Anjos Cruéis: lançamento true crime do ano aborda casos de crianças homicidas e a maldade infantil

Anjos Cruéis é o lançamento true crime do ano e eu digo o porquê: a obra de mais de 500 páginas é o resultado do trabalho conjunto de duas...

Anjos Cruéis é o lançamento true crime do ano e eu digo o porquê: a obra de mais de 500 páginas é o resultado do trabalho conjunto de duas entidades poderosas do true crime NACIONAL.

Pioneiro na escrita e análises de crimes reais na Internet brasileira, o projeto OAV Crime, fundado e administrado por Daniel Cruz, cimentou a sua posição como uma das principais e mais confiáveis fontes sobre crimes violentos em língua portuguesa, sendo reconhecido dentro e fora do país. Há 15 anos, o projeto cumpre sua missão de levar ao leitor informação de qualidade e conhecimento sólido, notabilizando-se pela escrita detalhada e profunda. As centenas de artigos publicados ao longo dos anos foram acessados e lidos milhões de vezes, e usados como fontes de estudos e pesquisa na academia, em filmes e séries de TV, como Dupla Identidade da Rede Globo, e em variados projetos digitais da internetosfera — por blogueiros, youtubers, podcasters, etc.

A palavra pioneiro também pode ser aplicada à DarkSide Books, editora que pavimentou o mercado da literatura true crime no Brasil neste século através de sua marca Crime Scene. Nunca os amantes do tema tiveram a oportunidade de ter ao alcance das mãos títulos e autores que pareciam distantes demais, obras clássicas e definidoras que existiam apenas em suas línguas originais. Quando a DarkSide apareceu apostando neste tipo de literatura, o público brasileiro foi automaticamente brindado com o que há de melhor neste quesito. Títulos conhecidos e aclamados, como Um estranho ao meu lado e Mindhunter, e autores lendários, como Robert Ressler, podem agora ser lidos facilmente e isso só foi possível graças à DarkSide Books.

Séculos terminam e se iniciam, tecnologias são criadas e aperfeiçoadas, digitalizando tudo ao nosso redor, mas o velho livro de papel continua sendo a principal e mais confiável fonte de conhecimento já criada pelo ser humano, um amigo que o acompanhará pelo resto da vida, repousando silenciosamente em uma estante, pronto para ser explorado e pesquisado a gosto do dono. E se o leitor gosta do tema violência e preza pela confiabilidade e profissionalismo, então aconselho a dar uma olhada no catálogo da DarkSide Books.

A conexão entre o OAV Crime e a DarkSide Books iniciou-se em 2013, época do primeiríssimo lançamento true crime da editora, o ótimo Anatomia do Mal, de Harold Schechter. Nos anos seguintes a parceria solidificou-se cada vez mais, culminando com Daniel Cruz e Marcus Santana (colaborador sênior do OAV), assumindo a tradução de obras como Manson, a Biografia (2014), e Lady Killers — Assassinas em Série (2017), com Daniel Cruz realizando colaborações textuais (o prefácio em Manson , o anexo 14+ em Lady Killers, e a contracapa em Predador Americano).

Em 2012, a publicação do artigo Pra saber mais: crianças psicopatas, de autoria de Daniel Cruz, tornou-se o texto mais lido da história do OAV Crime e o embrião de Anjos Cruéis.

Pesquisado e escrito por Daniel Cruz, ANJOS CRUÉIS é uma obra que nos leva a uma jornada sombria pelo labirinto da crueldade infantil. Extenso e detalhado, o livro conta com mais de 20 estudos de caso em que crianças se engajaram no mais abominável comportamento humano: o homicídio. Profundamente pesquisado, Anjos Cruéis apresenta também uma galeria com mais de trinta casos de crianças assassinas que se perderam no tempo.

O livro aborda casos conhecidíssimos na criminologia, como Jesse Pomeroy, o “Menino Demônio de Boston”, que poderia muito bem ser o filho do lobo mau; Jon Venables e Robert Thompson, um caso que traumatizou a Inglaterra e até hoje sangra como uma ferida que se recusa a cicatrizar; e Mary Bell, a “Estranguladora de Tyneside”, uma menininha tão distorcida que o promotor a descreveu como “assustadora”, um pequeno ser que dava “arrepios”, nas palavras de uma carcereira.

Por outro lado, Anjos Cruéis apresenta histórias que o tempo se encarregou de enterrar e, por isso, são totalmente desconhecidas, mas que, em se tratando de maldade infantil, não perdem nem um pouco em angústia ou horror para os mais famosos. Um exemplo é Honorine Pellois, uma das mais jovens assassinas em série de que se tem notícia, rotulada como uma criança com “prazer instintivo para o mal”.

No meio desse espectro — que em um extremo pendem as histórias famosas e, no outro, as completamente desconhecidas — há casos que tiveram extensa cobertura midiática, mas acabaram esquecidos. Um exemplo é Wesley Elkins, que por mais de uma década a partir do final do século XIX nunca saiu das páginas dos jornais. Outro caso é o de Patrick Knowles, um pequeno assassino em série em formação cuja história cruzou o planeta, sendo notícia em jornais tão longínquos quanto os da Austrália. Problemático desde sempre, Albert Jones foi um dos nomes mais comentados da Califórnia no final da década de 1940, mas, como os dois anteriores, foi esquecido com o passar dos anos e sepultado pela ação do tempo.

Mas assim como suas versões adultas, são as crianças psicologicamente deformadas as que mais chamam a atenção, e em Anjos Cruéis elas são expostas em todas as suas degradações, incluindo comportamentos medonhos e crimes macabros. Um exemplo é a belizense Sharon Carr, provavelmente a mais assustadora criança assassina do sexo feminino do século XX. Trancafiada pelo resto da vida por um brutal homicídio cometido aos 12 anos, é como se a tivessem empurrado na solitária, trancado a porta e jogado a chave fora. No bairro onde ela cresceu, mesmo hoje, mais de trinta anos depois de seu crime, ninguém pronuncia o seu nome. Sharon Carr é um assunto proibido, e assim parece para o resto do mundo.

Anjos Cruéis não se limita à apresentação de casos homicidas envolvendo crianças, discorrendo também sobre a maldade infantil, incluindo um assunto socialmente polêmico: as crianças psicopatas.

Um dos mais respeitados pesquisadores de crianças com comportamento antissocial do mundo, o psicólogo infantil Richard Tremblay, disse certa vez que a ciência não rotula crianças com determinados jargões psiquiátricos porque a sociedade simplesmente não está preparada para lidar com tal realidade — a realidade de que existem crianças más, frias, sem empatia e cruéis. Por exemplo, na prática clínica é comum escutar histórias de crianças incorrigíveis que ameaçam e puxam facas para os pais, algumas sendo tão perturbadas que usam o próprio excremento para sujar paredes ou atirar em membros da família. Elas mentem descaradamente, ameaçam, intimidam, provocam conflitos físicos, roubam, matam aulas e até podem fugir de casa ou serem cruéis com animais ou pessoas, e isso inclui a coação de atividade sexual. Existem aquelas que ameaçam ou efetivamente agem para destruir coisas, incluindo propriedades.

Em Anjos Cruéis, esse tema delicado é abordado juntamente com a apresentação de dez estudos científicos realizados em vários países do mundo sobre crianças com sintomas da psicopatia.

Anjos Cruéis Daniel Cruz

Projetado em duas cores, Anjos Cruéis apresenta um projeto gráfico impressionante. Foto: @OAVCrime.

Anjos Cruéis apresenta casos de crianças homicidas ocorridos há mais de 130 anos. Foto: @OAVCrime.

Se o livro possui um conteúdo surpreendente e inédito, a edição não deixa a desejar e é igualmente matadora. O projeto gráfico de Anjos Cruéis deslumbra e impressiona, destacando-se as inúmeras ilustrações e imagens reais dos casos, proporcionando uma experiência enriquecedora ao leitor e, às vezes, sombria. É uma obra na qual o leitor deve mergulhar em cada página, aprofundando-se nos detalhes escabrosos enquanto saboreia as cores e desenhos. 

Anjos Cruéis nasce como uma obra-referência e candidato a um dos melhores livros cem por cento nacionais já lançados no país. Com as assinaturas de dois dos principais atores do true crime nacional deste século, não há como duvidar de Anjos Cruéis

O livro Anjos Cruéis pode ser adquirido na loja oficial da DarkSide Books, pelo site da Amazon ou em sua livraria preferida.

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Por:


Daniel Cruz
Texto

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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