai acabar se destruindo. E este risco é o motivo pelo qual ele considera urgente transmitir esta mensagem ao mundo.

“Tenho 72 anos”, escreve Kaczynski no prefácio, de acordo com Murphy (hoje ele tem 73). “E eu posso sair de cena a qualquer momento por algum infortúnio médico, então eu quero publicar o máximo de material importante enquanto posso”.

Série As Cartas do Unabomber:

  1. Abrindo o Arquivo Unabomber
  2. A história de dois irmãos
  3. A “amada” do Unabomber
  4. Kaczynski e seus advogados
  5. Unabomber: perdido no cyberespaço
  6. A vida atrás das grades
  7. A estratégia de mídia do Unabomber

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Por:


Marcus Santana
Texto

Marina Ferezim
Revisão

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