Assassinos em série: traídos pela soberba

Um psiquiatra brilhante e erudito que sumia com pessoas sem que ninguém percebesse. O personagem Hannibal Lecter inaugurou o estereótipo do serial killer gênio do cinema que as pessoas...

Um psiquiatra brilhante e erudito que sumia com pessoas sem que ninguém percebesse. O personagem Hannibal Lecter inaugurou o estereótipo do serial killer gênio do cinema que as pessoas aprenderam tanto a amar. A realidade? Eles não são nada disso. O ego do psicopata, porém, o trai, e não são poucos os casos de assassinos em série vaidosos que acreditavam estar intelectualmente acima da ralé mortal.

Khalil Wheeler-Weaver tinha a certeza de que nunca seria pego. Ele fazia pesquisas no Google e acreditava saber tudo. O maníaco usava luvas e camisinhas em seus ataques, portanto, sem digitais ou material biológico deixado na cena do crime. Mas a inteligência que acreditava possuir era limitada. Em seu celular, por exemplo, peritos encontraram um parque de diversões de evidências digitais. Mas a melhor prova contra ele foi deixada debaixo da unha de uma vítima: resquícios de pele. Wheeler-Weaver não sabia que quando alguém te arranha com as unhas o seu DNA fica ali guardado?

Psicopatas como Wheeler-Weaver acreditam que suas capacidades mentais são maiores e mais afiadas do que o resto da humanidade. Eles se colocam vários degraus acima na escala da inteligência e esse é o primeiro grande erro deles — a soberba. O assassino de mulheres de Goiânia, Tiago da Rocha, tentou a polícia com cartas e acreditava que ao usar um capacete nunca seria identificado. Acabou sendo por outros atributos físicos: altura, estrutura corporal, movimento dos braços, jeito de andar, ângulo dos pés. Ted Bundy era a arrogância em pessoa e, como Tiago, zombou das autoridades, menosprezando a inteligência dos homens da lei, mesmo após ser preso. Mas quando ele foi levado para fazer um molde de sua arcada dentária, sua feição e comportamento mudaram na hora, como se pensasse: me pegaram! Sua empáfia, ali, foi pulverizada. Ele acabou sendo condenado a sentar na cadeira elétrica por uma mordida que deu nas nádegas de uma de suas vítimas, a qual combinava perfeitamente com seus dentes.

Não há nada a se glorificar nesses homens, muito menos uma suposta inteligência superior. Com raras exceções, seus intelectos são tão comuns quanto os de qualquer outra pessoa.

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Daniel Cruz
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