
Post originalmente publicado em nossa página no facebook no dia 17 de Junho de 2012.
As pessoas costumam dizer que o tempo acelera à medida que envelhecemos, mas segundo uma teoria de físicos espanhois, é o contrário que está acontecendo.
Um estudo publicado por duas universidades espanholas na revista Physical Review D sugere que o tempo, na verdade, está devagar e ele pode, literalmente, congelar.
“A energia escura não existe e o tempo irá diminuir até o momento em que ficará paralisado. Tudo será congelado, como a fotografia de um instante, para sempre”, disse José Senovilla, pesquisador da Universidade do País Basco.
E não é só isso, essa teoria do professor José Senovilla pode também explicar a misteriosa aceleração da expansão do universo. Lembre-se: ninguém faz ideia do por quê do universo estar se expandindo a uma aceleração cada vez mais alta. Uma teoria para essa aceleração vem da chamada “energia escura”, que seria uma misteriosa força antigravitacional.
Segundo o estudo dos físicos espanhóis, não é o universo que está se expandindo de forma acelerada, na realidade, é o próprio tempo que está cada vez mais passando devagar, ou seja, a aceleração da expansão do universo seria causada pela desaceleração do tempo. Essa mudança não seria perceptível aos sentidos humanos, mas em escalas cósmicas traria um grande impacto: o congelamento do tempo.
“Não estamos dizendo que a expansão do universo é uma ilusão. O que estamos dizendo é que a ilusão é a aceleração da expansão do universo”, diz o pesquisador.
Pode parecer difícil de acreditar, mas um cosmólogo da Universidade de Cambridge diz que a teoria tem fundamento, “Acreditamos que o tempo surgiu durante o Big Bang, e se o tempo pode surgir, também pode desaparecer, isso seria apenas o efeito inverso.”
Segundo os cientistas, não devemos preocupar com isso. Além de não ser perceptível aos sentidos humanos, quando o tempo desaparecer e tudo congelar, daqui a bilhões de anos, não estaremos mais aqui.
Bom, já estou mais aliviado.
A imagem acima em destaque mostra a distribuição de matéria escura, galáxias e gás quente no centro do cluster (aglomerado de galáxias) Abell 520, formada a partir de uma violenta colisão com outras galáxias. A imagem – em cor natural – foi tirada pelo Telescópio Espacial Hubble em conjunto com o Telescópio Canadá-França-Havaí. As regiões verde-escuras mostram gás quente; o gás é evidência incontestável de que houve uma colisão no local. A coloração azul identifica as áreas com maior número de matérias. A mistura de azul e verde no centro da imagem revela que um aglomerado de matéria escura reside perto da maior parte do gás quente.
Com informações: Neuroscientist