Edmund Kemper e sua estratégia para alterar o comportamento do assassino em série Herbert Mullin

Herbert Mullin estava dirigindo a toa quando viu uma bela estudante pedindo carona. Mary Guilfoyle, de 24 anos, nem viu de onde veio o golpe. Quando a moça se...

Herbert Mullin estava dirigindo a toa quando viu uma bela estudante pedindo carona. Mary Guilfoyle, de 24 anos, nem viu de onde veio o golpe. Quando a moça se inclinou sob a janela do carro, Mullin enfiou uma faca em seu peito, matando-a na hora. Então, como um verdadeiro animal, arrastou-a para a floresta e abriu seu abdômen, retirando seus órgãos e os inspecionando. Para ter uma melhor visualização dos intestinos, ele os dependurou nos galhos de uma árvore.

É difícil para qualquer pessoa entender o que pode motivar alguém a cometer tal ato. No mundo dos assassinos em série, poderíamos incluir Mullin na categoria dos sexualmente luxuriosos estilo Jack, o Estripador, mas seus crimes não foram derivados de fantasias sexuais — na verdade, nem mesmo eram fantasias, mas alucinações.

Herbert Mullin matou 13 vezes. O homem perturbado acreditava que matar era uma tradição bíblica e as vozes de seus falecidos pais o ordenavam a sacrificar vidas para evitar um terremoto catastrófico que ameaçava a costa da Califórnia. Apesar de claramente insano, Mullin foi considerado são e condenado à perpétua.

O CARA DO AMENDOIM


Exatamente na mesma época de Mullin, um outro assassino em série aterrorizou a região de Santa Cruz, na Califórnia. Ele dava carona a universitárias e as matava das formas mais horrendas que se possa imaginar. Seu nome era Edmund Kemper e ele logo estaria fazendo companhia a Mullin na prisão. Após suas condenações, os dois passaram a morar no mesmo bloco e Kemper não tinha nada além de desprezo pelo “colega”. “Ele era apenas um assassino puta frio… matando todo mundo que via sem um bom motivo”. Oi? Sem um bom motivo, Kemper? “Depois do que eu fiz, essa fala soa presunçosa,” corrigiu ele.

Kemper atormentava Mullin chamando-o de “Herbie”, um diminutivo que Mullin odiava. “Ele tinha o hábito de cantar e incomodar as pessoas quando alguém tentava assistir TV… Quando ele era um bom menino eu dava amendoins pra ele. Herbie gostava de amendoim. Isso foi eficaz porque ele começou a pedir permissão para cantar. Isso se chama tratamento de modificação de comportamento”.

Psicólogo por necessidade, Kemper tinha experiência de sobra na área.

Fontes consultadas: [1] West, Donald. Sacrifice Unto Me. New York: Pyramid, 1974; [2] Vronsky, Peter. Serial Killers: The Method and Madness of Monsters. 2004; [3] Investigator Hired To Find Cabrillo Coed. Santa Cruz Sentinel. 26/11/1972. Página 46; [4] Missing. Santa Cruz Sentinel. 27/10/1972. Página 28; [5] Herbert Mullin Failed The ‘Acid Test’. Kingsport Times. 21/02/1973. Página 5-A; [6] Suspect names 9th victim. Independent. 26/04/1973. Página A-10.

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Daniel Cruz
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