Pela primeira vez, os jurados do caso Luka Magnotta puderam fazer perguntas a uma testemunha – no 33º dia do julgamento.
O juiz Guy Cournoyer leu três perguntas para o Dr. Joel Watts, psiquiatra que avaliou a responsabilidade criminal de Magnotta a pedido da defesa.
Em resposta a uma indagação sobre que efeito uma combinação de Temazepam, Benadryl e álcool poderia ter sobre uma pessoa sofrendo de psicose paranoide, Watts respondeu que isso não necessariamente teria impactos diretos nos sintomas de psicose ou alucinações.
O júri havia sido informado pouco antes que Temazepam, um sedativo, e Benadryl, um antialérgico de venda livre, foram encontrados no corpo de Jun Lin, o homem que Magnotta matou e desmembrou em Maio de 2012.
Watts disse que Magnotta não lhe contou sobre ter consumido Benadryl na noite do assassinato, mas que ele e a vítima haviam bebido e tomado comprimidos de Temazepam.
“Aquelas duas drogas e o álcool não possuem um efeito direto de tornar a psicose necessariamente mais amena ou pior, eles não tem impacto direto nesses sintomas”, afirmou Watts, acrescentando que a medicação pode deixar as pessoas sonolentas ou menos ansiosas.
Os jurados também quiseram saber de Watts se a internação de Magnotta em 2011 em Miami poderia ter sido causada pelo fato de ele não estar mais tomando sua medicação antipsicótica.
“O fato de ele não estar mais tomando sua medicação antipsicótica regularmente, definitivamente teve um impacto no agravamento dos seus sintomas, na piora da sua psicose”, afirmou Watts.
Finalmente, o júri indagou até que ponto as respostas de Magnotta a Watts em seus encontros poderiam ter sido influenciadas pelo que o advogado do acusado, Luc Leclair, já havia lhe revelado sobre o caso.
Watts anteriormente afirmou em juízo que Magnotta disse ser incapaz de distinguir suas próprias lembranças e o que Leclair havia lhe dito.
Watts respondeu que apesar de parte do que Magnotta lhe disse poder ter sido influenciada pelo que ele soube através de seu advogado, apenas o acusado teria recordações de elementos psicóticos.
“Eu não creio que o que ele estava me contando, em termos de experiências psicóticas, seria algo fantasioso por si só…”, afirmou ele. “Somente ele poderia ter lembranças daquelas coisas, apenas ele seria capaz de recordar aquelas coisas”.
O psiquiatra forense repetiu que ele acredita que estes sintomas não foram forjados.
Magnotta admite ter matado e desmembrado Lin, mas está apresentando uma defesa baseada na alegação de insanidade.
Watts e outra psiquiatra, que testemunharam em favor da defesa, alegaram que Magnotta estava psicótico na noite do assassinato e incapaz de diferenciar o certo do errado.
A promotoria argumenta que os crimes foram planejados e premeditados.
A defesa apresentou outras três testemunhas depois de Watts, que passou cinco dias no banco.
Um detetive da divisão de homicídios da polícia de Montreal testemunhou, além de duas testemunhas francesas.
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Fonte: The Star
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