Serial Killers: Morre William “Mutilador” MacDonald

Em 4 de Junho de 1961 a polícia de Sydney, Austrália, foi chamada a um clube da cidade, onde o corpo nu de Alfred Reginald Greenfield, 41 anos, havia...
William MacDonald - Foto

Policiais investigam o local onde o corpo mutilado de um homem foi encontrado em 1961. Foto: David Cumming.

Policiais australianos investigam o local onde o corpo mutilado de um homem foi encontrado em 1961. Foto: David Cumming.

Em 4 de Junho de 1961 a polícia de Sydney, Austrália, foi chamada a um clube da cidade, onde o corpo nu de Alfred Reginald Greenfield, 41 anos, havia sido encontrado. Ele fora esfaqueado trinta vezes e seus genitais cortados e jogados no Porto de Sydney. O macabro assassinato chocou a sociedade australiana na época e logo a imprensa apelidou o assassino de “Mutilador de Sydney”. Pouco tempo depois, outro corpo mutilado foi encontrado na cidade, dessa vez em um banheiro público no Parque Moore. A vítima era William Cobbin, 55 anos. Como Alfred, William teve seus genitais removidos. Meses depois, em 31 de Março de 1962, Frank Gladstone McLean foi assassinado e, novamente, a vítima teve seus genitais cortados e levados. Logo após o terceiro assassinato, a polícia australiana começou a trabalhar com a hipótese de que havia um serial killer a solta na cidade. 

Em Novembro de 1962, um cheiro podre começou a incomodar vizinhos de uma casa em Burwood, subúrbio de Sydney, e a polícia foi chamada. Dentro, havia um corpo em avançado estado de decomposição. A polícia presumiu que o corpo era de Alan Brennan, dono da casa. Mas o que as autoridades não sabiam era que Alan Brennan era um nome falso usado por William MacDonald, o serial killer que assombrava a cidade. O corpo na casa era de mais uma vítima de MacDonald, James Hackett, 42, um ex-presidiário que ele conhecera em um bar. Os genitais de Hackett só não foram removidos porque a faca com que foi morto estava cega.

De volta a Sydney, em 22 de Abril de 1963, William MacDonald encontrou um velho amigo, John McCarthy, e McCarhty o informou o que havia acontecido: Todos pensavam que MacDonald estava morto, e até mesmo uma cerimônia fúnebre foi realizada em sua homenagem.

McCarthy foi a polícia, que não acreditou em sua história, por isso ele procurou o Daily Mirror, que publicou a incrível história do “Caso do Cadáver que Andava”.

Publicação do Daily Mirror sobre "O caso do cadáver que andava". Foto: Daily Telegraph.

Publicação do Daily Mirror sobre “O caso do cadáver que andava”. Foto: Daily Telegraph.

Detetives James Black e Jack Ford escoltam o serial killer William MacDonald até a delegacia em Russel Street, Melbourne, após sua prisão. Foto: Daily Telegraph.

Detetives James Black e Jack Ford escoltam o serial killer William MacDonald até a delegacia em Russel Street, Melbourne, após sua prisão. Foto: Daily Telegraph.

Uma das vítimas de MacDonald, Alfred Greenfield, foi esfaqueado e mutilado em 1961. Foto: Daily Telegraph.

Uma das vítimas de MacDonald, Alfred Greenfield, foi esfaqueado e mutilado em 1961. Foto: Daily Telegraph.

Baixo, magro e tímido, o serial killer nasceu como Allan Ginsberg em Liverpool, Inglaterra, em 1924. Durante a Segunda Guerra Mundial ele serviu nos Fuzileiros de Lancashire, onde foi estuprado por um militar no abrigo antiaéreo. O incidente despertou sua homossexualidade, e ele começou uma vida de relações homossexuais anônimas em banheiros públicos. Em 1949 ele se mudou para o Canadá, e seis anos mais tarde se mudou para Sydney, Austrália, onde mudou seu nome para William MacDonald.

Na terra do canguru, ele foi preso por assediar um policial em local público e enfrentou um período de dois anos de condicional. Em 1960, ele conheceu Amos Hurst, 55 anos, em Brisbaine. Os dois beberam em um bar e foram à casa de Hurst, onde MacDonald o estrangulou. Sua morte foi reportada como acidental.

Em Janeiro de 1961, o assassino se mudou para Sydney e logo ficou conhecido no meio homossexual. Cinco meses depois começou sua onda de assassinatos que culminou na morte de outros quatro homens.

Durante seu julgamento em 1963, alguns membros do juri desmaiaram ao escutar os escabrosos detalhes de seus crimes. Ele foi declarado insano mas posteriormente teve sua condição revista. Em 2000, MacDonald recusou a chance de pedir condicional.

“Agora estou institucionalizado. Não tenho vontade de sair e viver lá fora. Não duraria cinco minutos. Estou velho demais e, além disso, aqui tenho tudo que posso querer… Lá fora é terrível. As pessoas não estão seguras nem em suas próprias casas.”

[William “Mutilador” MacDonald]

O serial killer William MacDonald, conhecido entre os prisioneiros como "Velho Bill", em foto tirada em 1995. Foto: Peter Solness.

O serial killer William MacDonald, conhecido entre os prisioneiros como “Velho Bill”, em foto tirada em 1995. Foto: Peter Solness.

William MacDonald, que gostava de tocar piano e assistir a séries de assassinatos, faleceu na manhã de ontem, 12 de Maio, aos 90 anos, no hospital psiquiátrico de segurança máxima Prince of Wales, em New South Wales. As autoridades australianas disseram que ele faleceu de “causas naturais”.

Fontes consultadas: [1] William ‘the Mutilator’ Macdonald, NSW’s oldest prisoner, dead at 90. The Sydney Morning Herald; [2] Donneley, Paul, 501 Crimes Mais Notórios.

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