Christopher Laverack: Misterioso Assassinato é Resolvido Após 28 Anos

Em março de 1984, Christopher Laverack, um estudante de apenas 9 anos de idade, desapareceu misteriosamente de dentro de sua casa em Humberside, Inglaterra. Os pais de Christopher haviam...
Cristopher Laverack - Foto

Em março de 1984, Christopher Laverack, um estudante de apenas 9 anos de idade, desapareceu misteriosamente de dentro de sua casa em Humberside, Inglaterra. Os pais de Christopher haviam saído e voltaram 1 hora e 10 minutos depois. Quando voltaram, o pequeno filho do casal não estava em casa.

As esperanças do casal transformaram-se em desespero quando, dois dias depois, o corpo de Christopher foi encontrado em um beco. Ele havia sido violentamente espancado com um objeto contundente. Não havia evidências de agressão sexual e o seu corpo estava dentro de uma grande saco plástico. Ao lado havia um tijolo.

A conclusão era óbvia: alguém sequestrou Christopher, o assassinou em algum local e descartou o corpo no beco. A investigação da polícia, porém, tornou-se infrutífera. Eles não tinham a arma do crime, portanto, sem digitais. Vizinhos não viram nem ouviram nada de suspeito. Não havia nenhuma evidência contundente e o caso tornou-se um dos maiores mistérios criminais da história da Inglaterra.

Mas em primeiro de agosto último, 28 anos após o assassinato do pequeno Christopher, a Polícia da cidade de Humberside fez o seguinte anúncio:

“Temos estado em contato próximo com a mãe de Christopher. Ela expressou seu alívio com algumas das perguntas que agora foram respondidas, como a identidade da pessoa que matou seu filho. Ela ainda acha o tema do trágico assassinato do seu jovem filho doloroso demais para falar em público e pedimos que sua privacidade seja respeitada neste momento.” 

Vinte e oito anos após o assassinato de Christopher, a polícia inglesa resolveu o caso e revelou a identidade do assassino. Quer saber como?

Em março de 2002, um acontecimento deu uma nova luz ao caso. Um homem chamado Melvyn Read foi preso acusado de abusar sexualmente de quatro meninos. Nada demais até ai se esse mesmo Melvyn Read não fosse o Tio de Christopher. O caso do assassinato de Christopher foi reaberto e o seu Tio tornou-se o principal suspeito. Ele foi condenado a 7 anos de prisão pelos abusos das quatro crianças. Em abril de 2003, um forte indício contra Melvyn surgiu. Revendo o caso, a polícia descobriu que o carro de Melvyn, na época do crime, correspondia à mesma descrição de um veículo visto perto da casa da vítima na noite do desaparecimento. Além do mais, Melvyn morava muito perto do sobrinho e conhecia muito bem a região.

O caso, porém, era muito complexo e a polícia não tinha nenhuma evidência científica contra ele, não tinha aquela prova final, aquela que não deixaria dúvidas. E a esperança da polícia em ligar o Tio ao assassinato do sobrinho morreu quando Melvyn faleceu, aos 65 anos, na cadeia em 2008, três semanas antes do término de sua pena. A chance de uma confissão terminava ali e o caso esfriou novamente.

Mas a perseverança dos detetives e uma ajudazinha da ciência, fez com que, 4 anos após a morte do principal suspeito, a polícia pudesse ligá-lo definitivamente ao assassinato do sobrinho.

O Superintendente da Polícia de Humberside, Ray Higgins, pediu ajuda à Dra. Patricia Wiltshire, uma das maiores especialistas no estudo de esporos de pólens e vegetais. O que ele queria com a Dra ? Ele queria saber se a vítima, Christopher Laverack, poderia ter estado no jardim do principal suspeito, o seu Tio, Melvyn Read.

A Dra fez extensas análise nas roupas que Christopher vestia no dia do crime, no tijolo encontrado ao lado do corpo e no Jardim do suspeito. E o que ela descobriu?

“Avanços científicos permitiram especialistas ligarem grãos de pólen e outros incomuns materiais vegetais do Jardim de Melvyn às roupas de Christopher.”

Resumindo: esporos de pólens e outros materias vegetais oriundos do jardim do pedófilo foram encontrados na roupa de Christopher. O tijolo encontrado junto ao corpo continha vestígios de substâncias também presentes no jardim do pedófilo, ou seja, o tijolo era do jardim do tio pedófilo.

O relatório final assinado pelo Superintendente Ray Higgins diz que:

“Há evidência científica que mostra que Christopher esteve em contato com o jardim de Melvyn na noite do seu desaparecimento.”

“Melvyn era um homem mau e totalmente sem remorso. Este caso levou muitos anos para resolver. Todos nós desejamos que a prova para condená-lo tivesse vindo mais cedo, quando ele ainda estava vivo, mas não foi possível. A família de Christopher pode agora encerrar esse capítulo”, disse Paul Watson, um dos detetives que trabalhou no caso.

Foto de uma reunião da família Laverack em Agosto de 1983. Na imagem é possível ver Christopher Laverack ao centro e o seu tio Melvyn Read no alto à direita.

Melvyn Read em foto com data desconhecida.

Ponto final!

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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)
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