
“Corpos massacrados, amputados, era algo horrível de se ver”.
A impressionante contagem de cadáveres foi marcada por uma selvageria orgíaca: seios cortados, olhos arrancados, genitália mutilada e corpos tão dilacerados que alguns acreditavam terem sido colhidos por colheitadeiras. Logo, o caso ganharia um nome nos arquivos policiais: “Os Assassinatos do Estripador da Floresta”.
Como a maioria dos monstros da história, ele foi uma criatura moldada pelo seu tempo. Foi uma criança nascida na miséria e socialmente desajustada, em parte devido à falta da figura paterna, capturada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Quando o pai foi finalmente liberto e voltou para casa, foi novamente preso, dessa vez pelos soviéticos, cujo líder paranoico Josef Stalin considerava qualquer pessoa um traidor. Isso submeteu a família a um ostracismo do qual nunca superou. Especula-se que ele assistiu sua mãe ser estuprada por soldados nazistas e, também, sofria de traumas devido às histórias do irmão mais velho canibalizado durante o Holodomor. Mas ele ficou famoso e entrou para a história pelo que fez quando adulto: um banho de sangue nunca visto e que durou mais de uma década.
Sua preferência era por mulheres, mas ele atacava qualquer um que pudesse subjugar e matar, incluindo crianças, de ambos os sexos. Impotente sexual, encontrou no necrosadismo o prazer perdido. As mutilações horrorosas vistas pelos investigadores nos corpos das vítimas nada mais eram do que o reflexo das agonias mentais que lhe perturbavam. Após o ato animalesco, ele podia levar consigo os olhos, testículos, seios ou úteros.
Mais de 50 vítimas em países do bloco soviético foram contabilizadas e um psiquiatra diagnosticou nele uma variedade de parafilias, incluindo sadismo, frotismo, pedofilia, vampirismo, canibalismo e necrofilia, além de transtornos mentais e de personalidade.
“Sem dúvidas, ele é o pior serial killer dos tempos modernos”, escreveu um autor sobre ele.
Hoje faz 30 anos que o assassino em série Andrei Chikatilo foi tirado de sua cela na prisão de Novocherkassk, Rússia, e levado até um bunker, e lá executado com um tiro na parte de trás da cabeça.

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