Em 4 de janeiro de 2021, o corpo de uma mulher chamada Kavala Venkatamma foi encontrado no vilarejo de Ankushapur, no estado indiano de Telangana. A vítima estava com o rosto terrivelmente queimado e após questionar a família dela, investigadores descobriram que Venkatamma gostava de frequentar um bar toddy no bairro de Yousufguda, na cidade de Hyderabad. (Bares toddy são estabelecimentos típicos de algumas partes da Índia onde é servido uma bebida levemente alcoólica feita a partir da seiva das palmeiras, chamada de toddy).
Analisando imagens de câmeras de videovigilância, a polícia viu Venkatamma embarcando em um ciclo-riquixá com outro homem. Posteriormente, este homem foi identificado como sendo Maina Ramulu, de 45 anos. Não demorou e a polícia indiana descobriu que eles haviam capturado um assassino em série.
Ramulu assassinou 13 mulheres numa área da cidade de Hyderabad conhecida por Cyberabad. Todas as vítimas eram atraídas em bares toddy, levadas para algum lugar, assassinadas e roubadas de seus pertences. Outras vítimas foram mortas em outras localidades.
“Seu modus operandi consistia em pegar mulheres que visitavam estabelecimentos toddy. Até agora, ele matou 18 mulheres nos limites dos distritos de Mahabubnagar e Rangareddy”.
[Mahesh Bhagwat, Comissário de Polícia de Rachakonda]
De acordo com a polícia indiana, Ramulu tinha ódio de mulheres porque aos 21 anos ele se casou, mas a esposa logo o deixou para ficar com outro homem.
“Ele geralmente tinha como alvo mulheres solteiras que frequentavam estabelecimentos toddy ou lojas de vinho. [Ele as matava] após consumir licor de toddy”.
[Indian Express]
Assassino entrou e saiu de prisões
Maina Ramulu foi preso pela primeira vez em 2010 após matar uma mulher. As autoridades não tinham conhecimento da sua onda de crimes e ele foi condenado à prisão perpétua em fevereiro de 2011. Meses depois ele foi transferido para um hospital psiquiátrico de onde fugiu em dezembro de 2011.
Após escapar, Ramulu continuou matando mulheres até ser novamente preso em 2013, mas dessa vez ele passou cinco anos na prisão até ser libertado, beneficiado por uma decisão da suprema corte. Ele matou mais duas pessoas e novamente foi preso, mas em julho de 2020 saiu livre novamente e nos seis meses seguintes assassinou pelo menos duas mulheres.
O caso de Maina Ramulu se assemelha ao do russo Mikhail Popkov, com a diferença de que Popkov começou a matar após descobrir uma traição da esposa. Popkov e sua esposa Elena continuaram casados, mas o russo acabou por iniciar uma onda horrível de assassinatos de mulheres, projetando nas vítimas um tipo de ódio reprimido da esposa.
No post dos “101 Crimes Notórios e Horripilantes de 2019” [Ver Caso 98] escrevemos a história de Yerukali Srinu. Assim como Ramulu, Srinu era um indiano que frequentava estabelecimentos toddy a procura de mulheres. Ingenuamente muitas caíam na conversa fiada de Srinu e aceitavam acompanhá-lo até locais distantes apenas para serem estranguladas até a morte e ter seus pertences roubados.
Vídeo:
Abaixo, um pedaço da coletiva de imprensa realizada ontem, 27 de janeiro de 2021, pela polícia indiana. Ao fundo, de capuz preto, é possível ver Maina Ramulu.
Fontes consultadas: [1] Man who killed 18 women in 24 years arrested. The New Indian Express; [2] Police arrest serial killer accused of murdering 18 women in Telangana’s Hyderabad. India Today; [3] Hyderabad serial killer murdered 18 women since wife left him, arrested. The Indian Express;
Por:
Universo DarkSide – os melhores livros sobre serial killers e psicopatas
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