
The Zombies
Banda inglesa formada por quase adolescentes em 1963, em St. Albans, Inglaterra, The Zombies é uma das mais tristes casualidades do rock. Em 1964, uma semana depois de terem se profissionalizado, editaram um million seller, “She’s Not There“, pela Deca. The Zombies foi com certeza a mais inteligente banda de rock de sua época, com seu som elegante, suave e sofisticado, que traía a forte influência que o grupo recebeu do jazz da Costa Oeste.
Mesmo a imagem clean do quinteto tinha um quê intelectual, com roupas e cortes de cabelo impecáveis, declarações bem articuladas, letras com referências literárias e, sobretudo, dois dos integrantes usavam óculos … Mas apesar da série de singles maravilhosos e do álbum que editaram, “She’s Not There” provou ser seu único no hit (nos EUA ainda tiveram um sucesso menor com “Tell Her No“) enquanto estiveram ativos.
Por um motivo difícil de compreender ficaram marginalizados, não conseguiram capturar a imaginação do público. No final de 1967, como despedida, gravaram um álbum de tirar o fôlego, chamado Odyssey and Oracle, que levou três meses para ficar pronto (uma aberração para a época). Um compacto tirado do álbum, “Time of the Season“, foi um dos maiores hits de 1969, dois anos depois da banda ter se acabado. Três dos músicos continuaram suas carreiras: Rod Argent com seu excelente grupo Argent; Colin Blunstone, com sua voz maravilhosa e suspirante, em discos solo pela CBS; Chris White, como compositor e produtor.
Áudios:
Um dos grandes sucessos de 1964: She’s Not There [audio: The Zombies- She’s Not There.mp3]
A excelente Time of The Season. Sucesso em 1969 [audio: The Zombies – Time Of The Season.mp3]
Vídeos:
Um dos grandes sucessos de 1964: She’s Not There (Ao Vivo)
A excelente Time of the Season. Sucesso em 1969. (VideoClipe)
Site oficial: http://www.thezombies.net/
The Lovin’ Spoonful
Em 1964, depois de participar dos Mugwumps (com Cass Elliott e Denny Doherty – The Mammas & Pappas) e de tocar harmônica como músico de estúdio, John Sebastian montou uma banda de rock, recorrendo aos seus amigos músicos em Greenwich Village: Zal Yanovsky, Joe Butler e Steve Boone, formando o Lovin Spoonful, que surgiu com um som original, uma jug-band atualizada pela mistura com rock e elementos de folk tradicional e blues, tudo somado a bom humor. Em dado momento foi dado ao som do Spoonful o nome de good-time music, que não virou uma mania, mas chegou perto disso. O termo good-time já havia sido aplicado ao country feito por Hank Williams e similares.
O Lovin’ Spoonful passou a gravar pela Kama Sutra e teve uma série de hits entre 1965 e 1966. As canções com clima de astral alto eram uma trégua para relaxar e se divertir, passando ao largo da música “com conteúdo“, que existia na época. Sebastian foi um dos grandes compositores de seu tempo, como provam “Summer in the City“, “Do You Believe in Magic ?”, “Nashville Cats“, “Darling You”ll be Home Soon” e outras canções de sua pena. O fim da banda foi precipitado por acidente: Zal foi preso por porte de entorpecentes e, para não ser preso e extraditado (ele é Canadense), fez um acordo com a polícia, denunciando usuários e traficantes, todos ligados ao meio artístico. Zal deixou o grupo em seguinda, sendo substituído por Jerry Yester (Modern Folk Quartet e Association), mas a banda não recuperou. John Sebastian seguiu carreira solo com altos e baixos, com ênfase nos “baixos“.
Áudio:
Uma das grandes gravações dos anos 60 sem dúvida: Summer in the City [audio: The Lovin’ Spoonful – Summer In The City.mp3]
Vídeos:
Uma das grandes gravações dos anos 60 sem dúvida: Summer in the City (Ao Vivo)
Um dos hits do Lovin’ Spoonful em 1965: You Didn’t Have to Be So Nice
Site oficial: http://www.lovinspoonful.com/
The Shadows
Ingleses, primeiro se chamavam The Drifters, porém, para evitar confusão com os Drifters americanos, mudaram o nome para The Shadows, e tiveram duas carreiras paralelas, uma como a genial banda de apoio do astro Cliff Richard, outra como banda instrumental, com o núcleo dos guitarristas Hank Marvin e Bruce Welch. A Mágica de seu som épico conquistou fãs em todo mundo, com a exceção dos EUA, onde tiveram nos áureos anos 60 apenas duas coletâneas lançadas. Nenhuma banda, com a possível exceção dos Beatles, foi tão imitada quanto os Shadows. Foi a terceira banda com maior número de hits no Reino Unido nos anos 60, ficando atrás apenas dos “monstros“: Elvis Presley e Cliff Richard. Certa vez, John Lennon chegou a dizer: “Antes de Cliff Richard e The Shadows, não havia nada de interessante na Inglaterra para se escutar“.
“Apache”, “Wonderful Land”, “Man of Mistery”, “Dance On“, são alguns de seus temas mais famosos.
Áudio:
A épica Apache [audio: Apache – The Shadows.mp3]
Vídeos:
A épica Apache (Ao Vivo).
Cliff Richard & The Shadows: Do You Wanna Dance
The Beau Brummels
Banda formada na área de San Francisco no início de 1964, que tinha em seu line-up Sal Valentino, um dos melhores cantores revelados nos anos 60 e, um talentoso compositor chamado Ron Elliott. Completavam a banda Ron Meagher, John Peterson e Declan Mulligan. Talvez por Mulligan ser inglês, eles imediatamente compreenderam que somente poderiam ter alguma chance de sucesso se, naquele momento, soassem como as bandas inglesas que começavam a invadir o hit parade americano. E assim o fizeram: os Brummels soavam e pareciam ingleses, sem que fossem imitadores. A música dos Brummels, com suas harmonias leves, misturando country e folk-rock, foi uma das mais gratas revelações do rock de meados dos anos 60. A seu favor, tinham uma cuidadosa produção (todas as suas gravações foram realizadas em estéreo, coisa rara na época) assinada por Sly Stone, mesmo gravando num selo pequeno, a Autumn, de Tom Donahue.
Declan Mulligan deixou a banda pouco depois da gravação do primeiro álbum, Introducing, e antes os hits “Laugh Laugh” e “Just a Little“. No segundo álbum Volume 2 de 1965 o grupo já era um quarteto e a qualidade da música se apurou. Em 1966 aconteceu algo inesperado: pressionado por dívidas de jogo, Donahue “vendeu” todo seu cast para a Warner Bros., onde os Brummels realizaram sua obra-prima, Triangle, um marco do rock anglo -americano, em 1967, como trio (Valentino, Elliott, Meagher). A banda se desfez no ano seguinte, quando Elliott e Valentino editaram Bradley’s Barn, com os músicos que acompanharam Bob Dylan em John Wesley Harding.
Audios:
A ótima Laugh Laugh [audio: The Beau Brummels – LaughLaugh.mp3]
O som psicodélico do álbum Triangle na faixa Magic Hollow [audio: The Beau Brummels – Magic Hollow.mp3]
Vídeos:
A ótima Laugh Laugh (Ao Vivo).
Just a little, outro grande sucesso dos Beau Brummels
O som psicodélico do álbum Triangle na faixa Magic Hollow
Site oficial: http://www.beaubrummels.com/
———————————————————————————————————