O assassino em série vivo mais famoso da França pode ter feito 12 vítimas a mais do que se imaginava. Michel Fourniret, conhecido como “A Besta de Ardennes”, foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de condicional em maio de 2008 depois de confessar o sequestro, estupro e assassinato de várias mulheres em um período de 14 anos. Agora, peritos forenses descobriram o DNA de 12 pessoas em um antigo colchão.
Em 2018, o homem de 78 anos também confessou o assassinato de Joanna Parrish, uma estudante de letras da Universidade de Leeds, que foi morta em uma área rural de Burgundy, leste da França, em 1990. Condenado por oito assassinatos, agora as autoridades francesas pretendem reabrir 30 casos antigos que podem estar relacionados ao assassino em série, isso porque vestígios de DNA de várias pessoas foram encontrados em um colchão juntamente com o de duas das vítimas já conhecidas.
Em agosto último, peritos forenses descobriram vestígios parciais do DNA de duas jovens mulheres mortas por Fourniret – Céline Saison, de 18 anos, e Estelle Mouzin, de apenas 9 – em um colchão que pertencia à irmã do assassino. Investigações adicionais detectaram o material genético de mais 12 pessoas.
Joanna Parrish tinha 21 anos e estudava Letras na Universidade de Leeds quando foi estuprada e morta em 17 de maio de 1990 na cidade de Auxerre, onde trabalhava como professora de inglês. O corpo dela foi encontrado no Rio Yonne, no dia seguinte ao desaparecimento. Já Estelle Mouzin desapareceu aos nove anos quando voltava para casa em Guermantes, a pouco menos de 30 quilômetros de Paris, em 2003. Ela foi vista pela última vez em frente a uma padaria. Michel Fourniret foi considerado o primeiro suspeito, mas foi descartado porque tinha um álibi: uma chamada telefônica feita da casa dele na hora do desaparecimento. O caso ficou sem solução até janeiro de 2020, quando a ex-mulher de Michel admitiu que ela havia feito a ligação. Em março de 2020, Michel confessou o crime.
Segundo o jornal Le Parisien, a polícia da França listou 70 casos envolvendo potenciais vítimas do assassino, decidindo por reabrir 30 deles. Advogados de famílias das vítimas também apresentaram requerimentos para que algumas investigações sejam reabertas com base nas novas evidências.
“Queremos que o DNA de todas as vítimas e garotas desaparecidas que representamos seja comparado com o encontrado no colchão e todas as provas apreendidas na residência de Michel Fourniret. É inconcebível que Fourniret não tenha matado outras vítimas”. [Corinne Herrmann, advogada]
Fourniret cometeu seu primeiro assassinato em 1987 e o último em 2003.
Sua primeira vítima foi Isabelle Laville, de 17 anos, que desapareceu em 1987 na cidade de Auxerre enquanto voltava da escola. A ossada dela foi encontrada 19 anos depois dentro de um poço nos arredores da cidade.
Fabienne Leroy, de 20 anos, desapareceu em uma mata de Mourmelon-Le-Grand, nordeste da França, e seu corpo foi encontrado terrivelmente mutilado. Jean-Marie Desramault, uma estudante de 22 anos, desapareceu de uma estação de trem em 1989. O corpo dela foi encontrado no quintal de uma casa que pertencia a Fourniret – bem como o corpo da adolescente belga Elisabeth Brichet, de apenas 12 anos.
Outras vítimas de Fourniret incluem Natacha Danais, uma adolescente francesa de 13 anos esfaqueada até a morte e estuprada em 1990; Farida Hellegouarch, de 30 anos, namorada de um assaltante de banco que foi companheiro de cela de Fourniret.
Fourniret foi acusado pelo assassinato de outras duas vítimas, incluindo Joanna Parrish e Marie-Ange Domece. Marie-Ange, uma adolescente de 19 anos que sofria de problemas mentais, desapareceu em 1988 e jamais foi encontrada. Em fevereiro de 2018, Fourniret confessou ter tirado a vida das duas jovens.
Para Didier Seban, advogado da família de Joanna Parrish, a descoberta significa “a conclusão de uma longa luta que durou 28 anos”.
Fonte consultada: DNA pinpoints 12 potential new victims of France’s most notorious serial killer Michel Fourniret. Daily Mail.
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