“O que a Rússia tem de melhor?” é uma brincadeira que começamos a fazer no Twitter e WhatsApp devido a Copa do Mundo de Futebol disputada na Rússia. E o que os russos tem de melhor?
Serial Killers!
Obviamente que isso não passa de uma brincadeira. A Rússia é um país lindo, com uma cultura e história riquíssima, berço das mentes mais brilhantes que este mundo já viu (bom, nem sou fã do Leon Tolstoi, certo? E nem temos nada dele publicado aqui também) e com cidadãos bons como em qualquer outro lugar do mundo.
Mas ainda assim há os serial killers.
Bem, como nós somos aqueles adolescentes rebeldes voltados para o lado negro da força, não nos interessa os bonzinhos, queremos saber dos maus e, nesse sentido, o que a Rússia tem de melhor?
Em comemoração ao mês da Copa, a seguir listamos 21 serial killers barras-pesada do país anfitrião. O critério foi pegar assassinos em série desconhecidos da maioria, então, você não verá abaixo os Andrei Chikatilo’s e Alexander’s Pichushkin da vida.
Iniciamos a nossa lista a partir dos anos 1960.
1. O Assassino do Mosgaz
Nome: Vladimir Ionesyan
Nascimento: Tbilisi – 27 de agosto de 1937
Período: 1963 – 1964
Captura: 12 de janeiro de 1964
Vítimas: 5 confirmadas
Com talento para a música e artes, Vladimir Ionesyan chegou a trabalhar em um teatro, cantando e atuando em peças, mas largou mulher e filho para ficar com uma bailarina, se estabelecendo em Moscou no ano de 1963. E ao invés de conseguir um trabalho honesto, voltou-se para uma antiga paixão: o roubo. Se passando por um trabalhador do MosGaz – órgão do município de Moscou que fornece gás natural aos moradores – ele adentrava apartamentos para roubar e, se mulher e criança estivessem dentro, matar. Em dezembro de 1963 ele fez a primeira vítima, um garoto de 12 anos esfaqueado inúmeras vezes. Então mudou-se para Ivanovo, onde estuprou, matou e mutilou duas adolescentes de 14 e 16 anos. De volta a Moscou, matou um menino de 11 anos e uma mulher de 46 com um machado. Preso em janeiro de 1964, Vladimir foi executado um mês depois.
2. O Caçador de Estudantes
Nome: Boris Gusakov
Nascimento: Balashikha – 1938
Período: 1964-1968
Captura: 16 de maio de 1968
Vítimas: 5 confirmadas
Mostrando sintomas de transtorno mental desde a infância, Boris Gusakov nunca conseguiu permanecer em um emprego por muito tempo. Foi dispensado do exército, acusado de roubo e demitido de empregos pelos mais variados motivos. Mas ninguém suspeitava que o homem casado era um predador sexual que estuprou a primeira mulher em dezembro de 1963. Vários outros estupros se seguiram nos seis meses seguintes antes dele matar sua primeira vítima: uma menina de 11 anos, em 21 de junho de 1964. Três meses depois ele matou uma jovem mulher. Ele só voltaria a matar quatro anos depois: duas estudantes do Instituto de Engenharia Energética de Moscou. Em abril de 1968 ele atacou um casal, matando a mulher e deixando seu namorado em coma. Estupros de crianças e tentativas de assassinatos se seguiram até o serial killer deixar duas vítimas escaparem. Preso, ele foi executado em 1970.
3. O Maníaco de Ulyanovsk
Nome: Anatoly Utkin
Nascimento: Ulyanovsk – 1943
Período: 1968-1973
Captura: 9 de fevereiro de 1973
Vítimas: 9 confirmadas
Aos 25 anos, Anatoly Utkin fez sua primeira vítima ao estuprar e estrangular uma criança de nove anos na cidade de Barysh. Três meses depois ele estuprou e assassinou uma adolescente de 17 anos. Repetiu o ato em setembro de 1968 com outra adolescente de 13 anos em Oblast de Penza. Em 28 de novembro, ele estuprou e assassinou uma criança de 10 anos em Ulyanovsk. Seis meses depois Utkin matou uma mulher na mesma cidade. Preso por roubo, ele ficou três anos preso e foi solto em 1972. Em dezembro do mesmo ano ele matou sua única vítima masculina, um caronista, como a mulher que ele mataria nove dias depois. Em 8 de fevereiro de 1973, um furto mal sucedido em uma fábrica têxtil deixou um funcionário morto e o local em chamas, incendiado pelo próprio serial killer. Preso um dia depois, Anatoly Utkin foi fuzilado em 12 de setembro de 1975.
4. O Monstro Assassino
Nome: Anatoly Biryukov
Nascimento: Moscou – 18 de fevereiro de 1939
Período: 1977
Captura: 24 de outubro de 1977
Vítimas: 5 confirmadas
Casado e pai de vários filhos, parece que a paternidade não reprimiu os impulsos sombrios de Anatoly Biryukov. Aos 38 anos, em 16 de setembro de 1977, ele finalmente se rendeu aos seus desejos macabros sequestrando uma criança de colo em seu carrinho em um momento de descuido da mãe. O bebê foi encontrado horas depois nas proximidades esfaqueado. Três dias depois ele sequestrou outro bebê nas ruas de Moscou, estuprando a vítima e matando-o a facadas logo em seguida. A terceira vítima foi pega em Chekhov, sul da capital russa, mas transeuntes viram a cena e correram atrás dele, sem sucesso. O serial killer matou o bebê, mas seu rosto foi visto por muitos e um retrato-falado foi feito. O caçador de bebês mataria mais duas vezes antes de ser preso. Ele foi executado em fevereiro de 1979. Em 2017, a rede de TV russa NTV revisitou o caso em seu famoso programa de crimes comandado por Leonid Kanevsky.
5. O Jacaré
Nome: Aleksey Sukletin
Nascimento: Kazan – 1943
Período: 1979-1985
Captura: 1985
Vítimas: 7 confirmadas
Aleksey Sukletin teve uma existência invisível até os 36 anos, morando com sua namorada Madina Shakirova e trabalhando como guarda de uma loja de jardinagem. Mas, secretamente, ele era consumido pelo desejo da vorafelia. Finalmente, em novembro de 1979, com a ajuda da sua namorada, ele matou a marteladas Ekaterina Osetrova, 22, e se alimentou da maior parte do corpo nas semanas seguintes. Dois meses depois o casal assassinou Tatiana Illarionov. Um mês depois foi a vez de Nadezhda Sityavina e, em maio de 1980, Natalia Shkolnikova. Em julho, Aleksey matou Valentina Elikova, 11, o que causou a separação do casal pela vítima ser muito nova. Aleksey continuou sozinho e logo passou a vender a carne das suas vítimas para os vizinhos alegando ser de porco. Em 12 de março de 1985, Aleksey matou sua nova namorada, Lidiya Fyodorova [na foto com ele à esquerda], 23, depois de 14 horas de estupros e tortura. Preso, Aleksey foi fuzilado em 29 de julho de 1987. Sua namorada Shakirova também foi condenada e saiu em liberdade em 2002.
6. O Maníaco de Pavlogrado
Nome: Serhiy Tkach
Nascimento: Kiselyovsk – 15 de setembro de 1952
Período: 1980-2005
Captura: 5 de agosto de 2005
Vítimas: 37 confirmadas
Campeão na adolescência de levantamento de peso e ex-perito forense, Serhiy Tkach divorciou-se em 1980 e mudou-se para o território ucraniano onde trabalhou em várias minas, fábricas, fazendas coletivas e estações ferroviárias. E enquanto Andrei Chikatilo caçava vítimas na linha ferroviária soviética da região de Rostov, Tkach fazia o mesmo do lado ucraniano. Suas vítimas eram crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos, mortas nas florestas que rodeavam estações de trem. Mas ele também matava em outros lugares sempre que tinha a oportunidade. Gostava de levar a calcinha da vítima como lembrança. Sendo um ex-policial, Tkach era quase perfeito, não deixando evidências para trás. Para não deixar vestígios biológicos, ele usava preservativo nos estupros, e manteve um diário onde anotava os detalhes de cada crime. “Esperei vocês por 25 anos“, disse ele quando policiais bateram em sua porta. Tkach confessou o assassinato de mais de 100 mulheres, mas apenas 37 foram confirmados.
7. O Hipopótamo
Nome: Sergei Ryakhovsky
Nascimento: Balashikha – 29 de dezembro de 1962
Período: 1988-1993
Captura: 13 de abril de 1993
Vítimas: 19 confirmadas
Aos 20 anos, com 2.01 metros e 130 quilos, o “Hipopótamo” sentia um irresistível desejo de ter intimidade com uma mulher, mas ao invés de convidar uma para sair e passar pelo processo da paquera, ele partiu para uma série de tentativas de estupros em Golyanovo, leste de Moscou. Preso por uma destas tentativas, passou quatro anos preso, e na prisão apareceu uma nova obsessão: limpar a sociedade russa dos homossexuais e prostitutas. Em 1988 ele matou um homem gay em Bitsa e outros três no Parque Izmaylovsky, o point preferido de homossexuais de Moscou na época. Seus métodos variavam incluindo esfaqueamento e estrangulamento. Ele matou mulheres, homens e adolescentes. A maioria das vítimas era mutilada post-mortem, principalmente nos genitais, e em alguns casos ele praticou necrofilia. Em janeiro de 1993, o Hipopótamo decapitou um homem de 78 anos, voltou no dia seguinte e decepou uma das pernas. A última vítima foi um adolescente de 16 anos, estripado e decapitado. Em julho de 1995, Ryakhovksy foi sentenciado à morte. “Eu voltarei“, disse ele ao juiz. Em 1996 sua sentença foi comutada para prisão perpétua e ele foi transferido para uma prisão de segurança máxima em Solikamsk, Oblast de Perm. Em 21 de janeiro de 2005, o Hipopótamo faleceu aos 45 anos de uma tuberculose não tratada.
8. O Monstro de Irkutsk
Nome: Vasiliy Kulik
Nascimento: Irkutsk – 17 de janeiro de 1956
Período: 1984-1986
Captura: 17 de janeiro de 1986
Vítimas: 13 confirmadas
Quando criança, Vasiliy Kulik gostava de torturar animais, e desde cedo demonstrou um comportamento voltado para a violência e sexo, exagerando a si mesmo como um super macho. Esse comportamento é provado quando entrou na adolescência, foi campeão de boxe escolar e tinha muitas namoradas. Mais tarde suas irmãs lembrariam dele como “egoísta e cruel”. Espancado por assaltantes em 1980, algo que deixou sequelas psicológicas, e graduado em medicina em 1982, durante anos Kulik manteve pensamentos regulares sobre fazer sexo com crianças. “No começo pensava em meninas, depois em meninos, assim como mulheres velhas,” revelaria ele. Em retrospecto, Kulik era tanto um pedófilo quanto um gerontófilo. Ainda em 1980, ele escreveu o roteiro de um romance detalhando seus desejos obscuros de seduzir uma menina de nove anos. Seu estado mental foi piorando com o passar dos anos até ele começar sua carreira como serial killer em 1984, atacando e matando pelo menos 13 pessoas, todas crianças ou mulheres idosas. Na prisão ele manteve sua linha intelectual escrevendo poesia e trocando cartas com a mídia, ruminando sobre a natureza da vida e morte. Oficialmente ele foi executado por um atirador solitário – como Chikatilo – em 26 de junho de 1989.
9. A Aberração Canibal de Novokuznetsk
Nome: Alexander Spesivtsev
Nascimento: Novokuznetsk – 1 de março de 1970
Período: 1991-1996
Captura: 26 de outubro de 1996
Vítimas: 19 confirmadas
Abusado pelo pai violento, Alexander Spesivtsev cresceu solitário e vítima constante de bullying. Seu único amigo era sua mãe, Lyudmila, com quem dividiu a cama até os 12 anos, e compartilhava o gosto de ver fotografias de cadáveres em livros e revistas de crimes. Aos 18 anos foi internado em um hospital psiquiátrico por “comportamento sádico”, mas logo saiu. Em 1991, com o colapso da União Soviética, a fome e pobreza inundaram as cidades russas, assim como crianças de rua. Em dado momento, mãe e filho começaram a atrair essas crianças para o apartamento deles em Pionerskiy Prospekt, em Anapa. Uma vez dentro do apartamento com Spesivtsev, não havia escapatória para as pequenas vítimas. Todas eram torturadas, esfaqueadas várias vezes e esquartejadas. O que mãe e filho faziam com os pedaços dos corpos? Comiam. Também se juntou ao banquete canibal o cachorro da dupla, um Doberman. O que restava era descartado por Lyudmila no Rio Aba. Ao longo dos anos, Alexander manteve um diário onde detalhou 19 dos seus crimes, mas a polícia acredita que ele omitiu dezenas de outros por motivos que só ele sabia. Ele até arrumou uma namorada, mas a colocou na mesa de jantar quando pensou que ela seria uma ameaça. As últimas vítimas dos canibais foram três adolescentes, atraídas até o apartamento com a promessa de uma festinha. Alexander atacou as três de uma vez, espancando-as e estuprando-as; matou uma esfaqueada e obrigou as outras duas a esquartejarem a amiga, antes da velha Lyudmila cozinhar e servir partes do corpo da vítima às suas amigas. Após a janta, Alexander atiçou seu Doberman contra uma das amigas sobreviventes e o assistiu a mordê-la até a morte. Para fechar, ele esfaqueou a última das meninas, Olga Galtseva, 15. (No YouTube há uma filmagem de Olga sendo interrogada pela polícia antes de morrer). Presos, mãe e filho foram condenados a prisão perpétua.
10. O Pescador
Nome: Sergey Golovkin
Nascimento: Moscou – 26 de novembro de 1959
Período: 1986-1992
Captura: 19 de outubro de 1992
Vítimas: 11 confirmadas
O mais assustador serial killer desta lista (rivalizando com Spesivtsev), Sergey Golovkin assassinou pelo menos 11 meninos na região de Moscou entre 1986 e 1992. Golovkin se assemelha ao serial killer americano Jeffrey Dahmer ao passar a adolescência absorto em suas fantasias eróticas e sádicas. Se Dahmer tinha a fantasia de dar carona a um garoto bonito na estrada, Golovkin queria um garoto magro, de cabelos escuros, com menos de 15 anos e propenso à aventuras. Em 1984 ele tentou, mas falhou. Dois anos depois sua carreira homicida começaria e se intensificaria de forma assustadora: esfolamento, órgãos genitais removidos, abdomen cortado, órgãos internos removidos, decapitação, canibalismo etc. O psicopata esquizoide foi executado com um tiro na nuca em 1996. Sobre ele, o professor russo de criminologia e psicologia criminal Yuri Antonyan disse: “Assassinos sexuais em série possuem características comuns que são sempre associadas com a vida íntima do autor, suas experiências sexuais traumáticas, seu senso de fracasso sexual, inferioridade…cada um desses assassinos teve falhas graves em suas vidas sexuais…Chikatilo era impotente, Golovkin e Ershov virgens…eles eram fracassados sexualmente ou se sentiam como tal.”
11. O Chikatilo de Voronezh
Nome: Vladimir Retunsky
Nascimento: Povorino, região de Voronezh – 1950
Período: 1990-1996
Captura: 1997
Vítimas: 8 confirmadas
Entre 1990 e 1996, Vladimir Retunsky assassinou pelo menos oito mulheres nas regiões de Voronezh e Volgograd. Ele oferecia caronas e as mulheres que aceitavam eram estupradas e brutalmente assassinadas. Ele foi detido em 1997 após ser visto com um filhote de Rottweiler, cachorro que pertencia a uma de suas vítimas. O próprio assassino levou agentes aos locais onde enterrou suas vítimas, contando calmamente como tudo havia acontecido. Após servir 15 de prisão, foi solto em 2012 e preso no mesmo ano por roubo. Após cumprir mais três anos de pena, Vladimir Retunsky foi libertado em 22 de julho de 2015. Seu paradeiro hoje é desconhecido.
12. O Canibal Insano
Nome: Eduard Shemyakov
Nascimento: 30 de setembro de 1975
Período: 1996-1998
Captura: 1998
Vítimas: 10
A faísca do assassinato para Eduard Shemyakov surgiu após ele assistir ao filme de 1972 “Os Alvoreceres Aqui estão Calmos” (А зори здесь тихие, no original russo). O filme não tem nada a ver com matar pessoas, mas psicólogos que o entrevistaram disseram que ele passou por um processo de cunhagem. Ajudou também o fato dele sofrer de esquizofrenia paranoide. Shemyakov cometeu todos os seus assassinatos nos arredores de São Petersburgo. A vítima mais nova tinha apenas 11 anos. O assassino foi capturado após matar a namorada da sua irmã. Como as vítimas anteriores, ela foi decapitada, desmembrada e canibalizada. A mãe de Eduard encontrou em sua geladeira – o maníaco morava com os pais – um pedaço de carne humana comido pela metade. Ela ligou para a polícia que foi até o local. Avisado por um vizinho que policiais estavam em sua casa, Eduard apenas disse que não se importava mais com a sua vida e foi direto para as mãos dos detetives. Considerado insano pelas autoridades russas, Eduard foi enviado para um hospital psiquiátrico em 2002 e continua lá até hoje.
13. Avô, O Estripador
Nome: Victor Fokin
Nascimento: Novosibirsk – 19 de fevereiro de 1935
Período: 1996-2000
Captura: Março de 2000
Vítimas: 10 conhecidas
No campo de estudo do fenômeno serial killer, Victor Fokin tem um capítulo especial. O russo, provavelmente, foi o mais velho homem a se tornar um assassino em série. Sua vida foi pacata, voltada para o trabalho e família. Nascido em 1935, formou-se no ensino médio e serviu o exército soviético. Ao voltar para sua cidade natal, Novosibirsk, começou a trabalhar em uma fábrica de semicondutores e com o passar dos anos se tornou um líder na empresa, sendo conhecido por todos e fazendo carreira. No final dos anos 1950, casou-se e teve filhos. Sua vida seguia radiante até 1988 quando sua esposa faleceu. Impactado pela morte da mulher e pela velhice que batia a porta – o rosto já não era mais o mesmo e ele não ouvia direito – Fokin decidiu aumentar sua autoestima pagando prostitutas baratas para fazer sexo com ele. Em meados dos anos 1990 um duro golpe: ele ficou impotente. E então, aos 61 anos, Victor Fokin começou a matar prostitutas. Suas 10 vítimas conhecidas nunca foram identificadas, e elas foram mortas de várias maneiras: estranguladas, afogadas na banheira, esfaqueadas, desmembradas, esvisceradas e os restos descartados em latões de lixo. Condenado a 19 anos de prisão em 2001, faleceu na cadeia dois anos depois.
14. O Feiticeiro Satanista
Nome: Evgeny Chuplinsky
Nascimento: Novosibirsk – 1965
Período: 1998-2005
Captura: 23 de abril de 2016
Vítimas: 19 confirmadas
Engenheiro e oficial da KGB, Evgeny Chuplinsky teve o treinamento físico e psicológico necessário para matar sem ser detectado por anos. Seus colegas de KGB o achavam mercenário e hipócrita, do tipo que tentava chamar atenção dos superiores para se dar bem. Aposentado com honras, casado e pai de família, abriu uma rede de lojas de decoração. Era um homem bem sucedido. Mas o que ninguém sabia era que Chuplinsky era um macabro serial killer de mulheres desde 1998. Suas vítimas tinham os corpos desmembrados, os corações arrancados e ele fazia desenhos nas peles. Muitos corpos foram encontrados tão desfigurados que nunca puderam ser identificados. Nos locais do crime, a polícia encontrou amuletos e objetos dispostos em forma circular, o que indicava que o assassino realizava uma espécie de ritual. Em 2016, graças ao DNA, Chuplinsky foi ligado aos casos e preso. Confessou o assassinato de 29 mulheres e foi condenado por 19, pegando a perpétua.
15. O Assassino de Lipstek
Nome: Viktor Sotnikov
Nascimento: Gryazi – 26 de novembro de 1961
Período: 2000-2011
Captura: 22 de novembro de 2011
Vítimas: 8 confirmadas
Viktor Sotnikov começou sua vida errante na infância torturando animais e, em uma ocasião, enforcou o cão da família. Enquanto crescia robusto e mau, abusava dos pais e irmãs e estuprava mulheres. Seu primeiro assassinato aconteceu quando ele tinha 39 anos, em 30 de setembro de 2000, ao espancar até a morte uma adolescente de 19 anos. Dois anos se passaram até ele fazer a segunda vítima, uma mulher de 25 anos que aceitou uma carona. Esta mulher e as três vítimas seguintes, Viktor contaria com a ajuda de um cúmplice chamado Alexander Lenshin. Em dezembro de 2005, Viktor voltou a caçar sozinho, levando uma mulher de 32 anos até um local ermo onde bebeu com ela e a deixou na neve. A vítima faleceu de hipotermia. Quase cinco anos se passaram até ele matar novamente, em abril de 2010, quando deu carona a uma adolescente e a levou até o Rio Matyra, onde a matou e incendiou seu corpo. Seu último assassinato aconteceu em novembro de 2011, um mendigo que ele atraiu até a floresta apenas para matar. Preso após testemunhas terem visto ele com a vítima, Sotnikov foi condenado à prisão perpétua. Alexander Lenshin (o de máscara na imagem – Sotnikov é o que está ao seu lado) pegou 19 anos por quatro assassinatos.
16. O Pedófilo de Voronezh
Nome: Andrei Roldugin
Nascimento: Voronezh, Oblast de Voronezh – 1977
Período: 2002
Captura: 1 de Setembro de 2002
Vítimas confirmadas: 3
Meninas começaram a desaparecer em Voronezh a partir de março de 2002. A primeira foi Marina Danilyants, 15. Ela não voltou para casa após sair da escola. O mesmo aconteceu com Alexandra Sanina, 14. Um mês depois de Sanina sumir, Anya Tatokhina, 10, também desapareceu. Rumores começaram a se espalhar pela cidade dando conta de que havia um maníaco pegando crianças e adolescentes. Tempos depois, um suspeito, Andrei Roldugin, foi preso e após muita pressão da polícia russa acabou confessando os crimes, levando os investigadores aos locais onde havia descartado os corpos. Roldugin confessou ter estuprado nove meninas de diferentes idades em vários bairros de Voronezh desde 1996. Ele foi condenado à prisão perpétua.
17. O Açougueiro
Nome: Sergei Martynov
Nascimento: Nyazepetrovsk – 2 de junho de 1962
Período: 2004-2010
Captura: 18 de novembro de 2010
Vítimas: 8 confirmadas
Em 1991, Sergei Martynov cometeu o seu primeiro assassinato ao estuprar e matar uma criança de 8 anos. Por este crime foi condenado e passou 15 anos preso, sendo libertado em 2004. Então mulheres começaram a morrer pela Rússia. Oito mulheres foram oficialmente mortas por Martynov entre 2004 e 2010, apesar da polícia acreditar que ele pudesse ter matado muito mais. Suas vítimas eram mulheres bêbadas e que ficavam nas ruas, “vagabundas”, segundo ele. Martynov as punia pelo seu modo de vida, livrando o mundo de uma pessoa “sem valor”. Por remover a pele e os órgãos de suas vítimas com uma navalha, bisturi ou faca, ganhou o apelido de “O Açougueiro”. Após ser preso disse a um policial: “Eles me matariam. É mais fácil para mim e é mais fácil para você!”, obviamente não escondendo o alívio em ser pego.
18. O Bastardo Intelectual
Nome: Sergey Osipenko
Nascimento: Cazaquistão, com cidadania russa – 1970
Período: 2005
Captura: 6 de abril de 2006
Vítimas confirmadas: 4
“Animais matam uns aos outros. Por que as pessoas não podem? Eu admito que se não tivesse sido pego teria feito muito mais,” disse tranquilamente Sergey Osipenko a um psiquiatra. Ele matou três adolescentes que voltavam da escola em Rossosh, seguindo-as até ter a oportunidade de estuprá-las e mutilá-las a facadas. Uma quarta vítima, uma mulher de 38 anos, também foi morta, mas por acidente: ela parecia muito uma adolescente. Chamado de “O Bastardo Intelectual” por ter sido preso carregando uma mala com livros de psicologia, criminologia e filosofia, o maníaco não se escondeu atrás da cortina e deu várias entrevistas a veículos de comunicação, se mostrando muito a vontade com a situação, mesmo prestes a ser encarcerado pelo resto da vida.
19. O Alquimista
Nome: Vyacheslav Solyvov
Nascimento: Yaroslavl – 1970
Período: 2005-2007
Captura: Março de 2007
Vítimas: 6 confirmadas
“Eu estava interessado no fato de que você pode matar uma pessoa e não deixar vestígios“, disse Vyacheslav Solvyov à polícia após ser preso. O interesse no impacto de toxinas no corpo humano surgiu em 2001 após ler um livro baseado no caso do serial killer britânico Graham Young. Vyacheslav passou a estudar a literatura existente e tentou sintetizar toxinas de plantas, não dando muito certo. Então, passou a comprar metais tóxicos como sulfato de tálio, inspirado por um romance de Agatha Christie em que um assassino usa tálio para matar suas vítimas. A primeira vítima de Vyacheslav foi sua própria esposa, Olga, com quem era casado havia 14 anos e conhecia desde a infância. Em seguida foi a vez de um vizinho. A terceira vítima foi a sua própria filha de 14 anos, Nastya, que acidentalmente ingeriu o tálio de uma lata de comida que o pai usava para experimentos. O assassino tentou curar a filha, mas o tálio é letal. Logo, colegas de trabalho começaram a ter dores nas articulações, perda de cabelo, vômitos e diarreia, era Vyacheslav administrando pequenas quantidades de tálio na água das suas cobaias. Em seguida, Vyacheslav envenenou parentes da nova namorada, um investigador de polícia que o questionou e o próprio sobrinho. Preso em março de 2007, o envenenador faleceu na cadeia em dezembro de 2008 de flegmão. Especialistas acreditam que sua saúde foi completamente danificada pelos experimentos com veneno, muitos dos quais ele testava em si mesmo.
20. Rambo
Nome: Alexander Bychkov
Nascimento: Belinksy – 1 de abril de 1988
Período: 2009-2012
Captura: Janeiro de 2012
Vítimas: 9 confirmadas (+ 2 suspeitas)
O pai cometeu suicídio, a mãe era abusiva, o irmão ficou incapaz após ser espancado. A vida de Alexander Bychkov nunca foi fácil, e após muita tensão, saiu de casa aos 20 anos para morar com uma namorada, mas a moça o expulsou de casa dizendo que ele era um covarde e um zero a esquerda. Alexander nunca superou a rejeição e passou a chamar a si mesmo de “Rambo” – um alter ego macho o suficiente para impor respeito. Ele tinha que fazer um nome para si mesmo e provar para sua ex que ele era digno, então passou a matar mendigos e bêbados. Ele atraía moradores de rua bêbados até a sua casa ou outro lugar isolado e os matava a marteladas ou com uma faca que lembrava a carregada por Stallone nos filmes do Rambo. Alexander decapitava e esquartejava os corpos, e enterrava os restos em seu jardim ou no lixão de Belinsky. Após ser preso por roubo, a polícia fez uma busca em sua casa e descobriu mais do que itens roubados. Em um diário, ele reivindicava a autoria de 11 assassinatos, chamando a si mesmo de “lobo solitário” e culpando sua ex-namorada pelas mortes. Em depoimento, ele confessou ter devorado os corações, fígados e músculos das vítimas. Pegou a perpétua.
21. Os Maníacos da Academia
Nome: Artyom Anoufriev & Nikita Lytkin
Nascimento: Irkutsk – 4 de outubro de 1992 (Artyom) | Irkutsk – 24 de março de 1993 (Nikita)
Período: 2010-2011
Captura: 7 de abril de 2011
Vítimas: 6
Durante 2010 e 2011, dois amigos sádicos atacaram 15 pessoas na região de Akademgorodok (“Cidade Acadêmica”, em tradução literal), centro educacional e científico da Sibéria localizado na cidade de Novosibirsk. Vindo de uma família desestruturada, Artyom era um racista que participava de grupos skinheads e conheceu Lytkin em uma festa de aniversário de um amigo em comum. Ambos compartilhavam sentimentos de depressão profunda e ódio contra a sociedade, com fantasias mórbidas de ataques aleatórios contra estranhos. Em dado momento, ambos concordaram que a melhor solução para extravasar a raiva que sentiam era punir a sociedade que desprezavam. Inspirados por matérias e vídeos na Internet sobre Alexander Pichushkin e os Maníacos de Dnepropetrovsk, eles atacaram 16 pessoas usando uma faca, marreta ou taco de beisebol. Seis pessoas morreram e duas filmagens dos assassinatos foram feitas pelos garotos. A primeira vítima, Danil Semyonov, 12, levou uma marretada na cabeça e depois um golpe com um bastão de beisebol que lhe quebrou o crânio. Presos, Artyom pegou prisão perpétua e seu colega Lytkin, por ser menor de idade, 24 anos de reclusão.
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