Genealogia Genética: assassino de Michelle Koski é identificado 32 anos depois

O ano de 2020 marcou os 30 anos do aniversário do homicídio de Michelle Koski. Na ocasião, sua mãe deu uma entrevista e afirmou acreditar que o assassino da...

O ano de 2020 marcou os 30 anos do aniversário do homicídio de Michelle Koski. Na ocasião, sua mãe deu uma entrevista e afirmou acreditar que o assassino da filha nunca seria pego. Se ele não foi identificado na época, não seria agora, 30 anos depois, que aconteceria.

A adolescente Michelle tinha 17 anos recém completados quando saiu para dar um passeio em 20 de agosto de 1990. De acordo com a investigação, a garota pegou uma carona de Lake City, nos arredores de Seattle, Washington, onde morava na época, até o Condado de Snohomish, para se encontrar com amigos em um point adolescente da região. Ela nunca mais voltou para casa.

Cinco dias depois, não muito longe de onde a garotada de Snohomish costumava se encontrar para se divertir, o corpo de Koski foi encontrado em uma área de mata por uma mulher que caminhava com seu cão. A autópsia revelou que ela foi estuprada e estrangulada. Pedaços de concreto quebrados e encontrados no local indicavam que o assassino os usou para bater na vítima.

Apesar de uma investigação minuciosa, o caso não foi solucionado. O assassino escapou, mas ele deixou para trás algo precioso: seu DNA.

GENEALOGIA GENÉTICA


Em 2005, as autoridades do Condado de Snohomish criaram o seu departamento de casos não solucionados e o homicídio de Michelle foi reaberto. Nos próximos 15 anos, uma variedade de suspeitos teve o DNA comparado com o do assassino. Os detetives também subiram o perfil genético do homicida para o CODIS, um banco de dados criminal criado pelo FBI, mas nenhuma combinação foi feita e o caso permaneceu sem solução.

Mas então veio a genealogia genética.

Com a ajuda da Parabon Nanolabs e da genealogista genética Deb Stone, uma amostra mais qualificada do DNA foi obtida e inserida nos bancos de dados públicos dos sites Family Tree DNA e GEDMatch. Parentes muito distantes do assassino foram encontrados e Stone passou quase um ano construindo árvores genealógicas do suspeito.

Finalmente, após 30 anos de mistério, Stone chegou a dois homens: os irmãos Brooks. Mais uma análise de DNA e um deles, Robert, falecido em 2016, foi apontado sem margem para dúvidas como o assassino de Michelle Koski.

A amostra de DNA retirada da cena do crime era uma mistura do DNA da vítima e do assassino. Graças ao trabalho de bioinformática da Parabon, uma amostra “limpa” do homicida foi conseguida, ajudando bastante no trabalho de Deb Stone. O arquivo digital contendo os dados de genótipo de DNA foi carregado no Family Tree DNA e GEDMatch. Autoridades de Washington tinham uma amostra de sangue de Robert A. Brooks, guardada após sua morte. Ele tinha 22 anos quando matou Michelle. Quatro meses antes de matá-la, ele havia saído da prisão após cumprir pena por crimes diversos. Robert estava morando em Lake City, na casa de familiares, apenas algumas quadras de distância da casa de Michelle. Ele nunca foi um suspeito no caso. Robert faleceu em 26 de outubro de 2016, aos 49 anos, de causas naturais.

Fontes consultadas: [1] Family, friends hoping for answers three decades after Michelle Koski was brutally murdered in Snohomish, Washington. NBC News; [2] Suspect identified in cold case killing of Seattle teen Michelle Koski. Komo News; [3] Genetic genealogy identifies suspect in 1990 murder of 17-year-old girl. ABC News; [4] Suspect Identified in 1990 Homicide Cold Case. Snohomish County; [5] Family, friends hoping for answers three decades after Michelle Koski was brutally murdered in Snohomish, Washington. NBC News; [6] Genealogy helps crack 1990 Snohomish County homicide of Seattle teen. Herald Net; [7] Woman found slain had been assaulted. Spokane Chronicle. 29 de ago. 1990. Página A2.

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Daniel Cruz
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