“Aquele tipo de filme que no final, você acaba desejando nunca o ter assistido”.
[Time]
Sem glorificar a violência, mas explorando a humanidade das vítimas e do assassino, de acordo com seu diretor, um perturbador filme alemão mostra a história real de um serial killer que atacava mulheres no distrito da luz vermelha de Hamburgo, na década de 1970.
Estreando no Festival de Berlim, “Der goldene Handschuh” foi um dos 17 filmes que concorreram ao prêmio principal – Synonyms, de Israel, foi o grande vencedor.
Dirigido por Fatih Akin, o filme conta a história de Fritz Honka, um homem de baixa estatura, estrábico, de nariz quebrado e com dentes podres, que atraía mulheres mais velhas e solitárias, do bar “Der goldene Handschuh” (Bar Luva Dourada), no porto de Hamburgo, para a cobertura de seu apartamento. Lá, ele matava e guardava as partes de seus corpos.
“A ideia é que cada indivíduo tem a sua dignidade, tanto as vítimas, mas também o assassino. E acredito que foi um desafio, eu não sabia se estava preparado para isso“, declarou Akin em uma coletiva de imprensa.
“Eu não queria ter que justificar suas ações. O homem é um doente. Mas eu queria que o público estivesse com ele nessa jornada.”
As imagens perturbadoras de Honka, decepando corpos de prostitutas velhas e solitárias, após tê-las estuprado e matado em meio a um surto de raiva provocado pela bebida, eram desagradáveis, mas necessárias, declarou Akin.
“Se você faz um filme sobre violência sexual, então você tem que mostrar isso… eu não estou celebrando a violência aqui“, acrescentou.
Baseado no romance do escritor alemão Heinz Strunk, o filme analisa as origens de Honka (o passado de uma criança da Alemanha Oriental com nove irmãos, um pai alcoólatra e uma mãe problemática) antes de sua fuga para Hamburgo e suas mudanças de empregos.
Honka, interpretado pelo jovem ator alemão Jonas Dassler, assassinou pelo menos quatro mulheres entre 1970 e 1975, e só foi preso por acaso. Seu apartamento pegou fogo, e partes dos corpos em decomposição foram encontradas. Em sua primeira apresentação, alguns ficaram incomodados com o filme, que foi produzido durante o início do movimento #MeToo, no qual vários homens influentes da sociedade foram denunciados por assediar sexualmente mulheres.
Durante as filmagens, uma psicóloga esteve no set de filmagem para ajudar os atores a encarar as cenas de estupro.
“É claro que você pensa sobre as questões que você conhece do movimento #MeToo e eu apoio isso, é uma longa discussão. Mas… o #MeToo não deveria ser visto como uma censura“, declarou Akin.
Filme estreia dia 18 de julho no Brasil
Distribuído pela Imovision, “O Bar Luva Dourada” entra em cartaz nos cinemas brasileiros no próximo dia 18 de julho. O filme terá pré-estreia em São Paulo, em data ainda não confirmada.
Em parceria com a Imovision, nós vamos sortear 20 pares de ingressos para você assistir no cinema o mais assustador filme de serial killer do ano. Fique ligado.
O Bar Luva Dourada – Trailer
Fonte: German film shows horrors of 1970s serial killer – Dailly Times;
Com colaboração de:
Universo DarkSide – os melhores livros sobre serial killers e psicopatas
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