Memphis, Tennessee. Estados Unidos | Julho de 1954
Em julho de 1954, o telefone tocou numa casa simples da periferia de Memphis, Tennessee, no sul dos Estados Unidos. Gladys, uma mulher na casa dos 40 anos, atendeu e ouviu a voz de um homem, que se apresentou como Scotty e perguntou por seu filho.
“Elvis não está. Quer deixar recado?”, disse ela.
O tal Scotty era Scotty Moore, um guitarrista local de algum sucesso que procurava um cantor para sua banda e recebeu de um amigo, Sam Phillips, a dica sobre o tal Elvis.
Phillips, que tinha a fama de descobrir novos talentos, era dono de uma pequena gravadora em Memphis, a Sun Records, e oferecia a qualquer interessado a chance de gravar um disco por 4 dólares. Foi atrás dessa chance que em meados de 1953 Elvis Presley, então aos 18 anos, entrou nos estúdios da Sun. Ele gravou duas faixas. Em janeiro do ano seguinte voltou e gravou mais duas. Sam não ficou muito impressionado com ele, mas anotou seu nome e telefone.
Na época, Elvis ganhava a vida dirigindo caminhão, mas não abandonara o sonho de ser cantor. Adorava música desde pequeno, gostava dos cultos da Igreja Pentecostal, onde sempre havia cantorias, e, aos 10 anos de idade, ficou em segundo lugar em um concurso de canto, recebendo um prêmio de U$ 5 dólares. Em 1946, ganhou seu primeiro violão, presente de dona Gladys. Em 1948, a família se mudou para Memphis. Elvis foi matriculado numa escola para brancos, mas costumava freqüentar os bairros negros para ouvir seus bluesmen favoritos, como Furry Lewis e B.B. King. Passava as noites ouvindo no rádio música country, blues, gospel e até música clássica.
Quando Elvis respondeu ao telefonema de Scotty Moore, sabia que aquela poderia ser a chance pela qual esperava. Na sessão que hoje é considerada o marco zero do rock, Elvis Presley produziu um clássico: “That’s All Right”, versão de um antigo blues de Arthur “Big Boy” Crudup, que ele acelerou até torná-lo um autêntico rock’n’roll.
“Quando Sam Phillips ouviu aquilo não acreditou. Era o que vinha buscando havia anos: um branco que pudesse cantar como um negro”, afirmou Peter Guralnick no livro Elvis, Last Train to Memphis (O Último Trem para Memphis).
Elvis era um garoto branco apaixonado por música negra, fosse ela gospel, rhythm’n’blues ou country. Sua fama abriu espaço para um sem-número de roqueiros negros, como Little Richard, Chuck Berry e Bo Diddley. E ele nunca fez segredo sobre as origens de sua música:
“Os negros vêm cantando dessa forma há muitos anos. Mas ninguém prestava atenção neles, até que eu apareci. Eu aprendi tudo com eles.”
Dois dias depois da histórica gravação em Memphis, o disc-jóquei Dewey Phillips tocou That’s All Right em seu programa Red Hot and Blue, e Elvis tornou-se uma sensação local. Vieram os primeiros shows e sua fama começou a se espalhar depois que ele descobriu o que fazia as meninas gritarem tanto. Após uma apresentação, perguntou a Scotty Moore: “Por que elas gritam tanto?”
“É sua perna. É o jeito como você mexe a perna”, respondeu o guitarrista.
Nos conservadores anos 50, o estilo explosivo e sensual de Elvis o diferenciava dos crooners bem-comportados, estáticos atrás dos microfones, entoando músicas de amor com suas vozes perfeitas. Elvis sacudia os quadris, grunhia e soltava longos suspiros no meio das músicas. Era uma revolução, pelo menos para o público branco, que ainda não tinha visto gente como Little Richard e Chuck Berry em ação.
Em 1955, Elvis conheceu o coronel Thomas Andrew Parker, um misterioso e respeitado agente musical. Começava ai uma relação que entraria para a história da música.
Rock stars e seus loucos empresários
Você já deve ter ouvido histórias bizarras de astros do rock n roll. Não? Do vocalista do Queen, Freddie Mercury, e sua festa com anões hermafroditas servindo cocaína completamente nus e dançarinas da ilha de Samoa fumando cigarro pela vagina, passando por Ozzy Osbourne e sua cheirada de uma fileira de formigas até o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, que cheirou as cinzas do próprio pai. As loucuras de alguns astros do rock parecem histórias saídas de filmes. Não muito longe deles ficam seus empresários. Sim! Dizem que você também deve ser meio louco para estar ao lado de pessoas com comportamentos tão excêntricos. E isso parece fazer sentido porque alguns empresários das estrelas do rock parecem ser tão loucos quanto eles. Don Arden, empresário do Black Sabbath, costumava pendurar homens pela janela do seu escritório para que eles cedessem às suas vontades. Sua filha, Sharon Osbourne, também virou empresária da banda, mas ao contrário do pai, tornou-se conhecida por sabotar pessoalmente um show da banda de heavy metal Iron Maiden. Peter Grant, empresário de bandas como Led Zeppelin e Bad Company, também era truculento, chegava a invadir e destruir pessoalmente lojas que vendiam produtos piratas de suas bandas. O coronel Tom Parker, empresário de Elvis, não parecia ser louco, ao contrário, parecia ser um homem sério e obstinado com a carreira do seu maior cliente. Mas Tom Parker não era o que parecia ser, Tom Parker era um mentiroso. Tom Parker era… um psicopata! E como todo psicopata, ele vestia uma máscara.
O passado do empresário do cantor que viraria um dos maiores fenômenos culturais do século 20 era envolto de mistério. Tom Parker dizia ser um americano devoto e nascido em Huntington, West Virginia. Mentira! Com o sucesso sem precedentes do seu cliente, Parker tornou-se figurinha carimbada em publicações norte-americanas. Seu rosto estamparia várias revistas e jornais ao longo dos próximos anos. Ele se tornaria famoso, assim como Elvis. Em 1960, ele concedeu uma entrevista para a revista Variety.
“Qual o segredo para o senhor estar sempre por cima da situação?”, perguntou o reporter.
A resposta traduz o seu ego inflado e sentimento de autoimportância:
“Situação? É muito simples: Eu sou a situação!”
O que Parker não sabia era que uma dessas revistas que insistentemente o fotografava cruzaria o atlântico e chegaria a Europa. O homem por trás da máscara seria desmascarado. E acreditem, o seu passado era muito obscuro, manchado de vermelho… vermelho de sangue.
“Meu Deus!! Esse é o Dries!” , disse, antes de quase desmaiar, uma holandesa ao ver a foto de Parker ao lado de Elvis Presley.
O espanto não foi um exagero. O tal Dries era o cunhado da mulher, e que havia desaparecido a mais de 30 anos. Imaginem a cena: um membro da família desaparecido há mais de 30 anos e de repente você o vê todo pomposo ao lado de Elvis Presley! O cantor mais famoso do mundo? O burburinho em torno da descoberta abalou a pequena e bucólica cidade de Breda, na Holanda. Intrigado, um jornalista local começou a investigar o tal Dries. Logo ele confirmaria o impossível: Dries, o holandês desaparecido há mais de 30 anos de Breda era o todo poderoso Tom Parker, empresário de ninguém menos… Elvis Presley!
Andreas Van Kuijk, assassino?
O coronel Tom Parker era na verdade Andreas Van Kuijk, nascido em Breda, Holanda, em 29 de junho de 1909. Era o quinto de uma família de nove irmãos. Assim como seu pai, ele adorava cuidar de cavalos. Tornou-se um fascinado pelo circo, um dos primeiros indícios de sua atração pelo show business. O faro apurado para negócios o fez montar um número de circo com os cavalos da família e com cachorros adestrados. Dirigia pela cidade com um carro para promover seus shows. Mas seu pai não gostou nenhum pouco da “audácia“ do filho.
Ao ver Andreas com os cavalos no meio do público, seu pai o surrou com um cinto na frente de todos.
“Seu inútil! Você nunca será nada na vida!”, gritou o pai.
Seu pai morreu quando ele tinha 16 anos. Andreas, então, passou a viver com um tio que era capitão de um navio. Vivendo com o tio, ele embarcou para Nova York onde morou por algum tempo. Aprendeu a falar inglês e explorou o país pegando carona em trens. Retornou para a Holanda em 1927. Trouxe vários presentes para a mãe, mas recusou-se a dizer o que fez durante a estadia na América.
Dois anos depois ele desapareceria de Breda para nunca mais voltar. Ninguém sabe porque Andreas deixou repentinamente a cidade, mas muitos suspeitam que ele tenha cometido algo de muito grave.
Ele é o principal suspeito do assassinato não solucionado da esposa de um verdureiro de Breda em 17 de maio de 1929. Detalhe: Andreas desapareceu de Breda no mesmo dia do assassinato da mulher, que segundo relatos, seria sua amante.
No livro The Colonel: The Extraordinary Story of Colonel Tom Parker and Elvis Presley (O Coronel: A Extraordinária História do Coronel Tom Parker e Elvis Presley), a autora Alanna Nash diz que o corpo da vítima estava coberto de pimenta. Estranho, não? Não tão estranho segundo a jornalista. Andreas aprendera a treinar cães (entre outros animais) para circos e ele sabia muito bem que a pimenta disfarçaria o odor do seu corpo, portanto, enganaria os cachorros farejadores da polícia. Eles não poderiam seguir o seu rastro. A jornalista faz ainda uma alusão com um famoso comportamento do coronel: o de comer colheradas de pimentas. “Tortuoso! O que o cara está tentando fazer, punindo a si mesmo?”, dizia ele ao comer as pimentas.
Entretanto, o que existe são apenas suposições. Um mês depois do assassinato ele entrou ilegalmente nos Estados Unidos. Estaria ele fugindo? Ao chegar na América, trabalhou um tempo como vendedor e depois ingressou no exército dos Estados Unidos. Foi nessa época que adotou o nome Thomas Andrew Parker, possivelmente influenciado pelo nome de um coronel do exército (ele gostava da autoridade). Serviu na artilharia em Schofield Barracks, no Havaí. Mas pouco tempo depois foi dispensado. Por que ele foi dispensado? Dê uma olhada no diagnóstico de Thomas Parker feito por um psiquiatra militar:
“Depressão aguda psicogênica, estado de psicopatia constitucional e psicose. Caráter violento e instável. Potencialmente homicida”.
O homem que viraria empresário de um dos maiores cantores da história era um psicopata!
Dado seu amor pelo circo, era natural que ele rondasse o show business americano. Após ser dispensado do exército, ele trabalhou para o Royal American Shows, uma caravana itinerante que incluía de passeios com animais aos chamados freak shows (leia um post aqui). Passou 10 anos no negócio, aprendendo tudo o que tinha que aprender sobre o show business. Não é difícil chegar à conclusão de que ele se tornara um especialista na arte da publicidade e promoção (a lábia era afiada como todo bom psicopata).
Em 1932, trabalhando com a caravana em Tampa, Flórida, ele conheceu Maria Ross, que se tornaria sua esposa e contabilista. Ele foi dispensado de servir na Segunda Guerra Mundial e viu seu sonho de ter o próprio circo ruir depois de negócios mal feitos. Voltou-se então para a música. Logo tornou-se empresário de cantores country como Eddie Arnold e Hank Snow. Graças ao sucesso dos seus clientes, como o crooner Gene Austin, Thomas Parker foi agraciado com seu título de “coronel“, em 1948, pelo governador do estado da Louisiana (de quem fora marqueteiro político).
Em meados da década de 1950, Tom Parker e Hank Snow abriram um agência na cidade de Nashville, foi quando ele ouviu pela primeira vez o nome Elvis Presley. Oscar Davies, um promotor amigo de Tom, ouvira Elvis em uma rádio. Achou interessante a voz do rapaz e foi conferir um show ao vivo do adolescente. “Você deve ir ver esse garoto”, disse Oscar para o coronel.
Nessa época, o desconhecido Elvis era representado por Bob Neal e produzido por Sam Philips na Sun Studios, um pequeno estúdio em Memphis, Tennessee.
“Oscar me disse que você é sensacional. Vou ver se posso reservar para você um dos meus shows”, disse o coronel a Elvis no primeiro encontro dos dois em um restaurante na cidade.
O coronel esquematizou uma pequena turnê de dez dias e ficou surpreso com a reação do público, principalmente das jovens garotas que esgoelavam suas gargantas gritando por Elvis. Começava ai o início de um relacionamento que faria de Elvis o maior cantor da história do rock. Sua primeira grande turnê ocorreu em 1955 quando ele abriu os shows de Hank Snow. Em 15 de agosto de 1955 foi assinado o primeiro contrato entre os dois. Acredita-se que nesse contrato Tom Parker tenha ficado com 25 por cento dos ganhos de Elvis, percentual que aumentaria consideravelmente nos anos seguintes.
Parker passou a gerenciar a carreira de Elvis e seu apurado tino para negócios ajudou a tornar o cantor um astro. Parker convenceu a gravadora RCA a comprar o passe do cantor à Sun, pela enorme (para a época) quantia de 40 mil dólares. Ele, claro, levou uma boa parte da quantia.
Sob o domínio do coronel
Foi Parker quem preparou o adolescente rebelde para um novo papel. Ele supervisionou a transformação de “Elvis the Pelvis” no astro de Hollywood. Muitos enxergaram isso como um verdadeiro erro. Um deles foi John Lennon que disse que Elvis não deveria perder tempo com cinema. Elvis era o responsável pela explosão do rock e deveria colocar todo o seu talento e genialidade nas músicas. Entretanto, a ida de Elvis a Hollywood só fez crescer a histeria em torno dele. Milhões de fãs em todo mundo faziam filas nas portas de cinemas para ver filmes como GI Blues (1960) e Viva Las Vegas (1964).
Segundo testemunhas, o ouvido musical de Parker era zero e, das músicas que Elvis gravou, só gostava de Are You Lonesome Tonight. Porém, a relação com Elvis era de domínio quase total.
Parker decidia quais músicas Elvis devia gravar. Era o coronel quem aprovava os argumentos dos filmes de Elvis em Hollywood, apesar de não saber ler. Sim, ele não sabia ler! Era, enfim, o coronel quem decidia sobre as amizades do cantor e até com quem deveria casar. Pressionou Elvis a trocar alianças com Priscilla Beaulieu em 1967, quando ela ficou grávida da filha de ambos, Lisa Marie.
O comportamento psicopata do coronel era evidente na forma cruel como tratava aqueles que trabalhavam para ele. Exigia de sua equipe dedicação total, mas sempre os recompensava com humilhações. Um de seus funcionários era Bevo Bevis, um homem com retardo mental que frequentemente era alvo da falta de empatia do coronel.
“Em uma ocasião, Bevo foi obrigado a ficar em estado de alerta debaixo de uma tempestade, como prova de sua lealdade,” diz a jornalista Alanna Nash.
Em outra ocasião, Bevo foi deixado no meio da noite em uma estrada deserta por não acender rapidamente o charuto do coronel. Ele teve que voltar a pé para casa.
No show business (naquela época), os empresários normalmente ganhavam 10% de comissão sobre os clientes. Parker, no fim da carreira de Elvis, cobrava 50 por cento, e ainda achava pouco. “Elvis é que tira 50 por cento de tudo que eu ganho”, disse certa vez.
Em um documentário para a rede britânica BBC em 2011, o neurocientista Jim Fallon, especialista em mentes psicopatas, disse que:
“Para chegar ao ponto de ficar satisfeito ao alimentar a amígdala, alguns psicopatas fazem coisas extraordinárias. Um pode voar até Las Vegas e ficar bêbado, outro pode sair e ficar com várias prostitutas, cheirar cocaína ou, o mais extremo, matar e matar pessoas, repetidamente”.
A amígdala é uma região do cérebro que funciona como um importante centro regulador do comportamento sexual e da agressividade. Também é importante para o controle das emoções. Em meados dos anos de 1990, Jim Fallon descobriu que essa região era diferente nos psicopatas e que essa diferença os fariam ter comportamentos extremos. Isso é interessante pois sabemos que o empresário de Elvis era um psicopata, transtorno diagnosticado quando ele serviu o exército, e isso faz mais sentido ainda quando comparamos o comportamento do coronel com a frase de Jim Fallon.
Tom Parker se encaixava no tipo que voava até Las Vegas e ficava bêbado. Ele gastava todos os seus milhares de dólares ganhos com Elvis nos cassinos da cidade. E para sustentar esse vício, ele obrigou Elvis a uma carga de trabalho quase desumana: entre 1956 e 1969, Elvis estrelou nada menos que 31 longas-metragens. Além disso, o coronel conseguia extrair dele tudo o que queria. Elvis chegava à assinar contratos em branco para ele.
Mas por que Elvis aceitou esse domínio absoluto? A resposta é simples. Como revela Alanna Nash em seu livro, o imaturo Elvis, então aos 20 anos (quando assinou o primeiro contrato com Parker), não seria páreo para todo o poder de sedução e manipulação do coronel, um homem com seus 49 anos bem vividos. E a tendência com o tempo é que essa “lavagem cerebral“ ficasse cada vez pior.
Durante a carreira do cantor, o coronel fez vista grossa à sua dependência de barbitúricos, tranquilizantes e anfetaminas, hábito contraído por Elvis quando serviu o exército em 1958.
Mas nem sempre Elvis foi o saco de pancadas. Em 1968, ele tentou uma rebelião contra a tirania do seu empresário. No especial de Natal da rede NBC, o coronel queria Elvis vestido de Papai Noel. Elvis não concordou e, numa espécie de vingança silenciosa, vestiu-se todo de preto e cantou com garra todas suas músicas prediletas. Foi um dos melhores momentos de sua carreira, um show antológico.
Parker nunca se naturalizou americano e isso é uma prova de que ele tinha medo do passado. Por causa dessa obsessão com o sigilo, nunca permitiu que Elvis excursionasse fora dos Estados Unidos, sempre recusando ofertas milionárias para que o Rei do Rock se apresentasse na Europa e América Latina.
Elvis Presley morreu em agosto de 1977, ainda preso à relação doentia com Parker. A jornalista Alanna Nash diz que Elvis sofria de uma síndrome idêntica à de esposas abusadas.
“Ele não conseguia largar o coronel, pois essa era a única vida que conhecia.”
Muitos dizem que Tom Parker foi o grande responsável pela morte de Elvis, obrigando-o a trabalhar ferozmente e ignorando seu abuso de drogas, tudo para manter o seu vício nos cassinos de Las Vegas. Mas como Nash deixa claro em seu livro, ninguém nunca vai saber se o coronel era o diabo ou o anjo de Elvis. Como diria um executivo tempos depois:
“O coronel transformou o menino caipira em uma marca mundial. O que quer que tenha custado Parker a Elvis, ele valeu a pena!”
Sim, Parker escondeu seu verdadeiro passado, fugiu de uma forma estranha da Holanda e tinha um comportamento tirânico e desrespeitoso. Mas isso faz dele um assassino? Nunca saberemos, esse é um mistério que foi junto com ele para o túmulo. O coronel faleceu em 21 de janeiro de 1997, aos 87 anos.
Veja abaixo uma entrevista feita em 1987 pela ABC com Tom Parker.
Após a morte de Elvis, Parker retirou-se da vida agitada e ocasionalmente aparecia na mídia para defender seu papel como o mentor de Elvis Presley. Passou seus últimos anos prestando serviços de consultoria para os Hotéis Hilton. Era bombardeado por editoras para escrever seu próprio livro sobre Elvis.
“Você sabe o que eles querem, sujeira. Mas eu não sou um fazendeiro sujo!”, dizia ele.
Sua idade avançada, segurando em sua bengala, são as últimas recordações dos que o viram pela última vez rondando as mesas de jogos em Las Vegas.
E você? Qual sua opinião sobre Tom Parker? Sobre o conturbado relacionamento entre ele e Elvis? Elvis estava destinado ao estrelato mesmo sem Parker? Ou Parker com seu apurado e tirânico modo de conduzir negócios definitivamente o colocou no topo da música? Deixe sua opinião.
Fontes consultadas: Elvis, Last Train to Memphis (Peter Guralnick), The Colonel: The Extraordinary Story of Colonel Tom Parker and Elvis Presley (Alanna Nash), Col Tom Parker (The Independent), He was a psychopath (Telegraph), The Colonel (The Guardian), Mentes Psicopatas (Superinteressante), Elvis A Explosão do Rock (Aventuras na História).