FBI reconhece a crueldade contra animais como crime grave

Estudos mostram que crianças e adolescentes que torturam e matam animais são mais propensos a praticar violência contra pessoas quando atingem a idade adulta. E agora, anos após os...
Crueldade contra animais

Na foto: Mohamed Dali Carvalho dos Santos. Abusador e assassino de gatos na infância, ao se tornar adulto, Mohamed chocou o mundo ao esquartejar a inglesa Cara Burke em Goiânia e jogar seus pedaços em rios da cidade. Como lembrança, tirou fotos do corpo esquartejado e enviou via SMS para amigos. Créditos: The Mirror.

Na foto: Mohamed Dali Carvalho dos Santos. Abusador e assassino de gatos na infância, ao se tornar adulto, Mohamed chocou o mundo ao esquartejar a inglesa Cara Marie Burke em Goiânia e jogar seus pedaços em rios da cidade. Como lembrança, tirou fotos do corpo esquartejado e enviou via SMS para amigos. Créditos: The Mirror.

Estudos mostram que crianças e adolescentes que torturam e matam animais são mais propensos a praticar violência contra pessoas quando atingem a idade adulta. E agora, anos após os primeiros estudos sobre o tema, o FBI incluiu a crueldade contra animais como uma nova categoria federal de crimes. É a primeira agência da lei a fazer isso. 

Durante anos, o FBI arquivou o abuso de animais sob o rótulo “outro”; tais arquivos ficavam na mesma gaveta junto a uma variedade de crimes menores. E isso fazia com que os crimes praticados contra animais fossem algo difícil de encontrar, contar e controlar. Mas no último mês de outubro, a agência anunciou que agora a crueldade contra animais pertence ao grupo de crimes graves, tão grave como homicídio, incêndio criminoso e agressão. O objetivo é extirpar das ruas os abusadores de animais antes que seus comportamentos piorem.

“Ajudará a obter melhores penas, tão como influenciar jurados”, disse Madeline Bernstein, presidente e CEO da Sociedade para Prevenção da Crueldade aos Animais de Los Angeles e uma ex-promotora de Nova Iorque.

A inserção como crime grave também ajudará as autoridades a identificar jovens infratores e tomar providências para que eles não se tornem um grande problema no futuro. “Se ele receber ajuda agora, ele não se tornará um Jeffrey Dahmer”, disse Madeline.

Agora nos EUA, os órgãos de segurança terão de comunicar ao FBI os incidentes e prisões dentro dos quatro itens a seguir: negligência simples ou grave; abuso intencional e tortura; abuso organizado – que inclui brigas entre cães e entre galos; e abuso sexual de animais.

“Isso é algo que nunca vimos”, disse John Thompson, diretor executivo da Associação Nacional dos Delegados dos EUA.

Documentos do FBI relatam que serial killers como Dahmer, David Berkowitz e Albert DeSalvo praticaram abusos contra animais quando crianças. Dahmer empalava cabeças de cachorros, sapos e gatos em varas. Berkowitz envenenou o periquito de sua mãe; e DeSalvo colocava cães e gatos presos em caixas de madeira e os matava com um arco-e-flecha. Serial killers brasileiros como Marcelo Costa de Andrade e Chico Picadinho também cometeram crueldades contra animais quando crianças.

Apesar do primeiro passo ter sido dado, levará tempo e dinheiro para que os bancos de dados do FBI estejam atualizados. Segundo Thompson, não haverá qualquer dado coletado até janeiro de 2016. Depois disso, levará vários meses antes que haja números para se analisar.

Mas o primeiro passo já foi dado. A categorização de crimes contra animais como crime grave pelo FBI  é um divisor de águas e o exemplo pode (e deve) ser seguido por outras agências da lei ao redor do mundo.

Para uma lista de assassinos e serial killers que começaram na infância matando animais, leia o post abaixo:

Com informações: Associated Press 

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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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