Quando o ator Asthon Kutcher foi buscar Ashley Ellerin para o primeiro encontro na noite do Grammy de 2001 e ela não atendeu a porta, ele pensou que havia estragado tudo. Ele estava atrasado e ela não respondia suas ligações.
“Bati na porta. Não houve resposta. Bati novamente. E mais uma vez sem resposta. Neste momento, eu presumi que ela havia saído para a noite devido ao meu atraso e estaria chateada“, revelou o ator hoje, 29 de maio, em um tribunal de Los Angeles.
Mas antes dele sair, Kutcher espiou pela janela. Todas as luzes estavam acesas. O lugar estava bagunçado e parecia que havia vinho derramado no carpete. Mas parecia não ser nada de mais.
“Eu realmente não pensei nada sobre isso“, disse ele.
Quando Kutcher descobriu no dia seguinte que Ellerin estava morta, ele foi direto na polícia.
“Eu fiquei em pânico, já que minhas digitais estavam na porta”.
Daniel Nardoni, advogado do réu, tranquilizou o ator: “Não se preocupe, você não é um suspeito“.
“Obrigado“, respondeu Kutcher.
Michael Thomas Gargiulo, chamado pela promotoria de “assassino de emoção-sexual serial”, observou Kutcher com atenção. Ele está sendo julgado por dois homicídios e uma tentativa de assassinato na região de Los Angeles entre 2001 e 2008. Ele se declarou inocente.
Os promotores afirmam que Gargiulo começou sua onda de violência em Chicago no ano de 1993. Em agosto daquele ano, Tricia Pacaccio, 18, estava celebrando a formatura do colegial com amigos quando decidiu ir para casa. Ela foi encontrada por seu pai em uma poça de sangue na porta de casa. Ela levou várias facadas no peito, ombro e pescoço.
Com apenas 17 anos na época, Gargiulo era amigo do irmão mais novo da vítima. Somente dez anos depois investigadores descobriram que o DNA coletado das unhas de Pacaccio pertencia a Gargiulo.
Gargiulo conheceu Ellerin, uma estudante de moda de 22 anos, quando ele se aproximou para ajudá-la a trocar um pneu furado. Mais tarde, ele se ofereceu para consertar um problema em seu aquecedor. A partir daí, Gargiulo aparecia constantemente sem ser convidado na residência da moça.
Testemunhas relataram que ele muitas vezes estacionava o carro em frente a casa de Ellerin e ficava olhando para a residência por várias horas. Colegas de Ellerin a advertiram dizendo que ele estava obcecado por ela.
Em fevereiro de 2001, ele entrou na casa de Ellerin e a esfaqueou 47 vezes, cortando sua garganta tão severamente que ela quase foi decapitada.
Tempos depois, Gargiulo mudou-se para a cidade de El Monte, no Condado de Los Angeles, fixando residência em um complexo de apartamentos. Lá, ele “literalmente massacrou” Maria Bruno, 32, enquanto ela dormia, cortando sua garganta e removendo os seus seios.
O último ataque conhecido de Michael Gargiulo ocorreu em abril de 2008, mas Michelle Murphy, 27, sobreviveu.
Eles eram vizinhos em um beco em Santa Mônica e em uma bela noite Michelle acordou com ele a esfaqueando. Ela o chutou, fazendo com que ele cortasse o pulso, e fugiu. O sangue de Gargiulo foi encontrado no colchão e em um beco nas proximidades.
Após sua prisão, menos de dois meses depois, em conexão com o ataque a Michelle, detetives o ligaram aos assassinatos de Ellerin e Bruno. Em 2011, as autoridades do Illinois o acusaram oficialmente do assassinato de Pacaccio. Após o seu julgamento em Los Angeles, ele será extraditado para o Illinois.
O julgamento de Michael Gargiulo teve início no início do mês, em 2 de maio.
Na época, aos 23 anos, Ashton Kutcher havia convidado Ellerin para ir com ele na festa pós-Grammy, em 21 de fevereiro de 2001, a noite em que ela foi morta em seu apartamento em Hollywood.
“Eu estava tentando sair com ela e eu não queria parecer afobado, então apenas deixei uma mensagem para ela.”
[Ashton Kutcher]
Vídeo
Fontes consultadas: [1] Ashton Kutcher freaked out about his fingerprints day after ‘Hollywood Ripper’ slaying – New York Post; [2] Ashton Kutcher testifies in trial of serial killer suspect Michael Gargiulo – LA Times;
Universo DarkSide – os melhores livros sobre serial killers e psicopatas
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