Seito Sakakibara: tabloide japonês revela nome verdadeiro do serial killer

Um tabloide japonês desafiou as leis do país que protegem os direitos de menores infratores e publicou o nome real e uma foto do homem conhecido mundialmente como Seito Sakakibara.
Seito Sakakibara - Nome revelado
O tabloide japonês Shukan Post publicou na última semana o nome verdadeiro e uma foto de Seito Sakakibara. Foto: Shukan Post.

O tabloide japonês Shukan Post publicou na última semana o nome verdadeiro e uma foto de Seito Sakakibara. Foto: Shukan Post.

Um tabloide japonês desafiou as leis do país que protegem os direitos de menores infratores e publicou o nome real e uma foto do homem conhecido mundialmente como Seito Sakakibara.

Sakakibara era apenas uma criança quando se tornou um dos mais sinistros serial killers da história. Ele assassinou duas crianças e feriu outras três antes de ser pego em 1997.

Seu nome real e uma foto foram publicadas na mais recente edição da Shukan Post. Segundo a revista, Seito Sakakibara é Shinichiro Azuma, tem hoje 32 anos e mora em Saitama Prefecture, norte de Tóquio. A revista também publicou uma foto de Azuma quando ele era um adolescente (a foto já é bastante conhecida em blogs e fóruns na internet). A revista relata que ele trabalha como soldador em canteiros de obras.

A Shukan Post justificou sua decisão de identificar o misterioso serial killer dizendo que isso “é uma questão de interesse público”.

Recentemente Azuma causou revolta entre os parentes das vítimas ao publicar uma autobiografia em que relata seus crimes e a vida na prisão. Em apenas três semanas, o livro vendeu 100 mil cópias no Japão, rendendo ao assassino cerca de 10 milhões de yens.

Intitulado “Zekka”, que pode ser traduzido como “Uma música de desespero”, a obra de 294 páginas revela as ações e pensamentos do garoto nos dias e semanas antes dos crimes, na primavera de 1997. Ele também fala sobre os crimes sob sua perspectiva de hoje, segundo Azuma, um adulto arrependido.

De acordo com a mídia japonesa, Azuma escreveu para editores de todas revistas do Japão pouco antes da publicação do livro, pedindo a eles que publicassem uma carta na qual ele explicava as razões de escrever sobre suas memórias. Ele também criou uma página na internet com mensagens sobre o livro, assim como desenhos feitos por ele.

“Eu previ que haveria repercussões da publicação do livro e isso pareceu uma jogada”, disse Mark Schreiber, um jornalista de Tóquio especialista em tendências sociais.

Schreiber relata que o crime chocou a sociedade japonesa em 1997, mas a publicação de “Zekka” provocou uma nova reação.

“Lembre-se do terror e medo que havia nas ruas de Kobe na época. Ele matou um menino de 11 anos, o decapitou e colocou uma nota em sua boca provocando a polícia em pegá-lo”, disse Schreiber. “Ninguém sabia onde o assassino iria atacar no dia seguinte e o caso realmente mexeu com o público”.

A linguagem rebuscada na nota levou a polícia a suspeitar de um homem adulto e culto, mas eles posteriormente descobriram que Azuma usou um processador de texto para corrigir sua gramática.

Não deixe de ler:

Fonte: Japanese tabloid defies privacy laws to expose identity of man who carried out the ‘Kobe child murders’ at age 14 – South China Morning Post;

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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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