Donald Harvey: serial killer morre espancado em cela de prisão

O Anjo da Morte Donald Harvey, 64 anos, morreu na última quinta-feira (30 de março), dois dias após ter sido encontrado desacordado em sua cela de prisão em Ohio, Estados Unidos.
Novembro de 1987: o serial killer Donald Harvey é levado até a delegacia do Condado de Laurel, Kentucky, após se declarar culpado de mais oito mortes no tribunal. Do lado esquerdo o Xerife Floyd Brummett. (AP Photo/Ed Reinke)

Novembro de 1987: o serial killer Donald Harvey é levado até a delegacia do Condado de Laurel, Kentucky, após se declarar culpado de mais oito mortes no tribunal. Do lado esquerdo o Xerife Floyd Brummett. (AP Photo/Ed Reinke)

O Anjo da Morte Donald Harvey, 64 anos, morreu na última quinta-feira (30 de março), dois dias após ter sido encontrado desacordado em sua cela de prisão em Ohio, Estados Unidos.

O serial killer, que cumpria 28 penas de prisão perpétua por assassinatos em série, foi espancado por uma pessoa desconhecida, que invadiu sua cela.

Em 1987, Harvey declarou-se culpado pela morte de 37 pessoas, a maioria pacientes de hospitais em que trabalhou nas cidades de Cincinnati e London, Kentucky. Ele posteriormente admitiu a responsabilidade por outras 18 mortes quando trabalhou no Hospital dos Veteranos de Cincinnati. No total, Harvey admitiu o assassinato de 87 pessoas – as vítimas não eram apenas pacientes de hospitais, mas colegas de quarto, vizinhos e amantes, de acordo com um detalhado relatório compilado por pesquisadores de serial killers do departamento de psicologia da Universidade Radford.

18 de agosto de 1987: o serial killer Donald Harvey durante audiência judicial é fotografado ao lado de um painel com o nome de suas vítimas. Enquirer.

18 de agosto de 1987: o serial killer Donald Harvey durante audiência judicial é fotografado ao lado de um painel com o nome de suas vítimas. Enquirer.

O serial killer, de acordo com seu próprio relato, matou pela primeira vez aos 18 anos, em 30 de maio de 1970, um paciente de 88 anos chamado Logan Evans, que estava recebendo cuidados no Hospital Marymount, em London. Harvey o asfixiou com um travesseiro e saco plástico.

“Ele escutou o batimento de seu coração com um estetoscópio até ele morrer. Ele limpou a cena e vestiu a vítima com uma roupa limpa”.

[Department of Psychology – Radford University]

Após a morte do paciente, Harvey “não sentiu medo de ser pego e notificou a enfermeira de plantão”.

O último assassinato de Harvey – que intrigou a investigação policial – ocorreu em 7 de março de 1987, quando ele colocou cianeto no tubo gástrico do paciente John Powell, 44. No mesmo dia, ele também assassinou Hilda Leitz, 82, alimentando-a com Detachol – um medicamento usado para remover esparadrapos sem causar dor – através do seu suco de laranja e tubo gástrico.

Um patologista forense que conduziu a autópsia de Powell sentiu um cheiro amargo de amêndoas, que combinava com cianeto, e “suspeitou de assassinato”. O patologista enviou amostras para outros três laboratórios, que confirmaram a presença de cianeto. A polícia, então, foi alertada.

Investigadores primeiramente procuraram na comida da vítima, então questionaram sua mulher. Logo, Harvey ficou na mira.

“Enfermeiras no hospital foram questionadas e o nome de Donald Harvey surgiu devido à sua demissão do V.A. Hospital. Empregados deste hospital voluntariamente fizeram testes no polígrafo, e Donald também se voluntariou após comprar um livro que ensinava como mentir e passar por detectores de mentira”.

[Department of Psychology – Radford University]

Após não aparecer no dia combinado para realizar o teste e afirmar estar doente, Harvey foi levado à delegacia e confessou. “Ele explicou que sentia muito por ele e por sua família. Ele negou ter feito o mesmo com outras pessoas”.

Donald Harvey em pé durante leitura de sua sentença em setembro de 1987. AP PHOTO/AL BERHMAN.

Donald Harvey em pé durante leitura de sua sentença em setembro de 1987. AP PHOTO/AL BERHMAN.

Em 9 de julho de 1987, Harvey confessou 10 assassinatos. Ele admitiu usar cianeto na maioria das vítimas, mas também arsênico, veneno para rato e destilados de petróleo (como combustível).

Onze anos depois, em 1998, ele já havia sido condenado por 28 assassinatos e 7 tentativas de assassinato. Nos anos seguintes esse número subiria até atingir 36 – 25 homens e 11 mulheres, cujas idades variavam de 42 a 91 anos.

Seus métodos de assassinato incluíam asfixia com travesseiros; envenenamento por arsênico, líquidos de limpeza, veneno de rato, Demerol, morfina e codeína; privação de oxigênio usando um tanque defeituoso e tentativas de injeções com HIV e hepatite B.

As 87 vítimas citadas por Harvey não puderam ser todas identificadas, e os locais dos crimes incluíam a sua casa, a casa das vítimas e, na grande maioria, hospitais em que trabalhou. Em uma entrevista para o 60 Minutes II em 2003, Harvey relatou que a razão pela qual se safou durante tanto tempo era que os médicos trabalhavam demais e às vezes não viam os pacientes após eles morrerem.

Autoridades do estado de Ohio não divulgaram mais detalhes da morte do psicopata.

Alguns daqueles [pacientes] talvez deviam ter apenas mais alguns minutos ou horas ou dias de vida, mas todos eles iam morrer. Eu sei que você está pensando que eu brinquei de Deus, e brinquei”.

[Donald Harvey, Enquirer, 4 de novembro de 1987]


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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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