Viúvas Negras: sedução e chás envenenados

“Acontece de tempos em tempos. Este é apenas meu destino.” Quando o aposentado Isao Kakehi, 75, foi encontrado morto no chão de sua casa em Dezembro passado,...
Sandra Bridewell e Alan Rehrig - Viúva Negra
Heloísa Borba Gonçalves e seu ex-marido Wagih Murad, morto em 1993, apenas oito meses depois de ter se casado com Heloísa. A brasileira é, talvez, a mais "bem sucedida" Viúva Negra da história, com um patrimônio estimado em mais de R$ 20 milhões de Reais, dinheiro ganho em 30 anos de "carreira", período em que cinco maridos e dois namorados morreram, deixando tudo para ela. Foto: Revista IstoÉ.

Heloísa Borba Gonçalves e seu ex-marido Wagih Murad, morto em 1993, apenas oito meses depois de ter se casado com Heloísa. A brasileira é, talvez, a mais “bem sucedida” Viúva Negra da história, com um patrimônio estimado em mais de R$ 20 milhões de Reais, dinheiro ganho em 30 anos de “carreira”, período em que cinco maridos e dois namorados morreram, deixando tudo para ela. Foto: Revista IstoÉ.

“Acontece de tempos em tempos. Este é apenas meu destino.”

[Chisako Kakehi]

Quando o aposentado Isao Kakehi, 75, foi encontrado morto no chão de sua casa em Dezembro passado, a polícia a princípio acreditou que um ataque cardíaco fora a causa da morte.

Mas um detetive de sentidos aguçados ficou intrigado quando descobriu que Kakehi, viúvo há bastante tempo, de repente casou-se novamente apenas um mês antes de sua morte, com uma mulher que ele acabara de conhecer através de uma agência de namoro. Quando exames de sangue revelaram uma dose letal de cianeto em seu organismo, a polícia iniciou uma investigação sobre sua nova mulher, Chisako, 68.

O que eles descobriram chocou o Japão e foi notícia no mundo.

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Chisako Kakehi - Viúva Negra

Reportagem do britânico Daily Mail sobre a prisão da Viúva Negra japonesa Chisako Kakehi. Foto: Daily Mail.

“Viúva Negra Milionária é presa no Japão após a morte do seu SÉTIMO parceiro.”

[Daily Mail, 19 de Novembro de 2014]

De acordo com relatos da polícia e mídia japonesas, Isao Kakehi foi o último de uma série de homens idosos, aparentemente saudáveis, que morreram abruptamente ao longo dos últimos 20 anos após se casarem ou iniciarem relacionamentos amorosos com Chisako.

Todos tinham uma situação financeira excelente, com imóveis e várias contas bancárias preenchidas com muito dinheiro acumulado ao longo de toda uma vida. A maioria morreu logo após assinar testamentos que nomeavam Chisako como a única beneficiária.

As mortes chocantes, algumas com apenas meses de diferença, ganharam as manchetes japonesas, com tabloides chamando a mulher de a “Viúva Negra”.

Uma ex-caixa de banco que mais se parece com uma femme fatale aposentada, Chisako procurava suas vítimas através das dezenas de serviços especializados em namoro que surgiram no Japão para atender a idosos solitários. O Japão possui uma das populações mais velhas do mundo – com muitos idosos vivendo sozinhos – que encontram na aposentadoria a chance de viver uma vida tranquila após anos de trabalho árduo e acúmulo de dinheiro.

A polícia afirmou que Chisako selecionava cuidadosamente seus potenciais parceiros, procurando por homens relativamente ricos, divorciados ou viúvos. Uma vez que ela encontrava algum, Chisako enviava vários e-mails românticos professando seu amor incondicional.

Ela conseguia se safar devido ao fato de que quando uma pessoa idosa morre, ninguém nunca suspeita de assassinato, principalmente quando não há marcas ou hematomas no corpo. Antes de sua prisão, a mulher sempre negou envolvimento na morte de seus parceiros, afirmando ter sido vítima da má sorte. Repórteres que a entrevistaram disseram que ela de repente mudava de uma personalidade marcante e encantadora para fria e calculista.

Alguns no Japão especulam que os assassinatos em série foram uma resposta para sua maior frustração na vida: ter se formado em uma escola tradicional e competitiva, mas impedida de cursar a faculdade devido aos seus conservadores pais.

Em 2012, Kanae Kijima foi sentenciada à morte no Japão pelo assassinato de três amantes - 41, 53 e 80 anos - que ela conheceu através de sites de relacionamentos. Foto: AFP.

Em 2012, outra Viúva Negra japonesa, Kanae Kijima foi sentenciada à morte pelo envenenamento de três amantes – 41, 53 e 80 anos – que ela conheceu através de sites de relacionamentos. Foto: AFP.

Em vez disso, ela se casou com um motorista de caminhão que mais tarde abriu uma pequena empresa de impressão. Ele morreu de forma repentina, em 1994, aos 54 anos. A polícia suspeita da morte, mas será impossível comprovar se ele foi ou não envenenado, já que como a maioria das outras vítimas, e de acordo com os costumes japoneses, ele foi cremado.

Em 2004 ela casou-se com o presidente de uma pequena empresa de remédios. O homem de 67 anos morreu repentinamente dois anos depois. Em 2008 ela casou-se novamente com um fazendeiro de 75 anos, o homem morreu poucos meses depois. Ao todo, a Viúva Negra japonesa foi associada a sete mortes: quatro maridos e três noivos/namorados.

Alguns desses relacionamentos eram mantidos ao mesmo tempo. Em Fevereiro de 2008, quando ela casou-se pela terceira vez (com o fazendeiro), Chisoko namorava o dono de uma loja de roupas. Os homens morreram num intervalo de dois meses um do outro, em Março e Maio.

Presa em Dezembro, e apesar de estar casada com o falecido Isao Kakehi, Chisako namorava outros dois homens que, claro, foram salvos da morte certa.

Autoridades japonesas estimam que a Viúva Negra acumulou com as mortes 1 bilhão de Yen – cerca R$ 20 milhões de Reais – em herança.

Viúvas Negras


Em seu livro, “Serial Murderers and their Victims” (“Assassinos Seriais e suas Vítimas”), o autor Eric Hickley tem uma das melhores descrições de mulheres que matam: “assassinas silenciosas”. Seu estudo dessas mulheres ao longo dos séculos 19 e 20 levou a ele e a seus pares concordarem que, ao contrário de suas contrapartes masculinas, serial killers mulheres são muito mais sutis. Elas são astutas e cuidadosas em planejar e executar seus assassinatos. Sangue esparramado pela cena do crime é raríssimo, ao contrário, o modus operandi consiste num alimento envenenado ou em um acidente doméstico encenado.

Há uma variedade de tipos de serial killers mulheres, mas a mais notória e matreira são as bem nomeadas Viúvas Negras, cujo apelido recorda as venenosas aranhas que matam os machos quando eles não tem mais utilidade. Essas são mulheres que vestem aventais e te oferecem um delicioso bolo de coco a fim de esconder a fachada de seu instinto assassino.

Viúvas Negras matam visando o lucro. Elas querem as apólices de seguro de vida, pensões e outros ativos que ganham com as “súbitas” mortes de seus maridos, filhos, netos, enteados, irmãos, irmãs, pais…

A Viúva Negra brasileira Marli de Souza, acusada de envenenar quatro parceiros amorosos num período de 14 anos para ficar com seus seguros de vida. Foto: Polícia Civil de Santa Catarina.

A Viúva Negra brasileira Marli de Souza, acusada de envenenar quatro parceiros amorosos num período de 14 anos para ficar com seus seguros de vida. Foto: Polícia Civil de Santa Catarina.

Em seu livro, Eric Hickey dividiu serial killers mulheres em dois grupos distintos:

  • Viúvas Negras (que casam por apenas um propósito: matar seu marido para ganho financeiro);
  • Anjos da Morte (assassinas que matam alguém sob seus cuidados – recém-nascidos, mães, avós – por poder e, talvez, atenção).

Ao longo da década de 1990, o escopo de mulheres serial killers se abriu. Em 1998, quando o casal Michael D. e C.L. Kelleher publicaram “Murder Most Rare”, a variedade de categorias de serial killers do sexo feminino havia aumentado significativamente, e apesar de todas serem assassinas frias e sem coração, nada melhor do que retratarmos a diabólica Viúva Negra, cujos serviços homicidas influenciaram da música à literatura.

Viúva Negra do século 21, a canadense Melissa Friedrich foi apelidada de "Viúva Negra da Internet" após usar sites de relacionamentos na web em busca de vítimas. Foto: Reprodução Internet.

Viúva Negra do século 21, a canadense Melissa Friedrich foi apelidada de “Viúva Negra da Internet” após usar sites de relacionamentos na web em busca de vítimas. Foto: Reprodução Internet.

“A Viúva Negra é inteligente, manipuladora, extremamente organizada e paciente; ela planeja suas atividades com muito cuidado. Seus crimes são, em geral, postos em prática durante um período de tempo relativamente longo e ela raras vezes é suspeita de assassinato até que a contagem de vítimas tenha se tornado significativa ou o número de mortes entre seus parentes e conhecidos não possa mais ser considerado uma coincidência. Em muitos casos, a Viúva Negra começa a assassinar tarde na vida (muitas vezes depois dos trinta anos) e, em consequência disto, carrega consigo uma boa dose de maturidade e paciência para planejar e executar seus crimes. Ela se apoia em sua capacidade de ganhar a intimidade e a confiança de suas vítimas antes de qualquer ataque. Por essa razão, quase nunca é vista como suspeita, mesmo depois de ter cometido diversos assassinatos. […] A típica Viúva Negra irá reclamar entre seis e 13 vítimas durante seu período de atividade, o que, em geral, abrange um intervalo de dez a 15 anos.”

[Michael e C.L. Kelleher, “Murder Most Rare”]

A Viúva Negra é capaz, com as palavras certas, com o sorriso certo e com um charme feminino profundo que ultrapassa de longe sua beleza interior, envolver um homem em seus braços e, consequentemente, ganhar sua total confiança e também sua conta bancária. Cada centavo dela.

Historicamente, Viúvas Negras conhecem seus maridos através de anúncios amorosos em jornais, clubes frequentados por pessoas divorciadas, ou através de amigos comuns que estão longe de saber as reais intenções dessas mulheres. No século 21, agências de namoro e redes sociais na Internet tem ganhado espaço entre essas assassinas. Belle Gunnes colocava anúncios em colunas amorosas de jornais em busca de vítimas. Mais de 100 anos depois, Melissa Friedrich usou sites de encontros na Internet. Apesar das décadas de diferença e dos avanços tecnológicos, essas duas mulheres tinham o mesmo objetivo: o assassinato em série pelo lucro.

Após o ato final de um “projeto” que pode durar, em muitos casos, apenas alguns meses, não é raro que a Viúva Negra mude para uma área totalmente nova, local onde ela mudará de nome e personalidade, além de fabricar uma vida passada inexistente, tudo para atrair a próxima vítima.

A fachada das Viúvas Negras é quase que impenetrável em uma sociedade cujo olhar coloca a mulher no pedestal de esposa fiel e mãe, papéis imaculados e incontestáveis. Michael Kelleher e sua mulher dizem em “Murder Most Rare”: “Por ela deliberadamente atingir aqueles que a confiam, os crimes deste tipo de assassina serial viola nossos pressupostos básicos sobre amor, lealdade, tutela e amizade.”.

Lydia Sherman - Viuva Negra

Uma das mais sinistras Viúvas Negras da história, a americana Lydia Sherman envenenou seus seis filhos, três maridos e dois enteados, sendo um deles um bebê de apenas quatro meses de vida. Foto: The Daily Argus News, 25 de Outubro de 1895.

Embora algumas comecem antes, a maioria das Viúvas Negras iniciam sua matança por volta dos trinta anos. O motivo é sempre o lucro, e só em raras ocasiões a raiva está presente. Há alguns casos em que essas assassinas matam aqueles que descobrem sua real faceta, nesse ponto, o crime pode ser cometido de forma desorganizada. Tirando esses imprevistos, os crimes são planejados cuidadosamente, numa espantosa engenharia do mal. É o caso da brasileira Marli de Souza, 46. Presa em 2014, Marli assassinou quatro homens, dois maridos (Nilson de Souza, 36, morto em 2000; e Vânio Nórdio, 38, morto em 2011), um namorado (Jocenir de Carvalho, 32, morto em 2012) e um amante (Rui Dias, 61, morto em 2014). Uma quinta vítima já estava na teia da Viúva Negra brasileira, mas caiu fora quando, em apenas dois meses de namoro, Marli começou a insistir que ele fizesse um seguro de vida. O planejamento do assassinato da última vítima mostra bem como o modus operandi de uma Viúva Negra pode ser organizado e atento aos mínimos detalhes. Cada etapa do assassinato de Rui Dias, seu amante há mais de 20 anos, foi meticulosamente planejado. Para matá-lo, Marli ministrou uma dose fatal de Clorfeniramina, um tipo de antialérgico, e Levomepromazina, um poderoso sedativo de uso controlado. Colocou o corpo de Dias na camionete do amante e dirigiu pela estrada que ele tomava todos os dias para ir ao trabalho. Quinze quilômetros adiante, ela jogou a camionete num barranco para simular um acidente causado por um mau súbito do ex-amante, colocando o corpo de Dias no banco do motorista. O plano teria dado certo se uma denúncia anônima à polícia não tivesse informado que ele foi envenenado. O corpo foi exumado e exames encontraram as substâncias que a vítima não tinha necessidade de usar.

Angustiado, solitário, vulnerável… essas palavras soam como música para os ouvidos de uma Viúva Negra, pois indicam que ela encontrou alguém suscetível aos seus encantos femininos. Ela, então, tece a sua teia enganosa, dizendo-se apaixonada, esbanjando a futura vítima com presentes e fingindo ser a pessoa que ele quer ou precisa. A Viúva Negra é uma criminosa tão ardilosa e manipuladora que seus atos podem passar desapercebidos durante anos, décadas ou, até mesmo, nunca serem descobertos ou efetivamente comprovados. Este último é o caso da bela americana Sandra Bridewell.

Alan Rehrig e Sandra Bridewell, em foto de casamento em Dezembro de 1984.

O belo casal Alan Rehrig e Sandra Bridewell, em foto de casamento tirada em Dezembro de 1984.

Muitos podem argumentar que Sandra Bridewell foi vítima de um destino cruel, mas o que ninguém nega é a possibilidade, mesmo que pequena, de que ela seja uma psicopata fria, responsável pela morte de várias pessoas, incluindo seus três maridos, todos homens ricos, bem sucedidos e pertencentes à alta sociedade de Dallas, Texas. Muitos tentaram provar sua culpa, incluindo o FBI, todos falharam.

Os que apoiam Sandra, dizem que ela sobreviveu à morte de seus três maridos para continuar e criar seus três filhos sozinha, fazendo caridade e trabalhando como missionária. Como ela poderia ter algo a ver com a morte de seus esposos? O primeiro cometeu suicídio, o segundo teve câncer e o terceiro, Alan Rehrig, foi assassinado em 1985 num crime até hoje sem solução. Conhecida por seus gostos refinados e cartão de crédito sem limites, Sandra herdou vários bens dos falecidos companheiros, passando a viver uma vida boa com seus filhos e bem longe de Dallas.

Mas apesar de uma vida trágica como a de Sandra ser algo totalmente passível de acontecer, fatos em sua história fazem muitos questionar.

Com a vida financeira arrumada após o suicídio de seu primeiro marido, Sandra casou-se com Bobby Bridewell, um rico empresário de Dallas. Bobby morreria de câncer em 1980. Dois meses após sua repentina e precoce morte, Betsy Bagwell, esposa do médico de Bobby e amiga de Sandra, foi encontrada morta com um tiro na cabeça no estacionamento do aeroporto de Dallas. A última pessoa a ver Betsy viva? Sandra, que havia pedido à mulher que a levasse até o aeroporto. A morte de Betsy foi registrada como suicídio e em seu depoimento, John Bagwell, marido de Betsy, relatou que o casal tentava quebrar todos os laços com Sandra, que chamou de inconveniente. Ele também afirmou que, durante os meses que antecederam a morte de seu segundo marido, Sandra fizera perguntas estranhas sobre guarda dos filhos e dezenas de telefonemas.

Alan Rehrig, o terceiro marido de Sandra, foi encontrado morto com vários tiros pouco tempo depois de pedir a separação de Sandra e sair de casa. Antes, quando ainda namorava, Sandra inventara uma série de mentiras, diminuindo sua idade e dizendo estar grávida de gêmeos, tudo para se casar com o jovem. Durante o casamento, Alan reclamava dos gastos da esposa, que chegava a gastar mais US$ 20 mil dólares mensais com roupas, comida e viagens. Seu assassinato nunca foi solucionado e se Sandra estava de luto pela morte dele, então ela não fez questão de mostrar. Ninguém a viu chorar, escolheu o caixão mais barato e convenceu os amigos de Alan a pagar todas as despesas do funeral. No dia do sepultamento, ela chegou faltando um minuto para o enterro, vestindo um caríssimo casaco Vison. Sem dúvidas, ela não teve problemas para comprá-lo, já que US$ 220 mil dólares, uma grande quantia para a época, caiu em sua conta bancária logo após ela apresentar a certidão de óbito à seguradora.

Apesar das suspeitas e de uma investigação do FBI, nenhuma prova concreta contra ela foi descoberta. Durante os anos seguintes, dezenas de reportagens de jornais do Texas escreveram sobre Sandra. Em 2004, o Dallas Observer escreveu uma extensa matéria sobre Sandra. Nela, o jornal relata que Camille, uma das filhas de Sandra, disse a um detetive que “Minha mãe é uma aberração esquizofrênica, bipolar, que fodeu todo mundo em sua vida. É uma vergonha pública ser sua filha. Eu não tenho nada mais a ver com ela.” Mas como pontua o jornal, Camille pareceu ter herdado os genes da mãe, como contou um Pastor na reportagem a respeito das falcatruas da filha. Em 2008, Sandra foi condenada a dois anos de prisão por falsidade ideológica e uso indevido de cartão de crédito. Dizendo ser uma missionária, Sandra aproximou-se de uma idosa viúva e passou a usar sua identidade e seguro social. No julgamento, o juiz a chamou de mentirosa. “Você é uma mentirosa que ataca pessoas, isso não é nada de novo para você”, disse ele. No banco das testemunhas, a mãe de Alan Rehrig acompanhou a sentença como se Sandra estivesse sendo julgada pela morte de seu filho 30 anos atrás.

Alan, Sandra (direita) e os filhos dela. Foto: D Magazine.

Alan, Sandra (direita) e os filhos dela. Foto: D Magazine.

Em “Serial Killers – Anatomia do Mal, o professor e especialista em serial killers Harold Schechter escreveu que “assassinos motivados pelo lucro não são menos psicopatas que seus colegas sexualmente pervertidos. Ao conceber e realizar suas atrocidades, eles agem de forma racional, ardilosa, muitas vezes demonstrando um alto nível de inteligência. Eles também não possuem consciência, remorso ou capacidade de demonstrar empatia. Para eles, os outros seres humanos são simplesmente objetos a ser manipulados, destruídos e descartados para seus próprios fins narcisistas.” Schechter inclui as Viúvas Negras nesse grupo, afirmando que a ganância, tanto quanto a gratificação de impulsos maléficos, está na base de seus crimes. 

“O assassinato não é apenas uma questão de negócios para eles. É um prazer distinto e bastante perverso.”

[Harold Schechter. “Serial Killers – Anatomia do Mal”. Pág.: 273]

Como os serial killers homens que direto são capturados para espanto dos desavisados, as Viúvas Negras também estão por aí. Talvez alguma esteja manipulando alguém neste momento, sorrindo para ele ao mesmo tempo em que coloca formicida em seu café. Pense nisso antes de tomar uma xícara da sua companheira que pouco antes insistiu para você assinar alguns papéis que, aparentemente, não te diziam nada.

Esta matéria teve colaboração de:


Rochele Kothe

Psicóloga forense

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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