Em novembro de 1989, um homem tentou raptar um menino de 6 anos em um cinema de Portland, Oregon, mas a criança escapou de suas mãos. Minutos depois, a polícia avistou o sequestrador tentando consertar o motor de seu carro que, por algum motivo, parou de funcionar. Levado à delegacia, descobriu-se que ele era um pedófilo contumaz e, adivinhe: um anjo cruel.
Seu nome era Westley Dodd e, em seu diário, a polícia encontrou detalhes de seus numerosos crimes contra crianças do sexo masculino, incluindo os pormenores de três homicídios. Dodd escreveu sobre suas depravadas fantasias sexuais, que incluía canibalismo e mutilação. Em um ponto, ele revelou o desejo de manter suas vítimas vivas para fazê-las sofrer. Ele escreveu sobre comprar as melhores câmeras do mercado para gravar suas atrocidades e sobre uma fantasia final: com a vítima viva, abrir seu abdômen como se estivesse realizando uma cirurgia.
Mas o mais surpreendente eram as histórias de quando era criança. Dodd registrou que começou a molestar crianças aos 13 anos, mas aos 8 já tocava as partes íntimas dos amiguinhos. E ele nunca mais parou. Aos 17, era um stalker “profissional” que frequentava parques e imediações de escolas e até trabalhou como babá apenas para molestar bebês e crianças pequenas.
O histórico de vida de Westley Dodd é claro na hipótese da graduação da violência. Ele foi uma criança pervertida que, sem a devida atenção, se tornou “o maior maníaco homicida da história”, nas palavras de um investigador. Começou com fantasias distorcidas na infância, evoluiu para a prática de crimes sexuais ainda muito jovem, e terminou com assassinatos em série. Uma prova de sua natureza incorrigível foi dada pelo próprio Dodd em sua última entrevista:
“Tenho molestado crianças sem parar desde os 13 anos, mais da metade da minha vida. Preciso ser executado porque sei que matarei de novo”.
Em Anjos Cruéis, eu apresento inúmeros casos de comportamento infantil desviante e perverso, um raio-x de como a maldade se manifesta em crianças e evolui para a prática de crimes hediondos — ainda na infância ou fase adulta.
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Referências: [1] Cruz, Daniel. Anjos Cruéis. DarkSide Books. 2024; [2] Dodd belonged in jail, says psychologist. Tri-City Herald. Págs. A1, A2; [3] Psychologist says Dodd should never have been freed. The Oregonian. 16 nov. 1989. Pág. A26; [4] Luck, hard work and a strong stomach for atrocities. The Sunday Oregonian. 27 dez. 1992. Pág. E7; [5] Westley Allan Dodd – Last Interview before Execution. YouTube: @parkamanmagazine537.
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