O francês Jonathan Coulom tinha apenas 10 anos quando desapareceu misteriosamente de uma colônia de férias em 7 de abril de 2004. Seus amiguinhos acordaram naquele dia e encontraram a cama de Jonathan vazia e seus pertences no dormitório. Seis semanas depois, seu corpo foi encontrado há mais de 20 quilômetros de distância dentro de uma lagoa perto da cidade medieval de Guérande (Loire- Atlantique), oeste da França.
O menino estava amarrado a um bloco de concreto e o seu corpo não apresentava vestígios de espancamento ou violência sexual. Segundo o médico legista, Jonathan morreu de asfixia.
A principal pista para os investigadores franceses era um traço de DNA encontrado na cama de Jonathan. A noite estava fria e chuvosa e como num filme de terror um maníaco assassino apareceu para levar a criança.
Mais de dois mil testes de DNA foram realizados para encontrar o seu assassino e até a Interpol tinha o sequenciamento em seu banco de dados, mas o homicida nunca foi encontrado. Em 2008, a justiça chegou a lançar um site com informações do caso numa tentativa de não deixá-lo esfriar.
Sete anos depois do desaparecimento de Jonathan Coulom, há milhares de quilômetros de distância, a polícia da Alemanha finalmente prendia Martin Ney, um assassino em série de crianças procurado por pelo menos três assassinatos entre 1992 e 2001. Apelidado de o “Homem Mascarado” pela mídia do país por usar jaqueta e capuz durante seus ataques, Martin Ney usava de seu trabalho como educador para sequestrar meninos e os matar. Ele foi condenado não só pelos homicídios como também por abusar sexualmente de 40 crianças, todas do sexo masculino.
Ligando Martin Ney à morte de Jonathan Coulom
Em abril de 2018 chegou até os ouvidos das autoridades que Martin Ney estava se gabando a companheiros de cela sobre o assassinato do menino francês. Uma investigação se iniciou e agora, três anos depois, promotores franceses indiciaram formalmente Martin Ney pelo assassinato de Jonathan Coulom .
Na última sexta-feira, 22 de janeiro, Martin Ney foi transferido da Alemanha, onde cumpre pena de prisão perpétua, para a França. Detalhes sobre como os promotores franceses ligaram Ney ao assassinato não foram divulgados, mas uma advogada da família de Coulom disse que “os investigadores encontraram semelhanças entre os métodos usados”
“Será que um dos piores assassinos de crianças da Alemanha é responsável pela morte de um menino na França?”, perguntou o jornal Bild no último sábado.
Martin Ney & Madeleine McCann
Certa vez, em uma sala de bate-papo na Internet, Martin Ney revelou que se vestia com roupas de camuflagem e pulava de arbustos “em parquinhos de crianças se um lindo menino passasse”. Apesar de suas vítimas serem todos meninos, existe a possibilidade dele ter atacado meninas, pelo menos é o que dizem especialistas em pedofilia. Assim, Martin Ney acabou se tornando um suspeito natural no caso de Madeleine McCann, a pequena inglesa que desapareceu em 2007 enquanto passava férias com a família no Algarve, Portugal.
Questionado por investigadores do caso, Ney negou qualquer envolvimento no desaparecimento de Maddie, entretanto, a polícia ainda está de olho nele e detetives ingleses planejam interrogá-lo novamente.
Sobre a sua extradição para a França, isso indica que ele passará por julgamento pela morte de Coulom. Não foi revelado, porém, qual o acordo entre os dois países e se ele voltará a cumprir pena na Alemanha, o que me parece ser o mais provável.
Fontes consultadas: [1] Meurtre de Jonathan Coulom : 17 ans après les faits, un tueur en série allemand mis en examen. Le Figaro; [2] Deutscher Kindermörder nach Frankreich ausgeliefert. Bild;
Por:
Universo DarkSide – os melhores livros sobre serial killers e psicopatas
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