Um psiquiatra convocado pela promotoria afirma que havia poucos indícios de que Luka Rocco Magnotta estivesse sofrendo de uma doença mental após o assassinato de Jun Lin, por outro lado, existem muitos outros que sugerem que ele poderia estar fingindo ou exagerando seus sintomas.
Existem numerosas inconsistências entre as ações de Magnotta e sua suposta doença, afirmou o Dr. Gilles Chamberland no julgamento do acusado.
Os psiquiatras da defesa afirmaram acreditar que Magnotta estava num estado psicótico. Sem tratamento de sua esquizofrenia por, pelo menos, dois anos, ele assassinou Lin num episódio em que não era capaz de diferenciar o certo do errado.
Mas Chamberland testemunhou que, em sua opinião, as ações de Magnotta e as versões dos eventos não sustentam esta teoria.
O comportamento de Magnotta não é compatível com alguém que sofre de ilusões paranoides, afirmou ele.
Magnotta se apresentou após o assassinato como alguém que estava mentalmente doente e sofrendo dos sintomas da psicose, tanto antes quanto depois do homicídio.
Ele deu uma versão diferente da morte para cada um dos psiquiatras da defesa que o avaliou. Ele também foi incapaz de se lembrar de vários detalhes.
Chamberland disse ao júri que pessoas paranoicas estão, frequentemente, sempre alertas, vigilantes e possuem uma excelente memória.
Para o psiquiatra, o vídeo de vigilância do apartamento que mostra Magnota nos dias que se seguiram à morte e desmembramento de Lin não revela nenhum sinal visível consistente com uma doença mental.
Chamberland afirmou que Magnotta contou a um psiquiatra que tinha medo de agentes do governo que supostamente ficavam do lado de fora do seu prédio e que Lin era um deles. Apesar do suposto medo, Magnotta é visto entrando e saindo nas horas após a morte de Lin.
Em outro exemplo, Chamberland observou que, apesar de Lin supostamente ser um espião, Magnotta guardou e usou seu boné de beisebol.
“Aquilo também poderia servir como uma recordação de um momento que marcou a vida dele, o que encontramos em certas pessoas que cometem tais tipos de crimes e desejam guardar uma lembrança”, afirmou ele.
Enquanto uma doença mental como a esquizofrenia não explica o comportamento de Magnotta, o psiquiatra da acusação afirma que transtornos de personalidade explicam.
Chamberland disse que Magnotta tende a exibir sintomas do transtorno de personalidade limítrofe, histriônica e narcisista, e que tais condições são uma explicação mais razoável para o seu comportamento.
Outros psiquiatras também encontraram traços de transtornos de personalidade, afirmou ele.
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Fonte: CTV News
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