Eric M. Smith, a criança assassina, disse, no último dia 11 de Abril, durante sua audiência para a liberdade condicional, que estava com raiva por ter sido abusado pela família e bolinado por colegas de classe e, por isso, descontou sua frustração em Derrick Robie, de apenas quatro anos. “Ele não merecia nada do que eu fiz a ele; ninguém merece aquele tipo de violência. O que eu fiz a ele foi brutal.”, disse Eric.
Smith tinha apenas 13 anos quando atraiu Derrick para uma área florestal perto da casa da vítima; Derrick estava andando sozinho perto de um parque quando foi atraído pelo adolescente. Smith o estrangulou, esmagou sua cabeça com uma pedra e introduziu um galho de árvore em seu ânus. Mesmo com pouca idade, Eric foi condenado a nove anos de prisão, com a possibilidade de perpétua após este período.
No último dia 11 de Abril, agora com 34 anos, pela sétima vez consecutiva, o assassino enfrentou três membros do Conselho de Liberdade Condicional e, mais uma vez, teve seu pedido de liberdade negado. Durante a audiência, Smith disse saber que é responsável pela morte de Derrick e sente remorso pelo ocorrido: “arrependido pelo que eu fiz a ele e sua família.”.
Eric disse que, naquela época, não confiava em ninguém e sentia que todo mundo queria pegá-lo. Colegas de escola o provocavam por sua aparência e, segundo ele, essas emoções negativas não foram dirigidas especificamente a Derrick, mas a seu pai e à sua irmã mais velha, assim como aos colegas de escola. “Eu peguei minha raiva e frustração e coloquei para fora, em cima dele. Levei-o para lá e ele não merecia aquilo.“.
Na época, um psiquiatra o diagnosticou com transtorno explosivo intermitente, um transtorno mental que leva o indivíduo a agir de maneira violenta e imprevisível.
De acordo com a transcrição liberada pelo Conselho, Smith diz que matou Derrick porque pensou que iria ter problemas se o menino se levantasse e fosse embora. Ele alegou que inseriu o galho no ânus do garoto para que ele alcançasse e “parasse seu coração”. Eric descreveu suas ações como “horríveis e violentas; desnecessárias e erradas.”. Disse também que acredita não ser uma ameaça para os outros, já que seus valores mudaram, e também por não ter tido nenhum tipo de problema dentro da prisão. “Quem eu era aos 13 anos não existe mais. Aquela criança que cometeu aquele crime, ela se foi. Ela nunca vai voltar.”.
Os oficiais do Conselho disseram que Smith parece estar fazendo progresso nos programas institucionais e tem um histórico limpo no sistema penitenciário, entretanto, sua libertação seria “incompatível com o bem-estar e a segurança da sociedade.”. Nos Estados Unidos, muitos estados têm criado uma distinção para assassinatos de crianças, sob pretexto de que elas não podem entender a gravidade de suas ações. A questão é: em que idade ou grau de maturidade uma criança entende os seus atos e, portanto, deve ser responsabilizada? O debate em torno dessa questão ressurge quando uma criança comete um assassinato. Eric foi julgado como adulto e ficou preso num centro juvenil até 2001, quando foi transferido para uma prisão estadual. A cada dois anos, ele é elegível para liberdade condicional; seu próximo pedido será em abril de 2016.
Eric Harris é citado em nosso post sobre crianças psicopatas e crianças assassinas.
Informações
Nome: Eric M. Smth
Nascimento: 22 de Janeiro de 1980, Condado de Steuben, Nova Iorque
Idade: 34 anos
Acusação: assassinato
Pena: 9 anos de reclusão com possibilidade de perpétua após este período
Obs.: Eric Smith, então aos 13 anos, assassinou Derrick Robie, de 4, em 2 de Agosto de 1993. Ele foi condenado a 9 anos de prisão com possibilidade de perpétua após este período. A cada dois anos ele tem o direito de pedir liberdade condicional.
Foto: Collins Correctional Facility, 2014
Fontes consultadas: Democrat & Chronicle (Child killer Eric Smith calls his crime ‘horrendous,’ ‘violent’)
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