Susan Monica, que está sendo julgada em Medford, Oregon, teria confessado em um interrogatório policial gravado que atirou em dois homens e fez com que seus porcos se alimentassem de seus corpos. A mulher, de 66 anos, é soldadora e possui uma fazenda no sul do estado.
Ela é acusada de assassinar dois caseiros que viviam em seu rancho de 8 hectares, numa pequena comunidade do Condado de Jackson, e desmembrar seus corpos. Ambas as vítimas foram executadas com tiros na cabeça e desmembradas, e a promotoria afirma que os assassinatos foram eventos separados, com intervalo de mais de um ano. Embora a quantidade de vítimas seja pequena e as informações não sejam suficientes para caracterizá-la como uma possível serial killer, o caso lembra bastante a história de Robert Pickton, o “Assassino da Fazenda de Porcos”.
Susan compareceu ao tribunal usando saia, blusa e uma peruca curta. Em sua fala inicial, o advogado Garren Pedemonte alegou que Susan atirou na primeira vítima em legítima defesa, e a segunda vítima recebeu um tiro de misericórdia. Stephen Frank Delicino, de 59 anos, teria sido morto em legítima defesa no verão de 2012. Ainda segundo o advogado, ela teria encontrado Robert Harry Haney, de 56 anos, sendo comido pelos porcos e atirou nele para aliviar seu sofrimento, informou o The Mail Tribune. O segundo crime aconteceu em setembro de 2013.
A polícia fez uma busca na fazenda dela no ano passado, depois que Susan foi flagrada usando o vale-alimentação de um benefício social pertencente a Haney, encontrando os restos mortais dos dois homens.
Em maio do ano passado, Susan tentou demitir seus advogados, sob a alegação de que eles não estavam preparando sua defesa adequadamente. Ela reclamou ao juiz Timothy Barnack que um dos seus advogados, Christine Herbert, queria que ela assinasse uma procuração para investigar prováveis registros médicos sobre a sua condição mental. “Ela parece estar mais interessada na minha saúde mental do que no caso”, afirmou Susan, de acordo com o The Mail Tribune. O juiz negou o pedido.
Susan alegou que Haney deixou a propriedade com vida, e queria que Christine examinasse os registros do celular dele para traçar seu paradeiro antes de sua morte. “Eles não investigaram onde Robert estava um mês e meio antes de eu encontrá-lo na minha…”, disse Susan. o juiz Timothy Barnack negou-se a dispensar a advogada e seu colega Zachary Light. O juiz também não permitiu que ela defendesse a si mesma nas duas acusações de homicídio e profanação de cadáver. “Eu te darei uma oportunidade de representar a si mesma no momento certo, mas não agora”, disse ele. “Seria um erro impedi-los de trabalhar no caso agora”.
Na época, Barnack disse a Susan “para mim, você é normal” e lembrou-lhe que ela é inocente até que se prove o contrário. “Eu sei que sou culpada de muitas coisas, mas não de homicídio”, afirmou Susan. A audiência de 17 minutos, bastante confusa, foi motivada por uma carta que Susan escreveu ao juiz afirmando que continha novas informações sobre o caso.
Em fevereiro desse ano, Zachary Light pediu dispensa após enfrentar uma investigação pessoal no conselho de ética dos advogados do Oregon por ter sido condenado no final do ano passado por invasão de privacidade, e Garren Pedemonte assumiu o caso.
Com informações: Daily Mail, Boston Newstime, Oregon Live, Mail Tribune.
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