As autoridades do Chipre estão sob pressão, acusadas de não investigar adequadamente relatos de pessoas desaparecidas, tudo porque elas seriam migrantes. Para piorar, os corpos de muitas começaram a aparecer – obra de um serial killer.
O Ministro da Justiça do Chipre se demitiu após um homem ter admitido ter matado sete mulheres e meninas migrantes em um período de três anos – entre 2016 e 2018.
Ionas Nicolau disse em declaração que estava deixando o seu cargo por razões de “responsabilidade política“, acrescentando que ele não estava pessoalmente envolvido no caso que chocou o Chipre. “Nunca mostrei qualquer desrespeito, mas eu demonstrei a necessidade de uma investigação independente que indique lacunas nos procedimentos“, disse ele a repórteres, indicando a necessidade da realização de um inquérito independente para concluir se houve ou não negligência policial.
Após a descoberta dos crimes, diversos protestos tomaram conta do país.
Os assassinatos em série
Mary Rose Tiburcio, Arian Palanas Lozano e Maricar Valtez Arquiola, 30, – desaparecida em dezembro de 2017 – eram todas trabalhadoras domésticas que vieram das Filipinas. Outras quatro vítimas incluem uma mulher do Nepal, uma romena chamada Livia Bunea, 36, sua filha Elena – desaparecidas em setembro de 2016 – e a filha de Rose Tiburcio, Sierra, de seis anos.
Várias das mulheres foram dadas como desaparecidas logo após os sumiços, mas as mortes só vieram a tona quando os corpos de Tiburcio e Lozano foram encontrados nas últimas semanas.
Uma turista alemã tirava fotografias de uma mina abandonada no oeste da capital Nicósia, quando chuvas pesadas inundaram um poço e um dos corpos boiou até a superfície.
A polícia vasculhou o lago Kokkinopezoula, que circunda a mina, também conhecido como “Lago Vermelho”, e encontrou mais corpos dentro de malas.
O suspeito foi preso depois que a polícia rastreou as mensagens de Tiburcio. Em interrogatório, confrontado com inúmeras evidências contra ele, o suspeito confessou uma série de assassinatos ao longo dos últimos três anos, levando as autoridades ao local onde descartou o corpo de uma vítima. “Estou entediado. Eu quero ir para a prisão. Traga alguns papéis para que eu possa escrever tudo“, disse o suspeito a policiais antes de fazer uma confissão de 10 páginas.
O presidente cipriota disse estar “chocado com a revelação de tantos assassinatos vergonhosos contra mulheres estrangeiras e crianças inocentes“.
As autoridades cipriotas continuam as buscas no Lago Vermelho.
O suspeito é um policial cipriota de origem grega, de 35 anos, chamado Nikos Metaxas. Com o nome “Orestis”, ele usava um aplicativo de encontros para se aproximar de mulheres. Quando as mulheres levavam as filhas para os encontros, Metaxas matava as crianças para não deixar nenhuma testemunha.
Vídeo
Fontes consultadas: [1] Man suspected of Cyprus serial killings ‘has confessed in writing’ – The Guardian; [2] Cyprus serial killer: Justice minister resigns over case – BBC News; [3] Telangana’s Well of Horrors: Three Girls Raped, Killed and Buried by Serial Killer – News 18;
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