Morre Robert Keppel, um dos grandes especialistas em assassinos em série do século XX

Aos 30 anos, o detetive novato da homicídios Robert Keppel foi nomeado para investigar um misterioso desaparecimento. Duas jovens mulheres, Denise Naslund e Janice Ott, sumiram no mesmo dia...

Aos 30 anos, o detetive novato da homicídios Robert Keppel foi nomeado para investigar um misterioso desaparecimento. Duas jovens mulheres, Denise Naslund e Janice Ott, sumiram no mesmo dia e no mesmo lugar, o Parque Estadual do Lago Sammamish, em 14 de junho de 1974. Elas eram a quinta e a sexta jovens universitárias desaparecidas desde janeiro daquele ano.

Perseguindo as poucas pistas, Keppel fez um esboço do suspeito. Ele dirigiria um Fusca e se chamaria “Ted”. Uma lista de suspeitos foi criada e entre os nomes estava o de um estudante de psicologia da Universidade de Washington chamado Theodore Bundy.

Keppel não sabia, mas daquele momento em diante ele entraria num mundo do qual nunca mais conseguiria sair. O mundo dos assassinos em série. Inconformado com a falta de conhecimento dos agentes da lei como ele próprio e fascinado com aqueles criminosos que matavam em série, Keppel dedicaria toda a sua vida perseguindo e estudando serial killers. O resultado do seu trabalho veio tanto na prática quanto na teoria. Ele ajudou na criação de um sistema de rastreamento de homicídios e estupros chamado HITS, implementado nos estados de Washington e Oregon, e escreveu inúmeros livros.

Em 1986, ele e Dave Reichert — então chefe da força tarefa do Assassino do Green River — voaram até a Flórida e passaram dois dias conversando com Ted Bundy. Havia um serial killer descontrolado matando mulheres em Washington e os homens da lei foram conversar com Bundy. Quem sabe o psicopata poderia ajudar os detetives a entender a mente doentia do assassino que estava à solta. “Sei porque estão aqui, vamos falar sobre o homem do rio. Não me faça perguntas sobre se posso ajudar. Saiba que eu sou experiente nisso… Ele está voltando aos locais de desova porque acho que tem outro motivo além de levar corpos. Ele volta para ver as condições do corpo. Ele pode estar voltando para, você sabe…”, disse Bundy.

Os encontros com Bundy viraram um ótimo livro escrito por Keppel em 1995.

Keppel trabalhou em pelo menos 2 mil casos de homicídios, mais de 50 casos envolvendo assassinos em série e escreveu nove livros. Assim como John Douglas, ele trabalhou como consultor no famoso caso do serial killer Wayne Williams, cuja história é contada na segunda temporada da série Mindhunter.

Robert Keppel faleceu em 14 de junho de 2021, um dia antes de completar 77 anos. Fica aqui a nossa homenagem a esse importante estudioso e divulgador da

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Daniel Cruz
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