O Hospital Siriraj está tentando localizar parentes do infame assassino em série Si Quey, cujo corpo embalsamado está em exibição nas dependências do hospital há 60 anos. O objetivo é (finalmente) discutir os arranjos fúnebres do serial killer. O hospital quer dar um fim nele, enterrá-lo ou cremá-lo.
“A busca terá duração de um mês, e será encerrada no dia 3 de agosto“, disse Prasit Watthanapa, reitor da Faculdade de Medicina do Hospital Siriraj da Universidade Mahidol, no início deste mês de julho, após discutir o assunto com advogados.
A sugestão é que o hospital siga os procedimentos tradicionais, isso significa que os parentes de Si Quey podem reclamar seu corpo se demonstrarem prova de laço sanguíneo.
“Mas se ninguém se apresentar, o hospital tem o direito de tomar uma decisão“, disse o Dr. Prasit.
Por mais de meio século ninguém ficou particularmente incomodado com o fato de que o cadáver do assassino estivesse em exibição no mais antigo e maior hospital da capital Bangkok – que inclui a ilustre realeza do país como pacientes.
Mas muitos tailandeses mudaram de ideia. Uma petição com mais de 10 mil assinaturas exige que o homem morto seja finalmente enterrado.
Tudo começou no Twitter, quando Pharaoh Chakpatranon publicou em 12 de maio uma foto do cadáver exigindo a sua libertação. O post se tornou viral e teve mais de 80 mil retweets. “Temos que manter nossa dignidade humana“, disse ele no tweet.
ปัจจุบัน เค้ารู้กันหมดแล้วว่า ‘ซีอุย’ ไม่ได้ฆ่าและกินเครื่องในมนุษย์ ซึ่งเกิดจากการถูกใส่ร้าย
แต่พิพิธภัณฑ์ที่ศิริราชก็ยังเอาศพของเขามาโชว์และยังตราหน้าว่าเป็น ‘มนุษย์กินคน’
แม้คนตาย ศพก็ยังไม่ได้รับความยุติธรรม pic.twitter.com/n2tDB9MbXL
— กล้าเปลี่ยน \7 (@ChangeSiam) 12 de maio de 2019
Defensores acreditam na inocência de Si Quey, suspeitando que o homem foi um bode expiatório. Os aldeões de Thap Sakae, em Prachuap Khiri Khan, onde o suposto canibal viveu, pediram à Comissão Nacional de Direitos Humanos que analisasse a questão.
Nascido em 1927, o chinês Si Quey se mudou para a Tailândia ao fim da Segunda Guerra Mundial. Em 1958, ele foi preso acusado de assassinar uma criança em Rayong. Em interrogatório, ele confessou vários outros assassinatos de crianças. Condenado, Si Quey foi executado por um pelotão de fuzilamento em 17 de setembro de 1959. Após a sua morte, o Hospital de Siriraj requisitou o seu corpo para ser usado no estudo de autópsias e para que cientistas estudassem o seu cérebro para descobrir se era diferente. Posteriormente, o cadáver foi embalsamado e colocado para exibição com a placa “Si Quey – Canibal”.
“Em princípio, Siriraj tem que devolver o corpo de Si Quey aos membros de sua família ou ao seu guardião para que eles possam organizar um funeral apropriado. Eles não têm o direito de manter o corpo, marcando-o publicamente como um canibal. Não é tarde demais para que Siriraj faça a coisa certa procurando por seus parentes vivos e devolvendo seu corpo a eles. Caso nenhum membro da família seja encontrado, Siriraj deve dar a Si Quey um fim digno baseado em suas crenças religiosas”.
[Surapong Kongchantuk, presidente da Cross Cultural Foundation]
O museu onde Si Quey repousa no Hospital Siriraj tem ainda duas outras múmias de assassinos desconhecidos. O museu tem também fotos de vítimas de assassinato, vítimas de acidentes e pessoas que se suicidaram.
Para estrangeiros, tal câmara de horrores pode parecer bizarro. Mas na Tailândia, isso não é incomum. Motoristas que são pegos dirigindo embriagados, por exemplo, são condenados a limpar necrotérios abarrotados de cadáveres.
Fotos – Museu do Hospital Siriraj
Fontes consultadas: [1] Cannibal killer ‘Si Quey’ cremation considered – Bangkok Post; [2] NHRC asked to release Si Quey’s body – Bangkok Post; [3] Siriraj to track down embalmed serial killer’s relatives – Bangkok Post;
Colaboração de:
Universo DarkSide – os melhores livros sobre serial killers e psicopatas
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