Testes toxicológicos sugerem que o alemão matou ao menos 100 pessoas em dois hospitais em que trabalhou como enfermeiro, diz promotor.
Detetives acreditam que Niels Hoegel, que já cumpre prisão perpétua pela morte de duas pessoas, administrou sistematicamente doses fatais de medicações para o coração em pacientes que estavam sob seus cuidados.
Ele desejava impressionar seus colegas, ressuscitando as vítimas, mas muitas delas morreram.
São esperadas novas acusações contra ele em 2018.
Acredita-se que Hoegel tenha matado 38 pacientes em Oldenburg e 62 em Delmenhorst, ambos no norte da Alemanha, entre 1999 e 2005.
Os investigadores estipulam que ele pode ter matado mais, mas as vítimas em potencial foram cremadas.
Se for considerado culpado de todas as mortes, ele se tornará um dos maiores assassinos em série da Alemanha Pós-Guerra e do mundo.
A investigação sobre Hoegel foi ampliada quando este admitiu, durante seu julgamento em 2015, ter assassinado até 30 pessoas. Na época, ele foi condenado por dois assassinatos, duas tentativas de assassinato e por prejudicar pacientes.
Os pesquisadores exumaram 130 cadáveres, procurando vestígios de medicamentos que poderiam ter prejudicado fatalmente seus sistemas cardiovasculares. Eles também examinaram registros nos hospitais em que ele trabalhou.
Ainda assim, Hoegel recebeu boas referências e atuou em um hospital nas proximidades de Delmenhorst, onde um número incomum de pacientes começou a morrer enquanto este estava em turno.
Ele finalmente foi capturado quando uma enfermeira estranhou que um paciente, previamente estável, desenvolveu batimentos cardíacos irregulares. Hoegel se encontrava presente no quarto quando houve a necessidade de ressuscitação e a enfermeira encontrou recipientes de medicamentos vazios na lixeira, segundo o periódico alemão Der Spiegel.
Durante o seu julgamento em 2015, o enfermeiro disse que estava “honestamente arrependido” e esperava que as famílias encontrassem paz de espirito. Ele disse que as decisões para levar a cabo seus crimes foram “relativamente espontâneas“.
Hoegel disse que, a cada vez que alguém morria, ele decidia que nunca mais faria aquilo de novo, mas sua determinação acabava por esmorecer lentamente.
5 Serial Killers Enfermeiros/Médicos Homens
Serial Killer: Harold Frederick Shipman
País: Inglaterra
Captura: 1998
Como foi: Um dos mais significativos psicopatas da história da humanidade, o médico inglês Harold Shipman matou pelo menos 215 pessoas, e talvez até 260 – a maioria com injeções de heroína -, segundo investigação oficial. Casado e pai de quatro filhos, o Doutor Morte se enforcou na prisão um dia antes de completar 58 anos.
Serial Killer: Edson Izidoro Guimarães
País: Brasil
Captura: 1999
Como foi: “O Enfermeiro da Morte” brasileiro foi descoberto após assassinar, em apenas um dia, cinco pacientes no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele chegou a ser acusado de outras 126 mortes ocorridas durante seus plantões, mas como acontece na maioria dos casos envolvendo serial killers da área da saúde, a maioria das vítimas – por já estarem enterradas há anos ou cremadas – nunca pode ser realmente quantificada.
Serial Killer: Arnfinn Nesset
País: Noruega
Captura: 1981
Como foi: Preso em 1981, Nesset admitiu ter matado 27 pacientes com injeções de cloreto de suxametônio, um relaxante muscular. Ele posteriomente voltou atrás em sua confissão, o que extendeu seu julgamento em cinco meses. Ele foi condenado por 22 assassinatos, apesar de autoridades acreditarem que o número de vítimas chegue perto de 140. Nesset foi solto por bom comportamento em 1994 e em 2005 recebeu um novo nome, e vive hoje no anonimato.
Serial Killer: Petr Zelenka
País: República Tcheca
Captura: 2006
Como foi: O enfermeiro tcheco Petr Zelenka assassinou sete pacientes e tentou contra a vida de 10 outros ao injetar heparina, causando sangramento interno nas vítimas. Em seu julgamento, o promotor revelou que Zelenka queria testar os médicos para ver se eles descobriam a causa dos sangramentos. O serial killer começou a perder em seu jogo sádico em setembro de 2006, quando o hospital começou a suspeitar dele. Mas Zelenka conseguiu manter seu emprego – e continuar a matar – até dezembro, quando foi desmascarado.
Serial Killer: Donald Harvey
País: Estados Unidos
Captura: 1987
Como foi: Em 1987, Harvey declarou-se culpado pela morte de 37 pessoas, a maioria pacientes de hospitais em que trabalhou nas cidades de Cincinnati e London, Kentucky. Ele posteriormente admitiu a responsabilidade por outras 18 mortes quando trabalhou no Hospital dos Veteranos de Cincinnati. No total, Harvey admitiu o assassinato de 87 pessoas. Sua última vítima foi morta com cianeto. Harvey foi assassinado na prisão em março de 2017.
Fonte: Germany serial killer: Niels Hoegel ‘killed at least 100’. BBC News;
Colaboração de:
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